sexta-feira, 25 de maio de 2007

A lembrar farpas passadas

Os sinais de que Orwell e Huxley podiam estar certos, na crónica de Manuel António Pina.
Como os jornalistas falharam no caso Madeleine e como, por isso, eles são tão necessários, pela Fernanda Câncio.

7 comentários:

Marta Araújo disse...

Sobre o primeiro artigo dizer apenas: é o "Admirável Mundo Novo" do "Big Brother".

Quanto ao segundo, está um excelente artigo de opiião. Acho que foca os pontos-chave do assunto. Lembrar somente que os jornalistas fazem o que os editores mandam, sendo que estes, por sua vez, recebem ordens de uma direcção que, por seu turno, tem que alcançar objectivos (leia-se vendas e audiência) vindas do «departamento financeiro». Neste, como em outros casos, houve, sem qualquer margem para dúvidas, exageros. Muitos exageros. Mas não posso deixar de concordar com a linha de pensamento do Ricardo Costa: os exageros verificaram-se mas ter de coordenar uma equipa e o conteúdo da informação que se veícula quando tudo está a acontecer a uma velocidade estonteante, e a nível global, não é, de todo, tarefa fácil. É certo que não serve de desculpa e acima de tudo deve aprender-se com os erros. Pode ser que para a próxima história caliente as coberturas sejam mais serenas. A ver vamos. Impõe-se o bom senso.

Unknown disse...

Pois eu quero que os negociadores da prioridade da informação vão todos ter um menino.
O que é preciso é uma carrada de Winstons. E para isso é preciso cantar até que a voz nos doa. Não é certamente a achar que pronto, é mesmo assim e por isso não podemos fazer nada. Não, porra!

«Há sempre alguém que resiste! Há sempre alguém que diz Não!»

Anónimo disse...

Ó jorge c. isso é tudo muito bonito, mas o dinheiro não pára!
E mesmo neste mundo a maioria caminha para onde quer. Por isso não há aqui necessidade de resistência, essa não é a questão essencial!

E não me parece que tenham sido tantos exageros como isso. Há muita pressão do estrangeiro e a essa pressão tem de haver uma resposta. Até porque nem se passa nada de especial no país.

Unknown disse...

Então nesse caso, jorge b., já que a Rita Ferro está a apresentar o Contacto, juntamos a Fátima Lopes e fazemos um programa diário, de manhã à noite, tipo um combo de informação e entrevistas e passatempos. Assim rentabiliza-se, combate-se a pressão. O Ricardo Costa até podia ser o director do programa, leva jeito para a coisa. Lavagem cerebral por lavagem cerebral ao menos faça-se a coisa à moda dos dois génios (Huxley e Orwell) - em grande!

Filinto, depois se quiseres fazemos um jornal clandestino! Acho que tens tens lugar na minha redação! A não ser que desenvolvas defesas marketeiras.

Anónimo disse...

jorge c., você é um sonhador e um teórico. Além de ser um bocado parvo!

Rui Spranger disse...

O absurdo inglês não me espanta nada. Confesso que fiquei mais interessado no segundo artigo, embora concorde e goste também do o primeiro.
Creio que apenas falta dizer neste segundo que os jornalistas além de tudo isto, mentiram ou inventaram várias vezes informações. A prova é que o principal suspeito (ao contrário dos jornalistas vou respeitar as leis e não vou revelar o seu nome) envelheceu 3 anos em apenas dois dias ou se calhar até no proprio dia, consoante os orgãos de comunicação social. Afinal tem 32, 33 ou 35 anos?????
Já no passado com o caso do "Mea Culpa" também tinham morrido 11, 13, e 12 pessoas.

Já agora, obrigado Filinto por partilhres estes dois extos interessantes e por provocares mais uma vez este duelo cada vez mais interessante entre o Jorge B e o Jorge C. O que é que esta gente tem contra o A?

Anónimo disse...

Como escrevi na Jornada, irritou-me que a agenda dos jornalistas portugueses estivesse a ser dirigida desde londres. alguns directores, ou todos, eventualmente, em Portugal, apenas sofreram, doença típica portuguesa, de complexo de inferioridade e foram atrás do que a marabunta costuma perseguir. o episódio sórdido de penafiel - aquele pequeno pormenor que todos comentamos - era a notícia corrente no algarve, o que deixa antever que não vai melhorar, vai piorar. os jornalistas que ali estavam foram simplesmente imolados pela operação de PR que foi montada ali pelos ingleses - familiares da criança e reporteres dos meios ingleses - quando não deitavam eles próprios achas para a fogueira. Mas é bom que as pessoas vejam o que se faz nos jornais ingleses, mesmo os mais sérios, para ver a imprensa portuguesa em perspectiva. e dar-nos os parabéns por sermos tão recatados.

mas aquilo não é jornalismo, como disse na sessão do águia, é outra coisa.