quinta-feira, 31 de maio de 2007

Portugal tem baixa conflitualidade laboral

Esta noticia já tem alguns dias, mas mesmo assim merece alguma reflexão. Talvez ajude a perceber porque estamos cada vez mais no ultimo lugar...

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3 comentários:

Unknown disse...

Bem, eu percebo o que queres dizer com isto. E até defendo que deve haver maior reivindicação por parte das uniões de trabalhadores. De qualquer não penso que haja baixa conflitualidade, a que há é que é fraca. Aqui toda a gente se manifesta por tudo e por nada e quando o caso é sério, como uma greve geral, por exemplo, é claro que os efeitos não se sentem e a greve fracassa. Não será tão linear quanto isto claro, mas só para que se perceba rápido que não tenho muito tempo.

Já agora, a conferência de imprensa do Carvalho da Silva foi uma vergonha. Nem um minuto tinha passado e os jornalistas já estavam a atacar com perguntas e o homem não conseguiu ler o comunicado até ao fim. Vi na RTP e cortaram depois a palavra e seguiram para os estúdios. Não me parece correcto.

Rui Vieira disse...

Do artigo destaco a referência ao emprego precário.
É seguramente muito dificil para quem tem um ténue vinculo laboral fazer reinvindicações. Mas ainda mais grave são as implicações sociais desta precaridade laboral. As empresas e o Estado procuram diminuir as suas obrigações por forma a racionalizar custos e tornarem-se mais competitivos. Pelo lado oposto, os trabalhadores enquanto consumidores, retraem-se, não consomem e lentamente vão asfixiando os fluxos económicos.
Talvez um dia se perceba que uma sociedade não vive de um pequeno grupo congregador da riqueza nacional, mas sim de um grande grupo que partilha entre si a riqueza nacional com critérios de justiça.
Isto daria seguramente para um post e deveria ser melhor elaborado, mas não podia deixar de fazer esta refexão.

Anónimo disse...

A dinâmica do conflito é geradora de progresso. Qualquer ideologia - desde a liberal à marxista - e qualquer análise sem preconceito chega a essa conclusão. Estamos, e estaremos por mais uns anos, a pagar por aqueles 48 anos que acabaram. E não tenho dúvida que a origem dos baixos índices de produtividade seja precisamente a mesma da baixa conflitualidade... ninguém está para se chatear!