sábado, 30 de junho de 2007
Amizade
Depois há o outro lado. Verdadeiro, Sentido, Perene. Aquele que importa, que realmente nos define e o único que nos sustenta nos momentos menos bons. E é nesses momentos, temporalmente mais distantes do que desejaríamos, com a frequência de um Santo Popular ou de uma nova estação do ano, que vemos o que realmente importa e de quem realmente gostamos/admiramos (sim, a amizade passa muito pela admiração).
As amizades e as relações interpessoais sempre foram o meu motor e obviamente, a minha grande PAIXÃO…
Obrigado Maneló…
Os (verdadeiros) HEROIS
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Assim vai a nossa cultura...
Eu - Pensas que o génio tem hora? O Miguel Ângelo não pintou a capela Sistina de um dia para o outro.
Ela - Não sabia que o tipo dos Delfins pintava!
Eu - (só em pensamento) Foda-se!
este diálogo foi roubado d'aqui e d'aqui. Quero acreditar que é inventado. Mesmo assim, achei piada e resolvi colocar.
Sinais do(s) tempo(s)
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Não percebo bem o que está escrito...mas 'sem stress'
Senão vejamos: um estudo elaborado pela Escola de Saúde Pública da Universidade do Minnesota revelou que a escrita ilegível dos médicos e os erros de transcrição são responsáveis por 61 por cento dos erros de medicação em hospitais norte-americanos. Por outro lado, os centros hospitalares que utilizam o método da prescrição electrónica registaram uma diminuição de 66 por cento nos erros relacionados com a medicação, salientam os autores da investigação. Mais de 25 por cento dos pacientes hospitalares já foram alvos de erros na medicação, concluiu o estudo publicado no jornal “Health Services Research”. Estas constantes imprecisões podem resultar em consequências graves para a saúde dos pacientes, motivo que está a levar alguns hospitais a aderirem aos sistemas computorizados. Os enganos não se referem apenas à ingestão da substância errada, mas também à toma de doses inadequadas, à hora errada, ou mesmo à ausência total de medicação (é interessante não é? Eu acho...muito engraçado)
Mas nós, por cá, descansemos porque em Portugal, a prescrição de receitas em formato electrónico é uma realidade desde o início de 2007, altura em que passou a englobar toda a rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que abarca 89 hospitais e 360 centros de saúde e respectivas extensões. Pelo menos é o que consta...porque vai-se para o terreno e a realidade é um bocadinho diferente. Mas whatever...literalmente 'haja saudinha'! :D
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Não, não está a boiar...
Pérola humana em forma de palavras
Como eu sei que é bom ouvir (alguma banda que gostes muito) a cantar e as palavras a fluir
Como eu sei que é bom saber que nos lêem
Como eu sei que o erro faz parte de nós e nos torna mais fortes
Como eu sei que sei o que sei e que quero saber o que por vezes me passa ao lado
Como eu sei que o que está sempre a seguir ao como eu sei só porque sai e para mim tem que estar
Como eu sei que agora não posso colocar as famosas aspas para não ter que escrever como eu sei
Como eu sei o que é estar orgulhoso, de mim, de vós
Como eu sei o que é estar doente, a alma doer e o sol não raiar
Como eu sei o que é ter medo
Como eu sei o que julgo saber só porque se tem a mania que se sabe
Como eu sei que consegui substituir o "que" pelo "o" sem saber que dei por isso
Como eu sei que um simples abraço é bem melhor que muitos beijos dados por aí
Como eu sei o que é arriscar
Como eu sei o que é ter pânico
Como eu sei o que é estar mal, não conseguir estar melhor, não saber mais
Como eu sei o que é saber só porque sei e viver da forma como eu sei
E como eu sei que apenas sei que existo...
Como eu sei que os dias são apenas e só como eles são... e eu, eu sei que são".
o vodka martini antes da refeição
Excepcionalmente, este post não permitirá comentários. Guardem-nos para o (verdadeiro) post de sessão.
terça-feira, 26 de junho de 2007
Jornalismo Revisited II
Este, lido com sotaque brasileiro, revela o caminho turtuoso da transparência politica.
