quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sessão de Amanhã

O post que se viu grego para sair...

Já foi em 2010 e muitos não se lembrarão sequer da fantástica sessão da Olga, sobre a Grécia Antiga, a primeira paixão apresentada por esta "pinguina". :D

Foi uma sessão cuidadosamente preparada, com direito a um teste final aos conhecimentos adquiridos e correspondente prémio (uma coroa de louros) ao vencedor com mais respostas certas. E foram bastantes os pinguins que assistiram à breve história da mitologia grega, à passagem pelos principais pensadores / filósofos gregos e até à evolução arquitectónica da Grécia, com exemplos de vários monumentos famosos.

Para relembrar e porque seria uma pena uma apresentação destas ficar na "gaveta", aqui vai:

domingo, 11 de dezembro de 2011

Pinguins Electrónicos

E se a música electrónica não for apenas aquela música que se ouve nos festivais underground, sob o efeito de substâncias que vão muito para além da cafeína?
E se a música electrónica tiver mais anos que todos os pinguins?
O André, amante da música electrónica e da cafeína, electrizou os pinguins numa destas quintas-feiras.

A saber:

No ano de 1897, surgia o Telarmónio, provavelmente o tetra-avô da guitarra eléctrica!!

O Teremim (sim, aquele aparelhómetro parecido com uma antena automóvel que produz música sem que lhe cheguem a tocar!!) data de 1920!!

Lembram-se de “Tomorow Never Knows” dos Beatles? Pois… Electrónica!
“Welcome to The Machine” dos Pink Floyd? Música electrónica em 1975!!!
E quem se lembra de “Stayin’Alive” dos Bee Gees?

O André ensinou-me que a música electrónica tem muito que se lhe diga, que se divide em estilos e épocas que se cruzam: Disco, Dub, New Wave! Eurodisco, Chicago House, Europop (quem se lembra do odioso “The Rythm of the Night” dos Corona?)

Para quem não assistiu à sessão, muito bem preparada, como todas as sessões do André, sugiro a consulta do Power Point aqui em baixo, que o anfitrião da noite fez o favor de disponibilizar ( não se esqueçam de clicar nos links a azul!)


Música Electrónica

E fica mais um conselho: abram já a página do You Tube, porque vão sentir uma súbita vontade de ouvir música electrónica!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Da revista popular ao urbano depressivo. Da vara à vareta. Da saída até ao onírico. Uma fusão ou algo que já seria natural? Um eterna procura ou uma obsessão??

“Eu sei, é preciso esquecer
desenterrar os nossos mortos e voltar a enterra-los,
os nossos mortos anseiam por morrer
e só a nossa dor pode matá-los.” […]
                                                    M. A. Pina


Aqui estou eu sentado na sala a pensar como escrever o resumo da sessão que o Hugo Valter apresentou ontem.

Durante estes anos procurei sempre fugir a escrever sobre paixões partilhadas porque dificilmente haverá distanciação. Neste caso, não pode haver distanciação nem interessa. Neste caso, não havia como fugir ao post.

Hoje acordei melancólico. Não é o melhor estado para escrever um resumo. Tanto, que ando aqui às voltas e ainda não cheguei sequer a dizer sobre o que foi. Porque sem vontade, há lágrimas livres a banhar-me as faces.

Eu sei, é necessário fazer um esforço. Isto é um resumo e o Hugo apresentou uma sessão extraordinária.   Não só pela paixão em si, mas pela excelente preparação e apresentação.

E não foi só uma paixão, foi ao mesmo tempo uma tão sentida e legítima homenagem a um dos maiores criadores que este país conheceu.

João Paulo Seara Cardoso (1956-2010)

Com um powerpoint cuidadosamente preparado e alguns videos para ilustrarem o percurso criativo do João Paulo Seara Cardoso no Teatro de Marionetas do Porto, o Hugo começou por nos apresentar uma pequena biografia. Depois começou por apresentar o percurso (que ele tão bem conhece, graças ao seu pai) do João Paulo até à fundação do Teatro de Marionetas do Porto. A partir daqui fez-nos uma viagem, mais do que bem documentada (e com pequenas histórias privadas) de todos os espectáculos levados a cena pelo Teatro de Marionetas do Porto com encenação do João Paulo Seara Cardoso (desafiando-me pelo meio a apresentar uma sessão sobre o "Miséria", aquele que ainda hoje considero o espectáculo da minha vida e, claro está, também é uma criação do João Paulo Seara Cardoso).

