Amor com Amor se paga. Este é provavelmente dos provérbios populares mais conhecidos. Mas no país em que o Algarve passou a AllGarve tambem este provérbio tem os dias contados. Baseado na história real de um outdoor palerma colocado ao lado de outro outdoor palerma surge: Estupidez com Estupidez se paga. Esta gang de extrema esquerda há muito que nos brinda com estas pérolas (basta lembrar: "Numa democracia como a Portuguesa devia ser proibido votar em Salazar") que são tão irresponsáveis e idiotas como as ideias que pretendem contrariar. Pelos vistos, este oudoor vai ser retirado. Pena que a Câmara não aproveite a viagem e leve o vizinho tambem.
13 comentários:
É perante este tipo de situações que me apetece parar para pensar nos limites da democracia...se existem ou deveriam existir ou não. Será que a liberdade de expressão não devia ser retirada a a algumas pessoas? É que infelizmente, ou não, a estupidez humana é algo que não se pode controlar. E concordo plenamente com o provérbio by Granal: "estupidez com estupidez se paga". Este é um exemplo flagrante.
Não concordo nada, acho o placard bastante divertido até, não me interessa se tem conotações políticas ou não (o Zé Diogo é de extrema-esquerda?!), é hilariante.
Granel, é suposto estes gajos serem palermas ou fazerem-se de palermas, são humoristas.
Peço desde já desculpa se estavas a ironizar e não percebi. Ah e sobre a razão que levou à retirada do cartaz... só me apetece lembrar o Gato Fedorento: o papel? que papel? o papel! que papel? o papel! Ah a licença...
Marta,
exactamente porque a estupidez (e a genialidade) humana é algo que não se pode controlar, é que não deve haver esses limites em democracia, sobretudo a liberdade de expressão. Em relação a esse agrupamento deve ser partido político, é-o aliás, deve poder defender a ideologia fascista ou nazi ou whatever com liberdade porque só assim é que os podemos combater. Se andamos a defender-nos estupidamente das "más" ideologias e dos nossos fantasmas colectivos, eles acabam por nos cair em cima, como o prova a eleição no concurso do antónio de oliveira s.
O placard vai ser retirado por questões administrativas, peço desculpa mas se não houver controlo nestas coisas não sei onde poderiamos chegar. A lei foi feita para isto também.
Quanto ao cartaz assim achei fabuloso.
Fil claro que te dou razão. Eu até reconheço que é uma opinião exagerada e sei que pareçe que quero que recuemos a alguns biliões de anos atrás. Não é nada disso. É claro que eu defendo a democracia e a liberdade de expressão (aliás com a minha profissão outra coisa não podia defender) mas há situações que vivemos, como esta, que me mete uns certos dos nervos devido a tanta estupidez. Assim como deve haver coisas em mim que irrita os outros. Whatever...E não se pode, ou não se deve, ler o meu comentário sem lhe dar, como não podia deixar de ser, um lado cómico. É uma opinião minha que por saber que não é muito defendível (acho que esta palavra não existe...) de forma séria está contada de uma forma irónica.
a justificação para a retirada do cartaz é ainda mais hilariante do que o próprio cartaz, não fosse um triste retrato do país (esta opinião mais extensa na jornada).
marta,
os limites deveriam ser para coisas realmente graves (abuso de poder, obstrução à justiça, fuga fiscal, etc., etc.) e não para a expressão, seja do PNR, seja de quem for. De todo o modo, parece que andam aí uns senhores, até ministros, que nos andam a tratar da saúde, quer dizer, da liberdade de expressão.
Ó Fil sabes que tem de se pagar para afixar outdoors, não sabes?
Um placard daqueles custa muito dinheiro. Uma coisa é não concordarmos que se pague publicidade, outra é acharmos hilariante que se faça cumprir a lei. Há que distinguir as coisas.
Sim, mas sinceramente, parece-me um assustador manga-de-alpaquismo.
O problema não é o dinheiro, eles têm-no de certeza, o problema é a minor threat, a mesquinhez perante uma "ilegalidade" menor que levou um responsável da maior câmara do país a perder tempo com aquilo e a raciocinar "ummm, agora colocam um cartaz e não pagam e qualquer dia recusam-se a pagar a taxa de radiodifusão...", é mais isso.