Utopias
Com tanto Berardo e Rivolix, com as duas cidades (as grandes, porque as outras são Vila Franca e S.Mamede) do meu coração a serem violadas, apetece-me viajar para uma cidade que caiu no imaginário de Cave.
Este é o sítio onde dEUS veio morar!
Aqui, da janela alta de um grande amigo, pinto uma aguarela diferente da que está lá em baixo!
lx, PS, governo e afins...
Mas o desnorte e a imbecilidade não ficam por aqui. Corro o risco de ser chamado de bairrista mas mesmo assim pergunto. Faz algum sentido construir uma linha de alta velocidade que apenas sirva Lisboa e a região Sul? Alguma alminha Portuense ou Aveirense pensará ir a Évora para depois subir para Madrid? Ir a Madrid via Vigo não será só para turistas? O T invertido não seria a hipotese mais consensual? Deixo-vos com o provável mapa do “nosso” TGV. Para os curiosos, há sempre mais informação.
Só uma 'piquena' pergunta...
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Vamos falar do tempo...
Visto que o ambiente está de certa forma na moda, e seguindo as agendas políticas mundiais sobre esta temática, vou a partir de hoje colocar semanalmente os índices das análises da qualidade do ar, do vento e da humidade relativa, do consumo energético, etc, etc, etc...
As análises da qualidade do ar e dos índices de vento e da humidade relativa, foram efectuadas durante a semana de 15 a 21 de Junho e as análises do consumo de electricidade efectuaram-se durante o mês de Maio.
1 - Lisboa, Porto e Faro obtiveram um índice de qualidade do ar médio de bom.
2 – Porto – velocidade atingida 43 km/h, soprando fraco de Sul.
Lisboa – velocidade atingida 31 km/h, soprando fraco de Sudoeste.
Faro – velocidade atingida 37 km/h, soprando fraco de Sudoeste e Oeste.
3 – Produçao de electricidade durante o mês de Maio.
4 - Produção eléctrica durante o mês de Maio ( as percentagens são relativas ás comparações com o mesmo mês do ano passado ).
Otários VII
sábado, 23 de junho de 2007
S. João 2007
Na Jornada.
Se não vos encontrar, divirtam-se e celebrem-se.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Jornalismo Revisited
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Será perseguição?
Não querendo aqui questionar (por agora) a legitimidade de tal uso de um site publico, não posso deixar de me insurgir, pela publicação da lista de e-mails por onde circulou a convocatória para a manifestação.
Deveria o autor do artigo, e o responsavel pelo site, saber que um e-mail é um dado privado, e que não pode ser divulgado sem prévia autorização.
Depois não me venham falar em delação, censura ou intimidação.
P.S. Senti muita relutância em colocar aqui o link que a C.M.P. disponibiliza para consultar o e-mail em questão. Tenho consciência de estar a contribuir para a divulgação desses elementos pessoais, mas doutra forma ninguém acreditaria que tal publicação existe.
Quanto vale a tua assinatura
Excelente trabalho que mostra a arte ao serviço da sociedade.
Adiciona o site da Amnistia aos teus favoritos e vai percebendo o quão injusta é a sociedade global.
Há, ou não, coração que aguente?
Sim senhor...parabéns ao European Heart Journal. A informação é, sem qualquer margem para dúvidas, extremamente útil. E que tal, sei lá, é só uma ideia... passar informação que se entenda, que seja minimamente conclusiva, não?! Estamos a falar de saúde amigos...não é propriamente especulação política, económica ou outra...a malta assim fica sem saber como ter um coração à prova de ataques cardíacos e coisas que tais. Como é? Atacamos a fast food ou nem por isso? What da fuck is this?
Ainda há quem acredite...
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Otários VI
Para os mais distraídos, o novo slogan é qualquer coisa do género: “Porquê viver com 4 estações quando pode ter 1000?” (quando passar outra vez por uma dessas publicidades decoro o texto ou tiro uma foto. Promessa de (quem nunca foi) escuteiro)
O Jornalismo, por Marta Araújo...