Estávamos poucos, muito poucos para o cuidado da preparação e para a qualidade da apresentação do Hugo. É o único dado negativo da sessão.

Para além da curiosidade natural de quem não conhecia a obra do João Paulo Seara Cardoso, creio que o Tó, o Filipe e eu fizemos uma viagem pelo nosso passado (como Hugo fez também ao preparar e apresentar a sessão). Os espectáculos do Teatro de Marionetas faziam parte do nosso quotidiano. Cada estreia era um acontecimento feliz, esperado com ansiedade e cada espectáculo trazia emoções, histórias e permanecia na memória. Por isto, o powerpoint preparado pelo Hugo termina com uma questão: Teatro de Marionetas do Porto, e agora???

Agora esperamos (como o Filipe bem o disse) que com o tempo o Teatro de Marionetas do Porto se reencontre e, digo eu, refloresça radiante para bem de todos nós.

Apesar de toda a nostalgia, fica como nota extra que depois da sessão, o Hugo, o Filipe, o Nuno e eu ficámos na cave a recordar, a conversar e a discutir até perto das 4h da manhã. E assim tão naturalmente celebrámos a AMIZADE!

Obrigado João Paulo!
Obrigado Hugo!  

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Lisbela e o Prisioneiro


Há umas semanas atrás a Xanoca apresentou-nos o filme “Lisbela e o Prisioneiro”, apresentando como sua paixão o cinema Brasileiro. (Eu atrever-me-ia a dizer que a sua paixão era o cinema novela mas corria o risco de ser mal interpretado e por isso não digo nada…)
O filme, realizado por Guel Arraes que ganhou alguns prémios no Brasil, conta a história de Lisbela (Débora Falabella), uma jovem sonhadora que adora ir ao cinema e vive na esperança de encontrar o “homem certo” e de Leléu (Selton Mello) um saltimbanco que anda de cidade em cidade a vender os seus produtos, apresentando pequenos números de ilusionismo e a seduzir as mulheres locais. Um burlão!
Leléu envolve-se com Inaura (Virginia Cavendish), uma mulher sexy e atraente que tem um pequeno defeito: é casada com o homem mais temido da cidade, Frederico Evandro (Marco Nanini), um matador profissional, que Leléu só conhece de nome. Quando Frederico Evandro descobre a sua mulher o anda a trair resolve partir em busca de Leléu que, entretanto, tinha fugido para uma pequena vila.
Nessa vila Leléu apaixona-se imediatamente por Lisbela, filha do Tenente Guedes (André Mattos) e noiva de Douglas (Bruno Garcia). Ora Lisbela sente também uma atração imediata por Leléu. A confusão está montada!
No meio de tantas tropelias, Leléu e Frederico Evandro tornam-se amigos, sem se aperceberem de quem é quem e que afinal são inimigos de morte. Mas quando toda a mascarada é desfeita e todos os enganos corrigidos, começa a tensão final para saber quem mata quem e quem fica com quem. Neste momento o filme é contado através de uma série de flashbacks em que cada um vai alterando o rumo da história criando um série de twists no argumento.
E é precisamente nesta altura que o CD (sim, o filme estava a ser projectado através de um CD) resolve encravar. Não só encravar como a recusar-se firmemente a passar aquela parte do filme. (Devia ser um CD humanitário, a favor dos direitos dos homens e contra qualquer tipo de crimes ou mortes, enfim…) Após várias tentativas e esforços, sem falar que se passou cerca de 30 minutos nesta brincadeira, lá se conseguiu ver (aos pedaços) a cena que já de si era aos pedaços. Sim… Foi um pouco confuso mas, a Xanoca foi-nos relatando calma e explicitamente tudo o que se passava e as trocas que ia havendo no argumento. O CD foi simpático o suficiente para nos deixar ver o final do filme (já depois do sangue ter rolado, claro…).
A sessão acabou por se tornar bastante divertida com muita galhofa no meio, principalmente nas paragens do CD que davam sempre origem a novas piadas. A Xanoca fez uma boa apresentação e defendeu-se bem quando o CD resolveu resmungar. Acho que todos nós percebemos a parte final do filme graças a esse esforço.
Os meus parabéns à Xanoca, quer pela apresentação, quer pela escolha do filme.