terça-feira, 1 de maio de 2007

1 de Maio

Manifestação de 1 de Maio de 1886 em Chicago
Sou geralmente contra as greves e defendo a "extinção" dos sindicatos. Muito porque transportam em si o “bota-abaixismo” de que o nosso primeiro (ex-Engenheiro) tanto fala. Mas o 1º de Maio é mais, é muito mais. Mais do que comunistas vestidos de sindicalistas, mais do que greves em vésperas de feriado (que jeito que dá a ponte), mais do que palavras de ordem, mais do que autismo politico e completa ausência de noção da conjuntura em que nos encontramos. O 1º de Maio é a luta do trabalhador, mas do trabalhador apolítico que luta pela sua dignidade e por melhores condições de trabalho. É a luta de 500 000 que apesar de fazerem uma manifestação pacífica viram morrer dezenas entre os seus pares. O 1 de Maio será sempre o dia do trabalhador… não o da corja que se diz sua defensora.

21 comentários:

GRaNel disse...

Não me sentiria bem se aqui não fizesse uma ressalba a todos quantos, mesmo trabalhando em sindicatos, realmente trabalham em prol de mais justiça e melhores condições de trabalho. Infelizmente são raros, mas existem. Sorte a nossa que temos alguns bem perto de nós...

Anónimo disse...

afinal o 25 de Abril serviu para alguma coisa... não me parece que houvesse festejos no dia 1 de maio até 1974!

GRaNel disse...

Leia-se ressalva... sorry.

Marta Araújo disse...

De facto a ala esquerda "agarra" esta dia como se não houvesse amanhã para fazer ensaios de greves gerais, gastar dinheiro em bandeiras, desdobráveis e coisas que tais e, acima de tudo, a queimar neurónios a pensar em palavras de ordem que pretendem que sejam proferidas pelo maior número de pessoas possíveis.

Que o 1º de Maio está colado, pelo menos na minha opinião, a sindicatos, greves e a palavras de ordem contra o Governo e a entidade patronal está. Mas está mal. É precisamente por se teimar em criar mitos na relação funcionário/entidade patronal e vice-versa que se criam mais problemas nas empresas, isto para além daqueles que já existem naturalmente no no seu funcionamento.

Agora vou ser idealista e pôr um cenário cor-de-rosa, mas acho que este dia é de todos aqueles que trabalham, sejam eles os donos das empresas e instituições ou os seus funcionários. Dia do Trabalhador...já repararam que os "patrões" também trabalham e que não existem propriamente para dar cabo da vida aos seus funcionários?

Marta Araújo disse...

Desculpem as gralhas no texto :S

Unknown disse...

Foda-se lá para o 1º de Maio, foram duas horas de zé's pereira's aqui à porta.

É! por acaso, se o 25 de Abril serviu foi para criar feriados e festarola. Aliás, é isso que a malta quer. Agora, virem-me lá com esta conversa dos direitos do trabalhador.

Boa efeméride Grana! Acho que não precisavas de te justificar. penso que todos perceberam o que quiseste dizer em relação aos sindicalistas. Eu próprio, que sou uma pessoa brilhante, tenho uma visão muito redutora dos Sindicatos, porque eles não fizeram por menos.

António Manuel Rodrigues disse...

Continuo a ter vontade de levantar questões...
Porque raio o associativismo provoca tanto medo? (Esta é bem mais complexa do que parce....)

Mosquitto disse...

Que raios…
Querem ver que é aos sindicatos que se deve o actual estado na nação?
Querem ver que são os dirigentes sindicais que ocupam o horário nobre das televisões?
Serão os dirigentes sindicais os fazedores de opinião pública?
Haja pachorra para tanta tolice!!!

Porventura imaginam o trabalho que os vários gabinetes jurídicos dos respectivos sindicatos têm para combater a ignorância e a má vontade de muitos “gestores” ditos públicos? Se quiserem exemplos posso fornecê-los numa próxima sessão…

Se uma fábrica fecha e deixa “n” trabalhadores no desemprego e com salários em atraso, a culpa é dos sindicatos…

E que dizer dos encerramentos fraudulentos de empresas que passados alguns dias reabrem com outro nome, no mesmo ramo de actividade e com os mesmos trabalhadores? Será culpa dos sindicatos?

E os trabalhadores a quem é proposto integrar os quadros da “nova empresa” mas perdendo todos os seus direitos, nomeadamente a indemnização por anos de serviço, o subsídio de férias e o subsídio de Natal? Será justo?

E os salários em atraso, serão justos?

E os descontos feitos aos trabalhadores e posteriormente não entregues à Segurança Social, deixando estes trabalhadores sem qualquer tipo de protecção social, será justo?

E já agora, que vos parece um empregador despedir uma mulher só porque está grávida? Devem achar linda esta atitude! Depois não se esqueçam de irem junto dos vossos grupos de amigos apregoar a igualdade homem/mulher…

E numa entrevista de emprego, um “patrão” perguntar a uma qualquer candidata a um qualquer lugar, se está grávida ou se tenciona engravidar nos próximos meses? É a tal igualdade…

Pois é… os Sindicatos também se ocupam destas questões… Só é lamentável que os telejornais não abram com estas noticias! Talvez se ficasse a saber um pouco mais sobre o verdadeiro movimento sindical!

