segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Heróis do Mar

Após uma pergunta da Marta, na sessão passada, sobre quem era para mim o maior Português de sempre, lembrei-me de que poderíamos fazer esse inquérito aqui no nosso espaço cibernético! Pois, pois!
Embora ache a pergunta um tanto ou quanto redutora e pateta, e visto agora estarmos a ser bombardeados com ela em todo o lado, gostava que todos dessem a sua opinião escolhendo duas personalidades: uma ligada à política e outra ligada ao mundo das artes ou outro campo que achem importante (ciência, ecónomia, etc. etc.)

A minha ideia final era fazermos uma sessão sobre as personalidades vencedoras, que seria uma sessão em conjunto, mas apresentada pelos que as escolheram, claro.

Mesmo que não concordem com a sessão, façam na mesma as vossas apostas!

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Dilbert: a sátira da burocracia das empresas

Dilbert, Dogbert, Wally, Alice, Ratbert, Catbert, Bob, os "esquisos" Elbonianos, o Homem do Lixo e, claro está, o Chefe, foram os convidados especiais da última edição dos Pinguins. Não são uma família mas também não deixam de o ser. São uma equipa verdadeiramente surpreendente que nos foi apresentada pelo Granel.
Dilbert é o nome do protagonoista do "team" que faz sorrir, e até reflectir, quem os acompanha. Existem porque o sr. engenheiro Scott Adams, que começou a sua carreira na área da economia, tinha o vício de fazer pequenos desenhos nos momentos mais oportunos, como é exemplo as reuniões de trabalho. Trabalhou 30 anos numa empresa e um dia decidiu dar vida à sua veia artística e encarar mais a sério o seu gosto pelo desenho. Fazer sátira com a burocracia e o funcionamento das empresas foi a ideia-chave, empolando e caracterizando, claro está, as coisas absurdas que se passam no interior de um escritório. Um dia um impulso fez com que enviasse as suas obras de arte, em forma de tiras de banda desenhada, para uma série de editoras. Não o fez em vão. Uma das mais prestigiadas empresas da área abraçou o seu humor e ainda bem. Vamos perceber porquê:
O cenário é uma empresa de "alta tecnologia" (alta só mesmo de nome) e o elenco conta com pormenores que são autênticas pérolas, tais como um indivíduo (Dilbert) cuja gravata está sempre levantada, tem um ego do tamanho de uma noz (Dogbert) que tem corpo e, obviamente, mente própria. Dogbert tem o dom da palavra, é esperto mas cínico e, de acordo com o Granel, "usa o que quer que tenha à mão para dominar o mundo". O Chefe, esse, e para começar, tem um penteado fantástico e é tido como o pior pesadelo da empresa. Apresenta um nível de inteligência abaixo do dos seus empregados.
Wally é o engenheiro da empresa mas detesta trabalhar. "Escapa-se sempre que pode", garante o Granel. O toque feminino da empresa está a cargo de Alice. Reivindicativa é a palavra que melhor a caracteriza. Parece que quando os outros acabam de falar a voz desta "querida" ainda é ouvida. Ratbert é o optimista teste de laboratório. Só tem um desejo na vida: ser amado. Ao que parece, e amores à parte, ou talvez não, Ratbert é especialista em se envolver em esquemas diabólicos com Dogbert. A gestão dos recursos humanos está a cargo de Catbert. Atormenta toda a gente mas tem um carinho especial por Wally. É o eleito quando se trata de veicular más notícias, como é exemplo o anúncio de despedimentos.
Com esta "diabólica" equipa ficamos a saber que afinal os dinossauros ainda existem. Mais do que isso: casam-se e têm filhos. Bob é a prova disso. É verde a apresenta um ténis absolutamente "fashion". Para além da queda do mito que dava conta que este espécie não existe, Scott Adams garante-nos que o quarto mundo existe. Denominado de Elbónia, os seus habitantes, os Elbonianos, vivem cobertos de lama, andam com grandes chapéus, aprensentam longas barbas e são detentores de um medo assustador no que concerne à tecnologia. Constituem uma sátira aos países islâmicos e, como não podia deixar de ser, são clientes da empresa de Dilbert. The last but not de lest é o Homem do Lixo. "Aparece pouco", diz o Granel, acrescentando que "se sabe pouco sobre ele". Uma coisa é certa: apanha as fantásticas fórmulas do lixo de Dilbert e resolve-as convenientemente.
Como se costuma dizer: a brincar a brincar as verdades vão sendo ditas. Pela voz do Granel ficamos a conhecer estes personagens que, afinal, têm tanto de real como de ficção. Parabéns pela sessão, pelo empenho e por mais uma partilha de paixões!