A mesa, outrora farta de comida, apenas mostrava aos olhos de Marta as migalhas restantes de mais um lanche em família.
Com a alegria inocente de quem apenas tem oito anos, ela sai a correr da mesa, e guiada por suas pernas corre para seu quarto. Aí atira-se para a cadeira que estava junto à sua secretaria e vê um livro. Abre-o aleatoriamente e lê a seguinte a frase, que lhe traçou o caminho de vida,
Cara Marta, ainda bem que essa frase entrou por teus olhos e habitou o teu cérebro, pois nesse dia, qual borboleta a sair do casulo, qual quê, nasce uma excelente jornalista, que já trabalha na sua paixão/profissão á coisa de 10 anos. ( quantos de nós podemos dizer que o nosso trabalho é a nossa paixão, que nossos instintos existem para completar o lado profissional da nossa vida... quantos de nós podemos dizer... EU AMO AQUILO QUE FAÇO?!)
Pois, amigos Pinguins, o Jornalismo foi a paixão com que a Marta nos brindou.
Paixão essa demonstrada pelo relato da frase, que a fez apontar setas e baterias, seguindo o jornalismo.
Pela mão de histórias, umas engraçadas outras com ameaças um tanto ao quanto estranhas e violentas, a Marta foi narrando o porquê de amar a sua profissão, o porquê de não se imaginar a fazer outra coisa, o porquê de seus olhos transmitirem uma luz e brilho próprio quando é referida a palavra JORNALISMO.
É impossível escrever só sobre a paixão da Marta, sem criar uma simbiose entre ela e a sua profissão, pois este seu amor pelo jornalismo já existe à coisa de 10 anos, assim devemos tirar o chapéu à nossa cara Pinguim Marta, por já estar ligada a este mundo à tanto tempo, visto que ao invés de estar a brincar na rua com os amigos, esfolando os cotovelos ou joelhos, ela estava a “brincar” ás redacções, a começar a escrever artigos com a tenra idade de 14 anos ( o primeiro artigo que ela publicou foi com essa idade), e com os seus 15 anitos já lia as notícias para a rádio local.
Além de narrar as suas historias, também ofereceu-nos um curso rápido sobre os diferentes tipos de textos jornalísticos, desde os artigos, passando pelos fait-divers, entrevistas, reportagens, enfim tudo, mas tudo mesmo... Acabando nos editoriais.
Assim sendo só vos posso dizer... Marta estás em grande com a tua paixão, ela é a tua vida, e a tua vida é o jornalismo, continua....
Aviso à navegação: para ter mais informações é favor de ler a revista SÁBADO, e procurar o nome Marta Araújo.
Secretaria strikes again
Aquele abraço
Nota: por falta de informação, alguns membros não receberão este mail. Peço-vos que apareçam no blog, actualizem a vossa conta e forneçam o novo mail de contacto. Assim que o fizerem, enviarei o e-mail sem demora.
Eles não sabem muito bem...sensibilidade? Nã...é só uma hipótese
Os homens, portanto, são sensíveis na altura em que são cromossomas «y». Eu acho que já não é mau. Pelo menos conseguem sê-lo uma vez na vida llooll (brincadeira).
Agora fora de brincadeiras...quem, como eu, quiser ter meninos, pelo sim pelo não, se calhar, digo eu, é melhor deixar de fumar. É sempre um motivo válido.
domingo, 17 de junho de 2007
A consagração das fontes anónimas
Quatro segundos de eleição
Watergate para básicos.
Isto não é monopólio...
Para descontrair que o ambiente estava a ficar pesado!
Para quem acha que no Rock'n'Roll só dá trogloditas, aqui está o grande Chet Atkins. Um grande guitarrista de rock que tocou com os melhores. Não deixem de ver a sua biografia e toda a sua obra.
sábado, 16 de junho de 2007
Rio suicida
No caso Rivoli há situações que não podem ser analisadas cumulativamente e colocadas no mesmo saco. São farinhas diferentes.