Estas são as questões mais gerais, depois, se quiserem, podemos discutir as questões sectoriais…

Oh Jorge, acorda. Portugal já não é do Minho a Timor e a Alemanha já está reunificada!!! O que tu precisavas era que um Zé-Pereira te desse com o bombo na cabeça para despertares para a realidade, LOL

GRaNel disse...

Dass... eu não ando mesmo a escrever em Português. O que eu quis dizer é que não acredito nem em Joões Proença e muito menos em Carvalhos da Silva, esse fantoche...

Unknown disse...

Foda-se lá p'rós Zé's Pereira's.
Eu simplesmente disse que achava redutor o papel dos sindicatos, não disse que queria que eles desaparecessem. Fui na linha de pensamento do Granel em relação aos fantoches e aos disparates!

Rui Vieira disse...

Estive relutante em comentar este post, por me parecer de todo despropositado. Confundir as partes pelo Todo é, no minimo, intelectualmente desleal.
As organizações sindicais prestam um grande serviço à comunidade, e mesmo sabendo que existem sindicalistas oportunistas, nunca iria pedir a "extinção" dos sindicatos. Seria o mesmo que pedir a abolição da democracia por existir politicos corruptos.
Cabe antes à sociedade sancionar e inibir os usurpadores.
Como o António decidiu, num estilo que já se torna inconfundivel, tratar a situação de forma séria, pareceu-me bem demonstrar-lhe o meu apoio e pedir aos outros que o abordem também de forma séria.
P.S. - Já vi o Major Valentim defender o uso do português vernáculo, mas sabem... não havia necessidade, tss tss

GRaNel disse...

Parece que ultimamente não faço outra coisa mas cá vai: por alguma razão a palavra extinção se encontra entre aspas. O que eu defendo é a extinção do modelo de sindicato Português, permeavel a pressões e porta bandeira da esquerda que a eles se cola. Quanto às intersindicais nem sequer vou comentar...

Unknown disse...

Bem, aqui há duas situações evidentes para mim: ou vocês querem pôr palavras na nossa boca ou então não sabem ler!

Acabam por parecer aqueles abades a defenderem a sua paróquia das bruxas no séc. XVI. Há alguma coisa no discurso que vos diga que eu quero acabar com sindicatos? Vocês vêem alguma coisa positiva em sindicatos indicados pelo Partido Comunista? Vocês vêem alguma coisa de positivo nas reivindicações estapafurdias à volta de uma série de situações sem sentido.
Além disso esse discurso parece-me muito falso. «Ah não vamos prender o aleijado que roubou a fruta porque é aleijado». Era o que me faltava!
Contesto e sempre contestarei aqueles que defendem interesses partidários acima dos interesses da comunidade. Abaixo as novas ditaduras dentro da democracia e a rectórica que a defende cegamente. O mundo não é feito de trabalhadores, é feito de homens e mulheres, desculpem lá!

Mosquitto disse...

(...)É! por acaso, se o 25 de Abril serviu foi para criar feriados e festarola. Aliás, é isso que a malta quer(...)

Não sei porque num Estado que se diz laico, há tantos feriados religiosos…!

Que eu saiba, com o 25 de Abril não foi só um feriado que se conseguiu. Acho que há mais coisas, e a mais importante talvez, julgo ser o facto de podermos discutir livremente as nossas ideias sem temermos ser denunciados a uma polícia politica por aqueles que julgamos amigos!

Acerca dos feriados: posso-te dizer que, como trabalhador, sabe-me 5 estrelas um feriado (então se o feriado for à quarta-feira…)

Acerca dos sindicatos serem redutores…
Achas que é redutor aconselhar e fazer cumprir a Lei em matérias tão diversas como:
-Regime jurídico de férias faltas e licenças;
-Regime de duração e horários de trabalho;
-Regime de concursos;
-Acidentes em serviço;
-Maternidade, paternidade e assistência à família;
-Estatuto do trabalhador estudante;
-Novo regime de avaliação de desempenho;
-Código do processo administrativo;
-Acolhimento e atendimento dos cidadãos. Medidas de modernização administrativa;
-Formação profissional;
-Reclassificação e reconversão;
-Estatuto disciplinar;
-Contrato individual de trabalho;



Poderás achar redutor, mas os trabalhadores que se socorrem de um Sindicato para resolver estas e outras questões, certamente que não terão a mesma opinião!