NOTA: a FNAC não tem estes livros à venda...como é que é possível? E que tal se nos barricassemos lá dentro?

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

A minha primeira sessão

Como é do conhecimento dos presentes na sessão de hoje, na próxima terça-feira serei eu a apresentar a minha paixão, como primeiro teaser deixarei apenas a seguinte dica.

Konichiwa!

Assim que possível desvendarei mais de mim...

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

domingo, 15 de outubro de 2006

VIDEOTECA ?

O Vitor deixou um comentário no ultimo videoteca, no qual sugeria a existência de ligações mais rápidas.
Como a ideia do Blog é torná-lo sempre e cada vez mais eficiente, peço que comentem aqui a solução adequada.
Saudações pinguinas

sábado, 14 de outubro de 2006

A Festa


Parte I


«A Festa» de Thomas Vinterberg; 1998 (Den)

Uma bomba largada. Um terramoto.
Primeiro chegam os convidados, um a um. Vão-se juntando entre abraços e beijinhos. A cerimónia está prestes a começar. Com todo o rigor, uns mais que outros lá se vão reunindo para a Grande Festa. Pais, filhos, tios e sobrinhos e afins. Mas que grande família. Sorrisos abertos. Uma festa de aniversário precedida de uma morte. Sorrisos abertos. Um passado obscuro. Sorrisos abertos. Mais um copo, mais um prato. Abusos sexuais de menores. Sorrisos abertos. Escândalo, insulto, pancada. Sorrisos descaídos e espantados. Canções racistas. Sorrisos abertos. Violência. Uma nova manhã e sorrisos abertos.

Não é fácil descrever um filme da Dogma 95. Sabemos sempre que há um problema que anda na fronteira do intimo e do social, de uma forma crua, fria e violenta.
Foi assim que o Victor Elyseu começou a sua sessão, aquilo que podemos chamar um misto de paixões. O filme, aconselhado e oferecido pela sua querida Antonieta (obrigado pelos bolinhos, já agora, e pela excelente sugestão do filme), começou por ser uma chamada de atenção. O tema central era a hipocrisía.
Como dizia Molière (há 4 séculos atrás) a Hipocrisia é um vicio que está na moda. E assim acontece, sempre. Mas, não me quero alongar neste tema, neste ponto específco.
A ideia de passar o filme, tem que ver com a paixão, desta semana, do Victor - O Clube dos Pinguins. O filme serviu de aperitivo para a sessão enriquecedora que tivémos depois.
Para quem não foi, o filme recomenda-se e muito. É um estalo na cara. Passemos à parte II da sessão.


Parte II

Tanto no início da sessão, como no fim, o Victor fez com que ficasse bem explícito o porquê da escolha de um tema como a hipocrisia para justificar uma paixão pelo Clube dos Pinguins.
A ideia do Clube dos Pinguins é a partilha de paixões. A partilha de paixões pressupõe uma ideia positiva, em que todos descem ao buraco para ouvir a paixão dos outros, mas também mostrar a sua com muito orgulho e acima de tudo, com essa disponibilidade, pois muitas vezes são coisas muito pessoais.
Há uma altura em que as coisas tem de ser repensada, e o Clube não escapa. Já muita gente abandonou, alguns por motivos justificados, outros por motivos que não convencem ainda hoje. Acredita-se então, assim, que o que aconteceu é que se começou a valorizar mais os defeitos das pessoas do que as qualidades, subvertendo-se um principio do Clube dos Pinguins.
A ideia é não sermos iguais ao mundo lá de fora, libertarmo-nos de preconceitos e encontrarmos o melhor que há nos outros, para assim nos conhecermos a nós próprios.
Se descermos desconfiados, então não vale a pena, e foi isso que o Victor quis transmitir - pelo menos no meu entender - com a sua sessão, que temos de continuar a descer com o mesmo espirito que nos fez ficar da primeira vez. É dar e receber. É saber dar e receber. Se bem se lembram foi isso que tirámos da Marcha dos Pinguins.
Da sessão também ficou uma ideia que é: não vamos ver isto de uma forma destrutiva, mas sim construtiva, reflectiva. O que não significa que tenhamos de exorcizar os nossos males lá em baixo. O que temos de fazer é ir com paz de espírito. NInguém é capitão de equipa, nem número 10. Ali não há craques! Somos uma comunidade, lembram-se?