Quando em tempos colaborei na organização de espectáculos numa colectividade local, o grosso do respectivo público eram pessoas que nos eram próximas (família, amigos, etc.), o que me deixava um pouco triste e revoltado, já que a comunidade em si não queria aderir, preferindo o baile da paróquia e o espectáculo revisteiro. Havia aqui, um grave problema de formação de públicos, cuja génese estava, e está, na inexistência de uma política cultural forte e de longo prazo.
No entanto, eu não posso condenar a comunidade por isso. É uma questão enraizada e que faz parte de uma só luta, que é legítima, mas que não pode ser nem autista nem elitista. Este é um dos problemas em relação à política cultural do Porto.
Em segundo plano, temos a questão política financeira. Esta mais complexa por ser tão material e técnica. Uma decisão sobre uma concessão não é mais que uma decisão imediata que pretende solucionar um problema que o executivo entende que tem de ser resolvido.
Ora, se eu não estou de acordo com uma decisão camarária, posso manifestar essa insatisfação em Assembleia Municipal, é um dos mecanismos legítimos. Em última análise poderei juntar um grupo generoso de interessados e manifestar o meu descontentamento por escrito, formalizando assim a opinião mais do que válida dos munícipes. Se a questão envolver irregularidades então deve-se recorrer aos tribunais.
Não devemos, contudo, esquecer que as eleições autárquicas são uma forma de manifestação da vontade geral. Neste caso, se o actual executivo voltar a ganhar com as suas políticas culturais, financeiras, etc. temos de as aceitar democraticamente. E mesmo nas acções de campanha podemos colaborar com aqueles que achamos que defendem mais e melhor os nossos interesses. Se mesmo assim não estivermos satisfeitos e passarmos a vida insatisfeitos, podemos sempre fazer-nos valer do factor migratório.
Em terceiro lugar, temos a qualidade dos espectáculos de Felipe La Feria. Bem, em certa medida já falei desse assunto aqui. De qualquer forma, acrescento que se o povo aderir em massa voltamos aqui à questão da formação de públicos (escusam de dizer que agora estou eu a misturar, porque esse raciocínio seria infeliz). Podemos apenas dizer que no momento é aquilo que as pessoas procuram, ou que lhes chega chapadinho na cara. Não há nada a fazer senão contribuir para a mudança de mentalidades. La Feria está apenas a fazer aquilo que sabe, as críticas no plano artístico não podem caber nesta luta. É um assunto que cabe apenas no plano artístico, na sua estética e respectiva crítica.
A luta pelo Rivoli tornou-se num rio suicida. São tantas as coisas contra as quais se protesta simultaneamente que acaba por não se estar a protestar contra nada. Como um rio que desagua no deserto. A sua corrente não tem finalidade e morre automaticamente.
Não é a luta que é ilegítima, mas sim as formas que ela toma.
Nota: Este post era para ser um comentário ao Rivolução, por resposta a outros comentários, mas como se foi alongando decidi fazê-lo. Peço por isso desculpa ao Rui Spranger por ter ocupado «o mesmo espaço». Não queria de forma alguma tapar o teu, for the record!
sexta-feira, 15 de junho de 2007
A Rivolução
Se por um lado foram vários os agentes culturais a promoverem a manifestação, esta só assumiu a sua dimensão com a adesão da população.
Rui Rio não se mostrou incomodado: "já foram tantas, esta é mais uma".
Esta frase fez-me lembrar o chavão popular: "antigamente não podiamos falar, depois do 25 de Abril começámos a falar baixinho, agora gritamos mas ninguém nos ouve." Portanto, para quê continuar a gritar?
Mas talvez os passos dados por Rui Rio na passadeira vermelha sejam os primeiros no caminho para o abismo do processo Rivoli.
Filipe La Féria já disse que não fica numa cidade em que não haja público.
Mil manifestantes não é nada, mas talvez correspondam a menos mil espectadores.
Com todo o respeito que tenho pelo grande profissional que é La Féria, eu não vou ver o "Jesus Cristo Superestrela".
Este é um acto político mas, acima de tudo, de cidadania!
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Next...