Não há outras licenças com que a câmara de Lisboa deveria ter mais cuidado? Do Tribunal de Contas, do Ministério do Ambiente, do gabiente do PDM, sei lá?
(desculpa, eu sei que valorizas estas questões administrativas -- eu também, de alguma forma -- mas neste caso só me consigo rir com o funcionário da câmara a agir muito rapidamente para tirar o cartaz)
Será que isto é uma perseguição depois do que o GF gozou com a Câmara de Lisboa? Nomeadamente com os corruptos que ainda lá estão? Será que a licença de "autorização-de-colocar-cartazes-ao-lado -dos-cartazes-do-PNR numa semana de Páscoa" é da responsabilidade da EMEL? E sendo assim pode-se entender como revanche depois da caricatura com que os homenzinhos-de-verde apareceram na TV?Há um passarinho do mundo editorial que me diz que isto ainda vai dar um livro.
Quem lê com atenção o post e segue os links percebe exactamente porque é que o cartaz vai ser retirado. E aí, não há volta a dar-lhe. Está ilegal, faça-se cumprir a lei. Evidente que existem um sem número de coisas que tambem são ilegais e que mereciam tambem atenção mas nunca devemos justificar um erro com outro erro.
Quanto ao outdoor, acho-o pouco mais que medíocre e transporta uma total abstração de responsabilidade. Estes meninos estão na moda e portanto acham-se no direito de passar por cima de tudo e todos (e o facto de o outdoor estar ilegal é tambem exemplo disso) e imiscuir-se em assuntos que manifestamente não são para eles.
Lanço desde já a proposta, a bem das contas públicas e do controlo do défice, que se crie um imposto (sim, mais um) que incida sobre a estupidez. Era a forma de ainda se recuperar parte da fortuna que a televisão pública paga às vedetas.
Discordo em absoluto da ideia de este cartaz ser estupido. Acho-o pleno de sentido dadas as circunstâncias em que surge.
Quanto à obrigação de remover o cartaz, concordo com a perspectiva oficial e de facto "um erro não se deve desculpar com outro erro".
Só não proponho uma vaquinha para pagar a licença, porque considero que o que eles ganham em publicidade serve para liquidar a licença.
Quanto à liberdade de expressão... Todos devemos ser livres de opinar, mas não podemos nem devemos deliberadamente ferir terceiros. OS tribunais existem e a lei é para ser cumprida. Se o outdoor do PNR ferir a lei vigente (e a mim, parece-me que sim) pois então que se actue em conforme. E já agora, de uma vez por todas que se altere a lei dos partidos. Torne-se exigivel a apresentação periódica de 5000 assinaturas que sustentem a vida de um partido. Estou em crer que alguns desses partidos que por aí ocupam espaço de antena, não passam de pequenos coutos para divertimento dos seus protagonistas.
Só posso considerar o cartaz e a atitude dos Gato Fdorento como genial!
À intolerancia, à prepotencia e ao autoritarismo responde-se com espirito. Porque esse nunca ninguem nos poderá roubar nem legislar...
Contra a maldade o humor será sempre a maior arma!
Os Gato Fedorento não são um partido político, são um grupo de humorístas, é curioso que seja necessário (depois de tanto tempo) combater opiniões, fenómenos e movimentos com humor... Isto acontece, normalmente, em espaços onde não há liberdade de expressão. Acontecia em Portugal durante o Fascismo, há 30 anos atráz...
Convém salientar a coragem que é necessário para assumir uma atitude destas. Os Gato Fedorento assumiram as responsabilidades do seu acto e conhecem os riscos que isto acarreta, não só agora (pela obvia ilegalidade do cartaz) mas para o futuro...
Num tempo onde, democráticamente, muitos calam as suas opiniões para não criarem inimigos que lhes comprometam o futuro, alivia-me a alma ver gente corajosa que não se cala...
Bem hajam!
CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP!
Era para fazer post, mas não pretendia voltar à velha discussão. Por isso, segue aqui, ainda, isto:
"É incompreensível que um cartaz que apela ao pior que há no homem se mantenha público, sendo ordenada a retirada de um outro cartaz que se limitou a, com humor e inteligência, demonstrar a aberração da mensagem xenófoba." Quem o diz é a Ordem dos Advogados.
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