A paixão do Victor é a paixão de todos nós. E o que quero mesmo é encarar este desabafo dele como um alerta! Não podemos cair naquilo que foi «A Festa» senão o Clube morre. Vamos todos fazer por dar um bocadinho mais todas as Terças. Vamos ser os «cozinheiros» uns dos outros.

Ao Victor, e também, à Antonieta, o nosso muito obrigado por esta magnífica sessão que nos fez pensar, discutir... ou seja, criar!

Jorge Carvalho

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Camilo e Ana Augusta

Caros amigos, ontem foi-me impossível ir à sessão do Clube pois hoje de manhã tive o primeiro contacto com público no espectáculo que estou a fazer.
É exactamente por este motivo, que este não é um comentário mas sim um post. Amanhã há a ante-estreia de "Camilo e Ana Augusta" e no sábado há a estreia.
O espectáculo estará em cena até 4 de Novembro e tenho muito gosto em convidar-vos a virem ver no dia que vos apetecer. Há bilhetes para amanhã, para sábado e para qualquer outro dia.
Portanto, conto convosco!

terça-feira, 10 de outubro de 2006

VIDEOTECA VI

As amizades têm destas coisas... e para mim que tanto gosto de música, diria: ainda bem que têm destas coisas!
Serve este prólogo para assumir que nunca deixei de escutar atentamente as sugestões que o Rui Spranger me indicou. De resto, ainda antes de eu me debruçar sobre qualquer banda indie dos 80's, já o Rui andava de vinyl debaixo do braço a caminho da Caos.
A música que trago esta semana, não me foi directamente indicada pelo Rui, mas foi graças a ele que a escutei pela 1ª vez.
Na sua última peça encenada para o SOTAO, fui surpreendido por este "L'amour a trois". Para aqueles que como eu tiveram o previlégio de assistir à representação, seguramente ficaram marcados com a força da música. "L'amour a trois", encaixa que nem uma luva na diversidade de personagens e na multi-culturalidade do texto escrito (espero que tenha sido apenas o 1º de muitos) pelo Spranger.
Sobre a banda, Stereo Total, ainda que possa induzir a uma nacionalidade francesa, trata-se na realidade de uma banda germana. Não pretendo estar aqui a fazer uma biografia da banda (ela pode ser encontrada aqui), mas apenas e tão somente partilhar o vídeo, que muito me agradou.

Ver Vídeo

P.S. - Foi-me pedido a reedição do tema "Turn into" de Yeah, Yeah, Yeah's pelo que fica aqui a rodar.


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As Noites Do General

5 Outubro 2006.
Oh sweet General!-Um doce blues do amigo General que foi fechando os olhos cada vez que interpretava um novo velho tema.Um animal de palco? Talvez sim e talvez não na certeza porém um à vontade pleno de segurança,avançando sobre os presentes,destemido e intrépido,que grande estratégia será caso para dizer!
Por momentos o Pinguimcafé pareceu levantar-se e levitar por cima das nossas cabeças mais importante que cada um de nós e completamente autónomo,que maravilha!O General foi capaz de conduzir com habilidade os tempos e prolongou o seu desempenho por quatro magníficas horas,uma delícia!
Jorge Carvalho-Mendes Cabeçadas para os amigos foi promovido a General com medalha de honra e mérito por serviços radioactivos, é um potencial grande " entertainer" graças à humildade que ainda não sabe gerir muito assertivamente mas também quem ser perfeito,quem quer ter a presunção de dominar a populaça? Eu não e concerteza que o General também não até porque ele sabe que tem amigos e quem eles são e isso é um privilégio dos eleitos.
P.S.- Quem diria que havíamos de celebrar a Républica com uma exortação à música das nossas origens???
Um grande abraço do Furiel Elyseu.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Arma descarregada

A reflexão é um ponto de partida para a manutenção da estabilidade e continuidade de qualquer prática comum. Ao olharmos para dentro, com um certo pragmatismo diga-se, estaremos sempre a construir, não podendo esta acção ser confundida com o «pôr em causa».