Não é um livro, nem um CD, nem um filme, nem um desporto, nem um passatempo...é, literalmente, a paixão da minha vida. Uma paixão que já virou amor. É que afinal de contas...já tive tempo suficiente para perceber que não é, de todo, perfeito. Já passou a fase em que achava que não tinha defeitos. Já passamos também a situação de 'dar um tempo'. Tipo: 'deixa lá ver se vou sentir saudades tuas'. E sentimos. Por isso resolvemos voltar a 'andar'. E digo, sem qualquer margem para dúvidas, que não me imagino de outra forma. Podem-me dizer: 'olha que a vida dá muitas voltas...não sabes o dia de amanhã'. Não digo o contrário. Mas depois logo se vê. Nesta altura está mais para o casamento 'forever' do que para outra coisa. E sei, acima de tudo, que a manutenção da relação está, em grande parte, nas minhas mãos.
Quem? Como? Quando? Onde e Porquê?
Se assim o entenderem apareçam e venham conhece-lo (isto parece um apelo à ala femina. Ok...é um bocadinho. Mas só um bocadinho. Os meninos também estão convidados lol). Acho que vão gostar.
Já agora...sabem o que é um 'nariz de cera'?
Beijinhos e até lá.
Transportar Com Cuidado
O CORAÇÃO é elástico quando somos adolescentes e estúpidos. Esvazio a casa em plena mudança. E encontro, perdidas em gavetas, fotografias e cartas e vestígios de areia que ficaram de verões passados. Amores de um mês, conhecimentos de praia que foram como vieram, mesmo quando nesse tempo tudo parecia eterno e as promessas tinham o peso das declarações definitivas. Eu nunca vou te esquecer, diziam os dois. Despediam-se, choravam, havia uma orquestra imaginária que descia dos céus. As ondas imolavam-se contra as rochas, como num filme de Hitchcock. Nas semanas seguintes, as cartas trocavam-se com uma urgência só concedida aos amantes nas óperas clássicas. Combinavam-se prazos. Memorizavam-se estações ferroviárias, como nos filmes franceses tão cheios de tristeza e neblina. "Eu estarei lá." Mas a vida intrometia-se entretanto, o Outono chegava para arrefecer os corpos e havia cartas mais esparsas -uma por semana, uma por mês- até só restar silêncio e memória e mais nada. Ficaram fotografias. Que será feito dessa garota de Birmingham, que conheci no sul de Portugal, e com que me via de fraque e cartola a subir ao altar? Tinha o mais belo nome que uma criatura pode ter (Dawn, "madrugada") e as cartas, dela, alternando na cor (rosa, azul, verde) e polvilhadas por estrelas brilhantes que se colavam ao papel como maquiagem nas faces de uma corista, prometiam tudo e exigiam tudo. O mesmo para uma belga, que conheci em circunstâncias semelhantes e que em circunstâncias semelhantes fui esquecendo, ou por quem fui esquecido. Imagino-as casadas, hoje, e na limpeza sazonal da casa, talvez na fase do divórcio, uma delas encontrará a fotografia perdida de um adolescente português. Alguém perguntará quem é o personagem do retrato. Elas dirão que não sabem, ou não se lembram. E sorrirão por dentro, como normalmente sorrimos com um segredo, ou uma piada privada. O coração é elástico quando somos adolescentes e estúpidos. Morremos várias vezes, ressuscitamos várias vezes. Usamos e abusamos desse músculo que bate apressadamente no peito como um tambor festivo porque acreditamos que a festa é móvel, como na Paris de Hemingway, um carrossel que não pára nunca, e que cada tristeza será redimida por uma nova alegria triste. Mas envelhecemos. O coração bate mais devagar. As ondas não rebentam contra as rochas ao som da orquestra: são agora espuma lenta e cansada, como nós, e apenas se exaltam com a regularidade cósmica de um ciclo lunar. Arrumo tudo numa caixa e pergunto se vale a pena. Sim, se vale a pena levar o passado comigo e arrumá-lo num sótão, que será um dia revolvido por filhos ou netos. Não vale a pena. Mas então o homem das mudanças entra em casa e avisa que o carro está à espera. E pergunta se a última caixa é para levar. O coração só é elástico quando somos adolescentes e estúpidos. Sorrindo por dentro, como sorrimos com um segredo, ou uma piada privada, digo que sim, que é para levar. Mas aviso: transporte com cuidado, por favor. Nada é mais frágil do que o passado.