Quando falas em fantoche, deverias interrogar-te sobre a responsabilidade que é a concertação social e o facto de não assinares algo que consideras lesivo dos interesses dos trabalhadores! Ainda não estudaste o custo do conflito laboral na economia? Eu já! Há fantochada sim senhor, mas é quando nas salas de reuniões se dizem um tipo de coisas, à frente da televisão se diz outra, e no fim das negociações se assina um acordo envenenado e que se sabe não interessar a ninguém! Nunca vi nem ouvi o Carvalho da Silva dizer fantochadas. Dos outros já não tenho tanto a certeza. Acho que são levianas as tuas palavras até porque me parece que não conheces nada do movimento sindical…

(...)Vocês vêem alguma coisa positiva em sindicatos indicados pelo Partido Comunista?(...)
Sabes como os Sindicatos estão organizados e de que forma? Diz-nos quais sindicatos e de que forma o PCP indica. Se o não fizeres, corres o risco de pareceres ridículo aos olhos de quem gosta de te ler e ouvir…

Unknown disse...

Em primeiro lugar, o comentário relativo ao 25 de Abril foi uma resposta ao anónimo. Só para esclarecer isso.
Em segundo lugar se leres bem as minhas palavras verás que não subestimo o papel dos sindicatos, apenas não me revejo no modelo sindical actual. Não sou um conhecedor profundo do movimento sindical, mas sei que um sindicato tem que ver com uma união de trabalhadores e não com directivas de partidos políticos na defesa de interesses única e exclusivamente políticos que é para mim o que Carvalho da Silva significa. Ou estarei eu errado no que diz respeito à tutela do PC?

GRaNel disse...

Diriges-te a uma só pessoa quando a boca é dividida a meias entre mim e o Jorge. Assumo inteiramente o que disse e ao estilo do Tó lanço-te duas perguntas:

- Quando reivindicam aumentos salariais os números pedidos quer pela UGT, quer pela CGTP são ridiculos e utópicos. Mas Carvalho da Silva pede sempre mais um ponto percentual (na melhor das hipoteses). Será que João Proença defende menos os trabalhadores ou é mais responsavel?

- Ter no site da CGTP um apelo à assinatura da petição contra o Museu de Salazar ajuda os trabalhadores ou é puro maquinaismo por parte do PCP?

Digo e repito, fantoche.

Mosquitto disse...

Granel, foste ver o site do PS? Então vai lá e procura SFF em “Comissão Politica Nacional” e procura inteirar-te do nome do “Presidente da Tendência Sindical Socialista”. Isto sim acho desonesto. Talvez assim se perceba porque não vai aderir a UGT à próxima Greve Geral do dia 30 de Maio…

Relativamente aos aumentos salariais, penso que conceitos como, “inflação”, aumentos salariais”, “perda real do poder de compra”, “retracção do investimento e do consumo” “empobrecimento” e “fraco crescimento económico”, te dizem alguma coisa, ou não?
É que o crescimento económico também se faz à custa do consumo privado…

Deduzo das tuas palavras que és a favor do Museu de Salazar, ou serás contra? E isto independentemente do site onde possa estar a petição…

Jorge, lamento mas ainda não consigo ver a ligação. Ou será que “defesa dos trabalhadores” é o mesmo que “Partido Comunista Português”?

Acho que é importante não nos desviar do assunto principal e gostaria de lembrar a todos, que os Sindicatos não são os seus órgãos sociais, mas sim todos os sócios, ou seja todos os trabalhadores! Com isto quero dizer que quanto mais evoluídos e capazes forem os trabalhadores, mais evoluídos e capazes serão os respectivos sindicatos…

GRaNel disse...

O que quis dizer António, é que não acho bem que os Sindicatos se imiscuam em assuntos que não são seus e que o façam qual lacaios de um qualquer partido.

Para os trabalhadores é irrelevante se se faz ou não se faz o Museu de Salazar. Do ponto de vista de Keynes até seria bom (mais uma obra publica a empurrar a economia). Uma ou outra solução não irá melhorar as suas condições ou ter efeitos na folha de salário. Logo, só vejo uma razão para tal petição constar no site da CGTP - propaganda politica encomendada. E desculpa, mas para este peditório eu já dei.

Quanto ao Museu propriamente dito, não me choca que surja. É inegável que foi uma personagem marcante da nossa hitória recente. E nada obriga a que seja um altar ao Professor...

Unknown disse...

Parece que não queres perceber. Mas eu volto a explicar com muita tranquilidade que defesa dos trabalhadores não é o mesmo que PCP, embora os senhores até se lambam para que se pense isso. Dou um exemplo: na campanha feita relativamente ao referendo para a IVG, o secretário-geral do PCP referiu-se aos cidadãos portugueses como trabalhadores e trabalhadoras. Aqui vê-se logo a perversão das palavras destes senhores. Volto a repetir com tranquilidade e mais devagar acredito em união de trabalhadores, não acredito em sindicatos com orientação política.

António Manuel Rodrigues disse...

Ó horror!
Ó vil e pérfida vontade de saber!
Ó cruel destino de quem tem opções politicas!
Ó mundo degenerado onde persiste essa raça de "comunas"!
Ó ignóbeis que permitem vontade própria a quem vive para servir!

PS - leia-se com forte sentido irónico, em pose teatral...

GRaNel disse...

Não será com ironia que levas a tua avante. Falamos de factos e de sentido de responsabilidade. Governar um País desgivernado não é fácil. Muito menos quando se critica avulso e sem rumo.

Bem hajam todos por tornarem o CENTRO-direita a única alternativa credivel...