Assim, estou em crer que é de todo necessário estabelcer um sistema de regras e de conduta mais aprofundado para o nosso Clube dos Pinguins, correndo o risco de , se não o fizermos, perder alguma organização e, com isso, a ideia primordial deste nobre encontro de pessoas.

Em primeiro lugar, é de enorme importância o cumprimento dos horários. É prática comum, no nosso clube, o atraso excessivo da grande maioria dos membros. Este atraso tem provocado um prolongamento das sessões, o que poderá estar na génese do afastamento de alguns Pinguins e na não participação de outros que poderiam, eventualmente, acrescentar algo de positivo a esta comunidade.

Em segundo lugar, e em ligação directa com o ponto anterior, seria importante o não alongamento das farpas, situação que se tem vindo a repetir (e assumo aqui, também, a minha co-responsabilidade) e que tem contribuído para o prolongamento exagerado das sessões.
A minha sugestão é, portanto, que seja o blog o lugar de discussão das farpas. Não tirando esse lugar àquele primeiro momento da sessão, mas aliviando esse mesmo momento (um género de uma desburocratização) e criando, ao mesmo tempo, maior actividade no blog, que nos ùltimos tempos tem sentido um enorme decréscimo no que diz respeito à participação (tanto de "postadores" como de comentadores).

Outro ponto tem que ver com a assunção da sessão por parte do apresentador. É necessário que o apresentador concretize de facto o controlo da sessão. Em alguns casos isso tem acontecido, mas outros há em que não é isso que se verifica. Quero com isto dizer que o apresentador tem não só de saber gerir a sala da forma que achar mais adequada (e não ser de todo permissivo) e saber ao mesmo tempo receber quem de novo chega para evitar um afastamento dos estreantes e para que estes compreendam objectivamente qual é o fundamento de tal reunião, mesmo após uma primeira abordagem do Paulo, ou de quem quer que tenha endereçado o convite.

Parece-me, também, que se está a perder um pouco o silêncio necessário para a uma maior atenção a cada sessão. A responsabilidade é de todos, pois essa conduta funciona como um vírus (afirmo aqui também a minha co-responsabilidade em tal questão) e acaba por se tornar, a meu ver, falta de respeito. É, no sentido do ponto anterior, também da responsabilidade do apresentador controlar essa situação, esperando-se a compreensão de todos.

Em relação ao blog, como já referi, este está em queda, como poderão reparar. Embora apareçam novos atractivos, parece ter perdido a atenção da maioria dos Pinguins. É claro que nem todos têm disponibilidade para consultar o blog com frequência, mas era, no mínimo, simpático um pequeno comentário aos posts que vão sendo colocados, nem que seja para congratular quem os coloca pelo trabalho a que se deu.

Em suma, não se pretende com isto formalizar em demasia o Clube dos Pinguins, a informalidade está em cada sessão, no carinho e na paixão com que os temas vão sendo apresentados, mas também, e essencialmente, no respeito com que são recebidos. Se todos concordarem, este tipo de condutas não poderão ser como as normas de Direito Internacional, que muitos julgam ser como uma arma descarregada apontada à cabeça do infractor (até porque aqui não há infractores, mas sim distraídos).
Se esta reflexão for assumida por todos e gerar algum consenso, acredito que o Clube só poderá sair a ganhar.

Aguardo então por reacções, sugestões e indignações.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Um heroi muito discreto

O ponto de partida para a paixão desta semana foi um filme: “Um herói muito discreto”. O Zé Beça, brilhantemente trouxe um filme que a todos nos surpreendeu…
Uma mistura de realidade e ficção… O desempenho de um qualquer herói no meio de tantos outros…mas em França. Podia ser em Portugal. Destes heróis, está o mundo ávido… Os testemunhos surgem, as interpretações do filme também… Bem real a discussão que teima em se prolongar. Mais um fino para acalmar as gargantas secas. Discute-se este herói, ou será mitómano? Apropria-se de um passado que não é o seu e chama a si aventuras com que sempre sonhou e nunca teve a coragem de viver.
Acabamos por ser actores neste filme intemporal porque de oportunismo se trata. A realidade acaba por se sobrepor à ilusão de ser intocável. Afinal tratou-se de um fuzilamento. Foi um herói, dizem alguns contemporâneos… Honra à memória de quem veste o que não é seu. A bicicleta ainda estará caída? Imóvel testemunha de um salto para a glória.
Mais do que ver… vale a pena pensar nos nossos heróis! Aqueles de quem verdadeiramente gostamos e que com os seus testemunhos nos marcaram.
Um filme de Jacques Audiard, de 1996