JOÃO PEREIRA COUTINHO (JOVEM ESCRITOR PORTUGUÊS)
O Adeus
De todos os que conheci (portugueses) foi o que mais gostei. Vai deixar certamente saudades, principalmente àqueles que sempre o apoiaram, fora de interesses presidenciais e lutas obscuras.
É mais do que um grande guarda-redes! É um grande Homem!
Falam, falam...
Minhas senhoras e meus senhores,
A política já está por demais descredibilizada. Esta coisa de estar sempre do contra não ajuda. É evidente, até para um Mongol, que por trás de todas as alternativas vai haver interesses. A mim chateia-me que o aeroporto vá para Alcochete, gosto demasiado daquela zona.
Ninguém fazia sequer ideia onde ficava a Ota até se começar esta discussão. Parece-me, acima de tudo, que isto não é senão mais uma daquelas manias da opinião pública e publicada em ter de dizer mais alguma coisa.
Não percebo nada de aeroportos, nem de terrenos!
Não vou fazer mais comentários acerca disto!
O Governo tem dois projectos na mão. Vou confiar na sua escolha. Ganhou com maioria absoluta por algum motivo! Ou vamos agora duvidar do nosso sistema democrático? E se vamos que outra alternativa vêem?
Vou estudar, porra!
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Os Camelos tambem choram...
A expectativa era grande, não só por ser mais uma sessão do Fil, mas fundamentalmente, porque ninguém fazia a mínima sobre o tema que desceria à cave. Começou por relatar a sua crescente aproximação aos documentários-filme e consequente distanciamento da ficção. Fez-nos viajar pelos incontornáveis “Onibus 147” ou “A Marcha dos Pinguins”. Tudo para nos preparar para a paixão que tinha descoberto e iria partilhar.
“A História do Camelo que chora”, é um relato avassalador sobre o deserto de Gobi, centrado nas gentes que o habitam e no animal que virou sua mascote. Representados por Ugna, o míudo reguila e o orgulho da comunidade e Botok, o camelo albino que quis o azar, teve um parto difícil, fomos acompanhando o dia-a-dia no deserto. Botok e Ugna cativaram-nos desde o primeiro momento. Mostraram-nos que as fábulas reais também existem e que as “coisas normais” da vida também comovem (provavelmente bem mais que a ficção). Foi indisfarçável a nossa comoção a cada esgar de olhar de Ugna ou a cada choro suplicante de Botok.
Os Mongóis do deserto de Gobi habitam em pequenas povoações isoladas e que formam entre si uma teia de suporte. Acompanhámos neste documentário, um povo que vive da pastorícia (dromedários e gado caprino) e que tem no momento de nascimento dos camelos, um ponto fulcral da sua vivência e porque não, subsistência. Uma época marcada por rituais e preparativos, de forma a garantir que todos os novos “rebentos” nasçam e cresçam de plena saúde. E é aqui que Botok entra. Filho de um parto difícil foi rejeitado desde logo pela mãe (como vimos, acto normal nestes animais). Este foi o ponto de partida para um esforço incansável da população em unir mãe e filho, num acompanhamento total dos animais e com rituais típicos pelo meio. Quando todo o esforço da comunidade falhou, Ugna, acompanhado e protegido pelo seu irmão Dude, seguiram viagem até ao centro de todas as povoações em busca de ajuda. Nesta viagem vemos Ugna a descobrir os prazeres mundanos das comunidades maiores, sejam elas a nossa banal televisão (que custa aproximadamente duas/três cabras), as aulas de dança e música ou mesmo, as “grandes superfícies” que vendem pilhas.
