Que bonito!
O Dr. Manuel Pinho, Ministro da Economia, foi-nos vendido há uns 2 anos e meio, antes da campanha de Sócrates, por uma entrevista na televisão, como um génio da economia que vinha do estrangeiro para fazer uma análise espectacular da política e economia portuguesa e também da europeia. Assim foi também com António Borges, um dos corsários do PSD. Eu nem devo saber contar o suficiente para saber quanto é que estes freaks gastam nas acessorias de imprensa.
Produtos dos seus gabinetes, são-nos vendidos como Ferraris mas depois saem Cadilac.
O Dr. Manuel Pinho veio do estrangeiro com a ideia de que em 4 anos transformava Portugal no país mais moderno do Universo e o Dr. António Borges também, diga-se, não chegou foi ao Governo.
O Dr. Manuel Pinho acha que, por mudar o nome turístico de uma região, ela vai crescer substancialmente neste sector de actividade.
Ora, eu posso não saber muito de muita coisa, o que é verdade, e de marketing então muito menos. Nunca tive jeito para o negócio. O que eu sei é que os turistas do Algarve que procuram, nos dias de hoje, as praias, as grandes quintas e os campos de Golfe são os mesmos turistas do All Garve. Curiosamente o Ministro também sabe isto porque foi ele que o disse! Isto no mínimo é sinistro! Então se ele sabe isto, que eu também sei e acho um disparate, para que é que foi gastar dinheirinho numa campanha de marketing? Só por causa do nome? Ó homem, eu também não gosto do nome de muitos sítios e não é por isso que tenho pretensão de lhes mudar o nome.
O Dr. Manuel Pinho deve ter uns sonhos esquisitos, porque da última vez que falei com um turista ele andava à procura de um restaurante português e não de um McDonald's. Talvez se ele entendesse que a merda dos preços é que afasta os turistas não estava a gastar tanto dinheiro numa campanha estéril. Se eu estiver errado faço um pedido de desculpas oficial aqui no blog, fica prometido.
Entretanto o calor está à porta e com ele os incêndios!
E hoje fiquei a saber que devo 12 mil e tal Euros ao estrangeiro. Gostava que me dissessem onde pagar que não gosto de dever nada a ninguém. A notícia é do DN.
6 comentários:
Este tipo de iniciativas é estudado ao pormenor e por gente especializada. Ou seja, o Governo encomenda uma campanha e depois ou a aceita ou não. Manuel Pinho aceitou-a e a meu ver bem. Sempre que anunciamos um mesmo produto devemos tentar oferecer algo novo. E é exactamente esse sotaque inglês da campanha que nos interessa. É que os criticos esquecem-se de quem o público-alvo. E posso-vos garantir que não somos nós Portugueses...
Desta vez digo-te eu Jorge, é muito fácil bater sempre no elo mais fraco...
Mas quem é que disse que os turistas querem ter coisas com o sotaque deles?
Se saem do seu país deve ser por algum motivo!
Manuel Pinho é um palerma de um iupi que veio da paróquia de Santa Cona Do Assobio para Oxford e que por causa disso esquece-se do peso da História, uma História que diz que não é por causa dos estrangeiros que temos de mudar. E há coisas mais importantes do que gastar dinheiro numa campanha estéril. Há coisas bem mais importantes, como por exemplo, o assunto referido pelo Prof. Vital Moreira no Público de hoje. Como estará o ensino básico público na região do Algarve?
Alguém quer saber do Algarve durante o resto do ano?
Recomendo também uma das crónicas do Sousa Tavares em relação à praia da Rocha, que se não estou em erro está no «Não te deixarei morrer David Crocket», além de todas as polémicas que envolvem turismo e populações locais, discussão que tem vindo a ter cada vez mais relevância desde a construção do Alqueva e das malabarices políticas em relação à construção em zonas protegidas.
Não me parece nada que pelo facto de mudarmos o sotaque da palavra junto do nosso público-alvo externo vá fazer com que ele «consuma» mais Algarve (ou whatever). A ver o que se passa noutros países, e pegando no exemplo da nossa vizinha Espanha, o nome deve ser preservado até por uma questão de fidelidade e orgulho perante a nação que a representa.