terça-feira, 3 de outubro de 2006

7 Maravilhas do Mundo



As sete maravilhas do mundo antigo são as mais belas e majestosas obras artísticas e arquitectónicas erguidas durante a Antiguidade Clássica. Das sete maravilhas, a única que resiste até hoje quase intactas são as Pirâmides de Gizé, construídas há cinco mil anos.

As sete maravilhas
Jardins suspensos da Babilônia
Pirâmides de Gizé

Estátua de Zeus

Templo de Ártemis

Mausoléu de Halicarnasso

Colosso de Rodes

Farol de Alexandria


Pirâmides de Gizé
As três pirâmides de Gizé, Keóps, Quéfren e Miquerinos, foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu (Keóps), Quéfren, e Menkaure (pai, filho e neto), que dão nome às pirâmides. A primeira delas, Keóps, foi construída há mais de 4.500 anos, por volta do ano 2550 a.C., chamada de Grande Pirâmide, a majestosa construção de 147 metros de altura foi a maior construção feita pelo homem durante mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX (precisamente em 1900), com a construção da Torre Eiffel. O curioso é que as pirâmides de Gizé já eram as mais antigas dentre todas as maravilhas do mundo antigo (afinal, na época já fazia mais de dois mil anos que haviam sido construídas) e são justamente as únicas que se mantém até hoje.
Jardins Suspensos da Babilônia
Os Jardins Suspensos da Babilônia são as maravilhas menos conhecidas, já que até hoje encontram-se poucos relatos, e nenhum sítio arqueológico foi encontrado com qualquer vestígio do monumento.O único que pode ser considerado "suspeito" é um poço fora dos padrões que imagina-se ter sido usado para bombear água.Foram construídos pelo rei Nabucodonosor (ou Semiramis) no século VI a.C.. O monumento foi construído com seis montes de terra artificiais, terraços arborizados apoiados em colunas de 25 a 100 M de altura na antiga Babilônia, onde vivia. Foram destruídos no mesmo período da destruição do templo.
Estátua de Zeus
A estátua de Zeus foi construída em Olímpia no século V a.C. por Fídias em homenagem ao deus grego Zeus, o mais importante. A estátua, construída em ouro e marfim, e decorada com pedras preciosas, possuía 12 M de altura. Após 800 anos foi levada para Constantinopla (hoje Istambul), onde acredita-se ter sido destruída em 462 d.C. por um incêndio.
Templo de Ártemis
O templo de Artemis, construído para a deusa grega da caça e protetora dos animais selvagens, foi o maior templo do mundo antigo. Localizado em Éfeso, atual Turquia, o templo foi construído em 550 a.C. pelo arquiteto cretense Quersifrão e por seu filho, Metagenes. Após concluído virou atração turística com visitantes de diversos lugares entregando oferendas, e foi destruído em 356 a.C. por Eróstrato, que acreditava que destruindo o templo de Ártemis teria seu nome espalhado por todo o mundo. Sabendo disso, os habitantes da cidade não revelaram seu nome, só conhecido graças ao historiador Strabo. Alexandre, o Grande ofereceu-se para restaurar o templo, mas ele começou a ser reconstruído só em 323 a.C., ano da morte do macedônio. Mesmo assim, em 262 d.C., ele foi redestruído em um ataque dos godos. Com a conversão dos cidadãos da região e do mundo ao cristianismo, o templo foi perdendo importância e hoje existe apenas um pilar da construção original em suas ruínas.
Mausoléu de Halicarnasso
O mausoléu de Halicarnasso foi o sumptuoso túmulo que a rainha Artemísia mandou construir sobre os restos mortais de seu irmão e marido, o rei Mausolo, em 353 a.C.. Foi construído por quatro arquitetos gregosBriáxis, Escopas, Leocarés e Timóteo.
Colosso de Rodes
O Colosso de Rodes era uma gigantesca estátua de Hélios colocada na entrada marítima da ilha grega de Rodes. Ela foi finalizada em 280 a.C. pelo escultor Carés, da cidade rodiana de Lindos, tendo 30 metros de altura e setenta toneladas de bronze, de modo que qualquer barco que entrasse na ilha passaria entre as suas pernas, que possuía um em cada margem do canal que levava ao porto. Na sua mão direita havia um farol que guiava as embarcações à noite. Era tão imponente que um homem de estatura normal não conseguia abraçar o polegar da divindade. Foi construída para comemorar a retirada das tropas macedônias que tentavam conquistar a ilha e o material utilizado para sua construção foram armas abandonadas pelos macedônios no lugar. Apesar de imponente, ficou em pé durante apenas 55 anos, sendo abalada por um terremoto que a destruiu. Ptomoleu III ofereceu-se para reconstruí-la, mas os habitantes da ilha recusaram por achar que haviam ofendido Hélios. E no fundo do mar ainda era tão impressionante que muitos viajaram para vê-la lá embaixo, onde foi esquecida até a chegada dos árabes, que venderam-na como sucata.
Farol de Alexandria
O Farol de Alexandria foi construído a mando de Ptolomeu no ano 280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato, de Cnido. Era uma torre de mármore sita na ilha de Faros, próxima ao porto de Alexandria, Egito. Na torre ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava à distância (tal foi a origem do termo farol). A luz refletida chegava a 50 kM de distância, daí a grande fama e imponência daquele farol, que fizeram-no entrar na lista das sete maravilhas do mundo antigo. À excepção das pirâmides de Gizé, foi a que mais tempo durou das 7 maravilhas do mundo, sendo destruída por um terremoto em 1375. Suas ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores, o que depois foi confirmado por imagens de satélite.