Tudo está bem quando acaba bem. O Ritual Hoos, que mais não é que o tocar de violino (de duas cordas feitas de crina de cavalo) do professor que Ugna e Dude foram chamar e as preces cantadas de uma mulher local, conseguiu finalmente apaziguar mãe e filho e apagar todas as más memórias de um mau inicio. Antes de mostrar o seu afecto e acolher Botok, a mãe camelo solta uma lágrima. Acredite quem não viu que a imagem é tão bela quanto poderosa e marcante…
É certo que “A História do Camelo que chora” ganhou inúmeros prémios, é também certo que foi comprado pela National Geographic e é o primeiro da colecção National Geographic World Films, mas eu gostava mais de destacar que por juntar realidade, drama e magia em proporções iguais foi inúmeras vezes o preferido pelo júri do público.
Muito obrigado Fil.
Irregularidades, ou não
Fora de brincadeira, muitos PARABÉNS...
terça-feira, 12 de junho de 2007
Otários V
Esta é (até agora, porque o ME é pródigo em peripécias) a cereja no topo do bolo.
farpa roubada d'Arrastão.
Para um dia de Santo António
Noutros sítios, como a capital do Império festeja-se o Santo António (que, claro tinha de calhar a jeito para ser ponte... tripla - colada ao dia 10 que se cola ao dia 7, que foi feriado religioso).
Portanto, enquanto nós trabalhamos, outros podem divertir-se, sei lá, a jogar damas.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
sábado, 9 de junho de 2007
Quioto (ou a reunião "inexistente" do G8)
sexta-feira, 8 de junho de 2007
O Mundo regressa à cave
Terça no sítio do costume
Apesar da imagem, não tem nada a ver com a Margem Sul do Lino ou da JSD.
(Contrariamente ao que esperava, consegui arranjar o material para uma das sessões que tinha em carteira e, por isso, troquei com a Marta. Já podem faltar.)
Os bufos
De há uns tempos para cá que venho alertando aqui mesmo para a proliferação dos «pides» de gabinete e de corredor que por aí andam, esses sim, verdadeiramente perigosos e activos, especialistas em ar rarefeito. À beira deles, o PNR mete tanto medo como um gambozino.
Mas não é pela coincidência que "linko" o texto. É só porque ele é mesmo bom.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Motores fora da estrada
Gentlemans start your engines...
E foi assim que o caro amigo pinguim Garnel, apresentou a sua paixão, o Off-Road.
Antes de mais, vamos lá entender a razão que o leva ao Off-Road.
Toda a paixão que nos foi transmitida deve-se a Eduardo Veiga, ( um dos pilotos de topo do Off-Road) sendo este uma forte referência biografica de vida do Granel.
Assim vamos lá agradecer a este senhor.
( É importante referir que irá representar Portugal num conhecido jogo de consola, no próximo ano)
Voltando a dita paixão, o Off-Road, vamos lá explicar o porquê de ela existir.
Como estes senhores, gostam de adrenalina, competição saudável e estarem sozinhos dentro da máquina, sem ter um co-piloto. Resolvem dar com os pés às pistas e formas de competição clássicas e criam o Off-Road.
E meus senhores digo-vos que aquilo é fantástico, eles derrapam com os carro, evitam paredes, raspam uns nos outros, largam terra e pó para o ar, é extremamente competitivo... Aquilo é o sonho de qualquer pessoa que adora ver uma boa corrida, com emoções fortes onde a largada não é decisiva ( sem bem que a meu ver é a segunda parte mais cativante da corrida, a primeira é ver a beleza dos carros a deslizarem nas curvas e depois a arrancarem).
Mas o Off-Road é mais que um grupinho de mecânicos a mexerem e alterarem os carros, aquilo é o purismo do desporto automóvel, pois estes SENHORES estão lá por amor ao carros, vibram com a sua mecânica, com as adaptações, com o público que os vai ver antes das corridas iniciarem.
Vibram também com as falhas mecânicas no inicio das mangas e com as vitórias suadas ( e muito suadas) dos pilotos... Enfim aquilo é uma festa.
Alem dos motores, do barulho, do pó, dos suores e irritações... O Off-Road é uma festa familiar, onde pais mães e filhos, passam um dia de forma alegre a ver e sentir a adrenalina na pista.
