Sei que maior parte das coisas que aprendi foi com a televisão. Comecei a gostar de poesia por causa do Mário Viegas, a ouvir música de todo o género por causa no top +, o cinema com o Clint Eastwood e com o Marlon Brando, o meu grande amigo Tom Sawyer, a infinita tristeza ao ver o Chiado a arder. Mas acima de tudo acordar todos os dias e saber que ali tinha uma companhia!
A segunda guerra do Golfo/Kuwait (a primeira com intervenção directa dos EUA).
Tinha chegado a casa depois de mais uma noite no café, onde um dos temas de conversa tinha sido a decisão sobre o caminho/profissão a tomar/seguir (tinha 18 ou 19 anos) e apanho a emissão em directo... As dúvidas que ainda tinha dissiparam-se. "The damage is done", diriam os meus pais.
Top5: - Herman (programas anteriores ao Enciclopédia e ao Parabéns) - Cinco noites, cinco filmes (durante anos, a preencher as noites da 2) - Mounty Pithon Flying Circus (no segundo canal antes de jantar) - Outras Músicas (aos domingos de manhã :-p com o Jazzé Duarte) - Novas séries dos EUA (Sopranos, 7 Palmos de terra, L Word)
Não sei explicar porquê mas certo é que nunca tive uma relação umbilical com a televisão. Nem agora nem quando era mais «piquena». Sempre andei mais às voltas com jornais, livros, puzzles, ouvir rádio (muitas notícias - acho que aquilo não era muito normal para a minha idade mas whatever...)
Mas também é certo que não posso dizer que a RTP não fez, e faz, parte da minha vida. E como desde os meus 10 anos que sabia que queria ser jornalista, jornalista, e só jornalista...não é de admirar se vos disser que quando penso nas memórias que a RTP me proporciona, estas se prendem com informação, com Carlos Fino, Artur Albarran, entre outros (embora estes dois nomes, quando tento recordar aquilo que lembro de mais antigo sobre a televisão pública, são os primeiros que me surgem na cabeça). Ainda na área da informação recordo grandes reportagens e debates mas, acima de tudo, as noites de eleições. Considero, ainda hoje, que a estação pública consegue reunir uma boa equipa de cobertura sobre a área (ok...isto é mesmo defeito de profissão).
Mas também lembro muitos sábados de manhã quando eu e os meus primos, quando estavamos todos juntos de fim de semana, nos levantavamos para ver os desenhos animados. E recordo também a minha desactualização. É que muitas vezes não percebia nada do que estava a acontecer nas séries dos «bonequinhos» e mais tarde nas de não «bonequinhos» mas com gente de carne e osso, porque raramente via televisão.
Olho para trás e vejo uma RTP com qualidade e vem-me à memória - e com muita saudade confesso - o tempo passado em família. E percebo que o tempo passa muito, mas mesmo muito rápido, e penso como seria bom ter uma máquina do tempo e ter a possibilidade contactar com pessoas que já cá não estão e constato a falta que me fazem. Pessoas estas que, e apesar da existência de outros canais televisivos, nunca trocaram a RTP.
É evidente que a RTP me acompanhhou na infância. Devorava desenhos animados e livros com a mesma velocidade que comia uma barra de chocolate (felizmente deixei este vicio) mas a memória mais marcante que tenho são sem súvida os fins de tarde de domingo com o Macgyver em casa da minha avó. A familia reunia-se toda para jantar e era a oportunidade de estar e brincar com as minhas primas (sim, porque lá é só gajas lol)
Bom, como o meu tempo é curto e já me alonguei muito no comentário anterior e porque os meus antecessores já falaram em algumas das (também) minhas memórias, deixo apenas um nome: Vasco Granja
5 comentários:
Sei que maior parte das coisas que aprendi foi com a televisão.
Comecei a gostar de poesia por causa do Mário Viegas, a ouvir música de todo o género por causa no top +, o cinema com o Clint Eastwood e com o Marlon Brando, o meu grande amigo Tom Sawyer, a infinita tristeza ao ver o Chiado a arder. Mas acima de tudo acordar todos os dias e saber que ali tinha uma companhia!
Muitos Parabéns!
A segunda guerra do Golfo/Kuwait (a primeira com intervenção directa dos EUA).
Tinha chegado a casa depois de mais uma noite no café, onde um dos temas de conversa tinha sido a decisão sobre o caminho/profissão a tomar/seguir (tinha 18 ou 19 anos) e apanho a emissão em directo... As dúvidas que ainda tinha dissiparam-se. "The damage is done", diriam os meus pais.
Top5:
- Herman (programas anteriores ao Enciclopédia e ao Parabéns)
- Cinco noites, cinco filmes (durante anos, a preencher as noites da 2)
- Mounty Pithon Flying Circus (no segundo canal antes de jantar)
- Outras Músicas (aos domingos de manhã :-p com o Jazzé Duarte)
- Novas séries dos EUA (Sopranos, 7 Palmos de terra, L Word)
Não sei explicar porquê mas certo é que nunca tive uma relação umbilical com a televisão. Nem agora nem quando era mais «piquena». Sempre andei mais às voltas com jornais, livros, puzzles, ouvir rádio (muitas notícias - acho que aquilo não era muito normal para a minha idade mas whatever...)
Mas também é certo que não posso dizer que a RTP não fez, e faz, parte da minha vida. E como desde os meus 10 anos que sabia que queria ser jornalista, jornalista, e só jornalista...não é de admirar se vos disser que quando penso nas memórias que a RTP me proporciona, estas se prendem com informação, com Carlos Fino, Artur Albarran, entre outros (embora estes dois nomes, quando tento recordar aquilo que lembro de mais antigo sobre a televisão pública, são os primeiros que me surgem na cabeça). Ainda na área da informação recordo grandes reportagens e debates mas, acima de tudo, as noites de eleições. Considero, ainda hoje, que a estação pública consegue reunir uma boa equipa de cobertura sobre a área (ok...isto é mesmo defeito de profissão).
Mas também lembro muitos sábados de manhã quando eu e os meus primos, quando estavamos todos juntos de fim de semana, nos levantavamos para ver os desenhos animados. E recordo também a minha desactualização. É que muitas vezes não percebia nada do que estava a acontecer nas séries dos «bonequinhos» e mais tarde nas de não «bonequinhos» mas com gente de carne e osso, porque raramente via televisão.
Olho para trás e vejo uma RTP com qualidade e vem-me à memória - e com muita saudade confesso - o tempo passado em família. E percebo que o tempo passa muito, mas mesmo muito rápido, e penso como seria bom ter uma máquina do tempo e ter a possibilidade contactar com pessoas que já cá não estão e constato a falta que me fazem. Pessoas estas que, e apesar da existência de outros canais televisivos, nunca trocaram a RTP.
É evidente que a RTP me acompanhhou na infância. Devorava desenhos animados e livros com a mesma velocidade que comia uma barra de chocolate (felizmente deixei este vicio) mas a memória mais marcante que tenho são sem súvida os fins de tarde de domingo com o Macgyver em casa da minha avó. A familia reunia-se toda para jantar e era a oportunidade de estar e brincar com as minhas primas (sim, porque lá é só gajas lol)
Bom, como o meu tempo é curto e já me alonguei muito no comentário anterior e porque os meus antecessores já falaram em algumas das (também) minhas memórias, deixo apenas um nome: Vasco Granja
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