Tão longa introdução/exposição (ainda mais plagiada da wikipedia) tem um propósito.
A Fundação New 7 Wonders tem um projecto para designar as 7 Maravilhas do Mundo Contemporâneo, que pretende arrecadar fundos para apoiar a conservação e restauro desses objectos de Arte, imprescindiveis à compreensão da nossa história mais recente.
A designação será feita através do resultado de uma votação que decorre a nivel mundial (o que sendo democrático, suscita-me algumas duvidas quanto à credibilidade do voto) e será divulgada no próximo dia 1 de Janeiro de 2007. Na breve pesquisa que fiz para elaborar o post fiquei com algumas duvidas quanto à real existência desta Fundação, no entanto decidi publicá-lo na mesma por ter servido de motivo para abordar e homenagear as 7 Maravilhas do Mundo.

Links:
Fundação 7 Maravilhas do Mundo
Wikipedia

domingo, 1 de outubro de 2006

Um pinguim para os Pinguins


A sessão começou com uma foto da “Menina Nua “ de Henrique Moreira situada na Avenida dos Aliados. A Cláudia, a ilustre apresentadora, esboçava um sorriso de orelha a orelha e com grande orgulho, após uma breve introdução sobre a “Menina Nua”, disse que a sessão dessa noite iria ser sobre Escultura. O entusiasmo pinguinense levantou-se. Murmurinho para aqui, burburinho para ali, a Cláudia avançou segura e destemida. Não era só no Porto que se poderia encontrar esculturas, Gaia (terra que defendeu com brio) é riquíssima em escultura. De lá nasceram três grandes escultores Soares dos Reis, António Teixeira Lopes e Diogo Macedo. Seria sobre a obra destas três personalidades, que a sessão se iria debruçar.


Sobre Soares dos Reis a passagem foi curta, mas serviu de base para o resto da sessão. António Soares dos Reis nasceu em 1847 em Mafamude, Vila Nova de Gaia. Desde cedo começou a trabalhar na loja do pai, mas não lhe interessava continuar na loja, tinha jeito para o desenho e com o canivete fazia pequenos bonecos em madeira para se entreter.
O seu vizinho começou a reparar no talento no rapaz e convenceu (após algum custo) o pai deste a deixá-lo ir estudar para Belas Artes. Após cinco anos de curso e com grande reputação candidatou-se a uma bolsa em Paris. De Paris vai para Roma onde começou a trabalhar numa estátua em mármore (“O Desterrado”) para justificar a pensão que lhe era atribuída. Após algumas peripécias regressou ao Porto em 1872. Detentor de vários prémios, “O Desterrado” acabou por se tornar numa das obras mais emblemáticas de Soares dos Reis.