Um local de destino turístico, a meu ver, é escolhido por uma série de características e mais valias sendo que o nome penso que não conta muito. Tive a aportunidade de pedir opinião - que vale o que vale, é certo - a uns amigos meus ingleses e italianos sobre esta adapatação e o comentário deles foi mais ou menos este: "só vos fica mal fazerem uma coisa dessas porque para nós conseguir dizer o nome do local visitado, de forma certa, é sempre um grande desafio. Ao fazerem isso parece que têm vergonha da vossa identidade".
De qualquer das formas a ver vamos o resultado desta campanha. Pode ser que até tenhamos uma surpresa e o número de turísitas dispare e a nossa economia cresça como se não houvesse amanhã.
As campanhas de promoção doAlgarve não são de hoje, não são de ontem, nem mesmo do ano passado. São de há anos. Por muito que não acreditem, os turistas não nos caiem de paraquedas nem chegam porque acham piada a "Figo Maduro". É preciso trabalho, é preciso mostrar, é preciso cativar. Estas campanhas têm sido feitas quase sempre sobre a alçada do ICEP, um sorvedouro de dinheiro é certo mas que no que toca ao turismo tem feito um bom trabalho. Depois do crescimento e maturaão de mercados como o Britânco, o Germânico e mais recentemente o Russo, surgem agora novos desafios. Um deles é o Americano, extremamente apetecivel e virado para o seu umbigo (estão a ver o alcance?).
Mais, e por favor deixem-se de demagogias, o que se mudou não foi o nome de uma região do nosso país. O que se fez foi uma campanha... eu repito, uma campanha, mais nada. Os números têm mostrado um crescendo no número de turistas estrangeiros que escolhem o Algarve como destino para as suas férias, principalmente nos períodos de ocupação mais baixos. Acho que devíamos dar o voto de confiança a quem tem feito um trabalho, pelo menos, positivo. Sim, porque isto não é trabalho do ministro, como já deviam ter percebido.
Jorge, bem que disseste que não me respondias. Escusavas era de mandar os cães de fila... llooll
Se soubesses ler vias que eu escrevi «nome turístico», mas como estás mais preocupado na «optimização» e no resourcing e no downloading de stupidation banalation depois não vês o que se diz.
Eu tou-me completamente a cagar para aquilo que os americanos querem do Turismo! Eu quero é saber como é que o Algarve trabalha durante o resto do ano. Respondes a isso? Se responderes eu fico satisfeito! Mas sem demagogias claro. Até porque o teu discurso não é naaaaaaaaada demagógico. Vem o ministro armado em cagão da aldeia que acabou de vir do Brasil, tipo aqueles broncos retratados pelo Aquilino Ribeiro, vender a terra de ninguém aos incautos. Este discurso de iupi está a passar de moda, sr. Ministro.
Aparte as considerações sobre os méritos do Sr. ministro, e cingindo-me ao tema do post, não me preocupa nada o uso da marca All Garve.
Percebo que é uma campanha destinada ao mercado externo e que, como qualquer boa campanha, pretende transmitir num curto chavão uma vasta mensagem. Obviamente, será acompanhada de sub-campanhas mais especificas (onde desde já sugiro o Hole Garve, para atrair os amantes do Golfe) por forma a captar e fidelizar turistas.
Quanto a outros aspectos referidos em alguns truculentos comentários, gostava apenas de alertar que o problema do Algarve e do País não vão ser resolvidos pelo turismo, mas a industria do turismo talvez seja a melhor aposta para dinamizar a região. Há que encará-la com seriedade e posicioná-la devidamente para o mercado-alvo a atingir.
Nem tudo se resume ao factor preço e creio que o Algarve dispôe de condições impares para atrair diferentes tipos de turistas. Pode no Verão trazer o "pé rapado" dos campings e dos fast-food. Mas pode também chegar a um turismo mais exigente e potencializar o nosso património, artesanato ou gastronomia.
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