Como pessoa que não entende nada de carros, mas que de gosta de uma boa competição saudável, onde o primeiro lugar é o unico que importa, digo-vos... o Off-Road tem rodinhas para andar, e já para o próximo ano terá uma pequena projecção mediática num canal generalista, a RTP.
Estejam atentos...
Abraços.
terça-feira, 5 de junho de 2007
Onde começa a genialidade?
Vejamos, "3 blind mice", é uma musica de origem britânica (autor desconhecido) que faz parte do repertório do imaginário infantil. Em 1968 Claude François adaptou para uma divertida canção em lingua francesa. E agora ... ...vejam o video!
Um filme a perder, numa sala perto de si...ou então não
Na altura em que o «livro» foi lançado fui, de alguma forma, sua defensora na medida em que apresentei uma visão minimamente compreensiva. Tratava-se de um assunto que, na altura, foi mediático e considerado um mini-escândalo. É um tipo de «literatura» diferente, com o seu público-alvo bem definido e surge como consequência do efeito da globalização e da massificação. Nos outros países é algo normal. Certo é que agora surge o filme... não é, propriamente, de estranhar. Trata-se de outra consequência. Também neste caso compreendo mas, tal como no caso do «livro», não deixa de me causar alguma 'espécie'. O que é que os meus caros(as) amigos(as) pensam do assunto?
Em jeito de nota de rodapé deixo só mais algumas informações sobre a «obra», que podem ser consultadas nesse grande e respeitável órgão de comunicação social que é o Correio da Manhã:
"Corrupção’ será realizado por João Botelho e escrito em parceria com a jornalista Leonor Pinhão, sua mulher, competindo à Utopia Filmes, – a mesma de ‘O Crime do Padre Amaro’ –, a produção da longa-metragem e a distribuição à Lusomundo. O título, provisório, representa uma homenagem a Fritz Lang, que na década de 40 dirigiu ‘Big Heat’ – em português ‘Corrupção’ – e o projecto custará mais de um milhão de euros. Se tudo correr como esperado uma série televisiva dará continuidade ao sucesso expectável da exibição nos cinemas.“Será um filme negro, ao estilo dos policiais americanos dos anos 40”, antecipou ao CM João Botelho, explicando ainda que a fita “não vai ter participação activa da Carolina”. “É uma adaptação completamente aberta”, sublinhou o cineasta, amigo de Carolina e conhecido adepto do Benfica, tal como a sua mulher". São todos muito amigos e fica tudo em família lol
segunda-feira, 4 de junho de 2007
A música é o objectivo, não é o metodo
Para fazer uma música não é necessário saber tocar qualquer instrumento, e isto é uma prova disso.
Alguém consegue faze-lo atravez de edição de video, e isso faz-me acreditar que todos temos potencial para feitos grandes :D
se quiserem ta aqui outro link para outro filme do mesmo personagem
http://www.youtube.com/watch?v=o9698TqtY4A
PS. a minha inteligência voltou pa casa, e consegui refazer o post decentemente!!!
domingo, 3 de junho de 2007
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Africa Twin
O Filipe mostrou-nos um ambiente de semi e quase casino (a luz da pinguina cave ajuda!), apresentou-nos uma série infindável de regras e pôs-nos a jogar BLACK TWIN: o jogo de cartas por ele inventado e ao longo de quatro anos desenvolvido e aperfeiçoado. E que já se encontra patenteado!!!
Uma coisa vos digo, e que é um facto, as cartas, as bolas, ora o prémio, ora o banco, ora um jocker ou uma carta branca, ele eram match's ou compra de cartas, as apostas, por vezes forçadas, para mantermos as bolas, mantiveram-me "agarrada" ao dito jogo até às 4 da matina!!! E não foi só comigo que se passou este fenómeno! Em equipas, individuais ou duplas, umas juntavam fichas, as outras perdiam-nas. O fosso social entre umas e outras aumentou e levou à bancarrota, à bancarrota do próprio banco!!!!
Atrevo-me a dizer, em nome de todos: gostámos!
Força Filipe!