De seguida a Cláudia apresentou-nos António Teixeira Lopes, escultor com o qual se sentia mais à vontade, ou não trabalhasse ela no museu que alberga as suas obras.
António Teixeira Lopes nasceu em Gaia no ano de 1866. Frequentou a Academia de Belas Artes do Porto, tendo sido discípulo de Soares dos Reis e Marques de Oliveira, partindo depois para a escola de Belas Artes de Paris. Faleceu em 1942.
Grande parte da sua obra pode ser vista na Casa-Museu António Teixeira Lopes. A Cláudia quase nos fez uma visita virtual ao museu através das inúmeras fotografias que nos apresentou. Mostrou-nos a diferença entre Soares dos Reis e Teixeira Lopes, principalmente ao nível das expressões, mostrou-nos os trabalhos mais emblemáticos do escultor, quase ao pormenor e com uma grande paixão.
Vários dos seus “modelos” eram crianças, Teixeira Lopes adorava crianças e gostava de ter sempre a casa cheia de crianças. (“Não! Não era pedófilo!” - disse a Cláudia…) As esculturas de crianças deliciaram os pinguins…
Da obra de Teixeira Lopes vale a pena salientar as obras de vulto “Caim” (ver foto), “Ofélia” (foto mais abaixo) e “A Viúva”, a escultura tumular “Caridade”, as escultura monumental “Flora” e algumas imagens de carácter religioso.




A Cláudia passou depois para Diogo de Macedo, autor que também se encontra exposto na Casa-Museu António Teixeira Lopes.
Diogo de Macedo nasceu, igualmente, em Gaia no ano de 1889, vindo a falecer em 1959. Estudou Escultura na Academia de Belas-Artes do Porto onde teve como professores José de Brito, Marques Oliveira e Teixeira Lopes. Parte depois para Paris e depois para Montparnasse.
Diogo Macedo adorava História, por isso fez bastantes esculturas sobre personalidades conhecidas como Florbela Espanca, Camilo Castelo Branco, D. Sebastião, entre outros. O detalhe e a técnica nos seus trabalhos são notáveis.


A conversa voltou novamente a Teixeira Lopes (com as obras de vulto e tumulares) e finalizou com um vídeo-documentário sobre o restauro de uma escultura que tinha sido executado na Casa-Museu.

Para acabar, a Cláudia preparou um pequeno cenário interactivo, onde todos os pinguins podiam fazer as suas experiências com gesso. Havia formas de todos os tipos e tamanhos: Ursos, Peixes, Árvores, Gomos de Limão, mas a que teve mais sucesso e fez a delícia de todos os pinguinenses foi um molde para cubos de gelo em que as formas em vez de serem os tradicionais cubos eram pequenos Pinguins!
Toda a gente ficou deliciada com o gesso, de tal forma que parecíamos pequenas crianças a brincar, ansiosas para que o gesso secasse, para o tirar das formas e ver o tão esperado resultado. “Parecem os miúdos que costumam ir lá ao museu”, comentou espantada a Cláudia. E era bem verdade porque passado um pouco já se viam algumas caras desiludidas por a experiência ter corrido mal, mas o desânimo passou depressa quando se começou a “desembrulhar” os pinguins e os gomos de limão. Os pinguinenenses ficaram babados e maravilhados com aquelas pequenas relíquias e era ver quem mais “roubava”. No final, claro, toda a gente levou um pinguim em gesso para casa…


P.S.- Muito se disse e muito ficou por dizer! Isto de fazer um resumo da sessão nem sempre é fácil. Eu gostaria de ter feito um trabalho mais profundo, mas também não queria alongar muito o texto. É uma gestão muito complicada… Mas o melhor neste caso é ir aos museus e visitar as obras. Eles estão aqui a dois passos e não custa nada. E o certo é que a partir de hoje, todos nós vamos olhar com mais atenção para as estátuas e esculturas pelas quais passamos diariamente…