quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Imagine



Não sei se aconteceu de facto, mas julgo que sim!
Já era tarde, mas entrámos todos numa máquina do tempo e viajámos sem tempo nem espaço para um sitío onde a utopia se torna realidade!
Ao leme, Vitor Elyseu, que começou a viagem pelo melhor porto - o nosso!

Falámos da Liberdade! Sim, da Liberdade! Dessa liberdade que está dentro de cada um de nós e que ninguém nos pode tirar! Essa Liberdade divina de pensar, de criar ou simplesmente... de sentir!
Falámos nos nossos, no Redol, no Aquilino, na Natália, no Ary, no Régio, no Teixeira de Pascoaes. Lembrámos o que era a desfolhada portuguesa... a que está dentro de nós!

E continuámos o caminho! Chegámos a Hyde Park! Já lá estavam todos... TODOS!

Ao som do primeiro acorde todos se calaram! Um slide ao estilo de Robert Johnson, esse sofrimento gigante do blues, só por ser homem, sofrer por sofrer e ver sofrer.
De seguida tudo explode! Porquê?

É assim um concerto de Rock'n'Roll, uma linguagem universal, que não conhece fronteiras, que está para além de tudo, uma viagem em si e por si. Em que não há raças, nem religiões, nem fortunas, apenas nós, homens despidos.
É assim um concerto de Rock'n'Roll, algo de instintivo, de primitivo e, ao mesmo tempo, unificador.
São assim os Rolling Stones - a maior banda viva de Rock'n'Roll.

A Liberdade é o poder que nós temos de seguirmos o que somos recolhendo do mundo o que ele nos dá de melhor, diversificando sem nunca perdermos a nossa identidade!

A Paixão desta semana, do Vitor, não sei bem o que era, mas era tudo isto e que já não é pouco!
«I Know it's only rock'n'roll but i like! Yes i do!»
Não sei agradecer uma coisa que me fez tão bem!

DVD: The Stones at the Park (1969)

Ao John Lennon

4 comentários:

GRaNel disse...

Quando se trata de tão grande paixão, sentida por tantos amigos Pinguins, fica difícil fazer um comentário imparcial e não ferir susceptibilidades. No entanto, e é importante dizê-lo, eu não gosto de Stones. Não gosto do som e não percebo porque é que certas pessoas têm uma tão desmedida necessidade de exposição e são incapazes de se retirarem - mesmo quando a data de validade já expirou.

Mas o que o Vitor nos trouxe ontem, foi mais do que uma banda de rock - foi uma paixão incondicional pela Liberdade e por Portugal. Liberdade essa, que não existia no nosso país na altura da realização do concerto em Hyde Park e que fez com que tantos ilustres da nossa sociedade se tivessem de exilar ou de arranjar artimanhas para contornar a lei. O documentário que vimos espelha exactamente o contrário, uma sociedade ávida de paixões e ideais, num país livre, a exteriorizar tudo o que lhes ia na alma. Vimos também, uma banda que na altura tinha convicções e uma mensagem e fez tudo ao seu alcance para as transmitir; pena que, a meu ver, se tenham desvanecido por completo, mas… adiante.

Resta-me agradecer ao Vitor o documentário que nos trouxe de forma tão apaixonada e ao Jorge o post inspirado com que nos brindou.

Mosquitto disse...

Grande noite e grande DVD!!!
Obrigado Vitor

Vitor Elyseu disse...

É um post muito bom,dos melhores sem dúvida,sinceramente.
obrigado Jorge pelo carinho e pelo sentido das tuas palavras,um deleite.

Rui Vieira disse...

"Like a rolling stone".
Bob Dylan, Rolling Stones... assim vamos conhecendo as paixões musicais do Vitor. E vamos percebendo que não as ouve apenas pela melodia, mas também pelos ideais que representam. A liberdade, a contestação que são tão gratas ao Vitor!
"you can´t get always what you want"... But if you try sometimes you just might find you get what you need!
Postador de serviço... escusado será dizer que a sessão tocou-te, as tuas palavras falam por ti :)