quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

O Precedente

Ao longo dos meses as sessões no clube têm-se vindo a modificar.
Alguns precedentes são abertos e têm sido essenciais no bom ambiente que se tem vivido em cada sessão.
Porém, não posso deixar de chamar à atenção de determinada situação que a mim, pelo menos, me chateia um bocado.

Quando alguém apresenta uma sessão, o princípio mais evidente que o resto do clube deve seguir é o respeito. Saber ouvir dizia na carta de princípios. E saber ouvir pressupõe olharmos para o apresentador e tentar perceber que tipo de sessão quer ele fazer. É claro que não precisamos de nos portar como meninos do coro, mas em sessões com o mesmo espaço para conversar situações como a de 3ª passada não aconteceram. Depende do interesse de cada um. Eu sei que é muito complicado, mas se queremos que as nossas sessões corram bem, devemos fazer para que a dos outros também corram.

O que pode acontecer é desvirtuar-se a estabilidade das sessões, com novos membros que possam aparecer correndo-se o risco de se começar a achar que conversar a meio de uma sessão é uma coisa normal, que no meu entender está completamente errado.

O motivo para que fiz este post foi para deixar a minha opinião e para afastar os comentários àcerca disto no post da Marta cujo motivo é a Grande Sessão do Filinto.

Um abraço a todos e boas sessões!

4 comentários:

hörster disse...

Eu penso que o objectivo principal do clube (além do aumento da facturação do Paulo) é passarmos todos umas horas bem passadas. E quero salientar esta ideia.

A forma que se arranjou para cumprir tal objectivo foi a reunião às terças para partilhar paixões. Esta forma, além da regularidade que cria em nós o hábito (excelente estratégia de fidelização, já que o ser humano é um animal marcadamente de hábitos), tem a particularidade de ser extremamente interessante e rica, por todos sermos diferentes, possuirmos paixões muito diversas e todos ficamos claramente a ganhar em cada terça-feira que passa. E um facto é que o clube está a fazer 1 ano e que as pessoas continuam a aparecer.

Mas penso que não nos podemos esquecer do objectivo que eu considero primordial, porque vamos lá ver, ficarmos todos sentadinhos a ouvir (meninos de coro) e/ou apanhar fretes, com a vida ocupada que todos temos e com a pluralidade de ofertas de lazer que existem na cidade do Porto, corre-se o risco de, semana a semana, começarmos a aparecer cada vez menos e a extinção do clube fica à vista.

E vamos lá ser honestos, um dos grandes motivos que nos leva a sair do quentinho às terças é sabermos as caras que vamos encontrar. Se não nos é permitido o convívio saudável, adeus terça-feira e olá quinta-feira! Porque além de animais de hábitos somos animais de afectos e eu considero que em vez de uma plateia de 20 caras desconhecidas impecavelmente sentadinhas e atentas, é-me muito mais agradável uma plateia de caras conhecidas e amigas, mesmo que por vezes faladoras.

Outro ponto é que há sessões e sessões, apresentadores e apresentadores. E como alguém disse, uma sessão sobre música é difícil: porque a ouvirmos quem apresenta, como na sessão do Jorge sobre o JP, não se ouve a música; e se escutarmos a música, como na sessão do Filinto, não se ouve o apresentador. Claro que estou a extremar mas é para dizer como duas sessões sobre "música" foram completa e totalmente diferentes. E, como sessão, nenhuma foi melhor que a outra.

Repito: as sessões são diferentes e os apresentadores também. Cabe ao apresentador orientar a sessão como quer. E se calhar o Spranger sairia irritadíssimo se a sessão dele tivesse corrido como a do Filinto, mas se calhar o Filinto não saiu irritadíssimo da sessão dele, até porque ficou a pôr música já depois de dar a sessão por terminada, mas quem melhor que o Filinto para opinar sobre isto tudo?

E como diz o ditado, nem 8 nem 80! Ou seja, no meio é que está a virtude!

O objectivo: o prazer
A forma: a partilha de paixões

E venham elas!!!

GRaNel disse...

Bravo Helena, tá batido o recor de comentário mais longo.

Já tive oportunidade de comentar o "ruido" das sessões, nomeadamente o da sessão passada.

Reitero mais uma vez, que quem apresenta a sessão é que dita as regras. Foi assim, é assim e será assim...

Anónimo disse...

Tens razão, hörster, já deveria ter dito qq coisa. Está no post anterior. A minha paixão é a música (e aquela em particular) e essa foi partilhada. As regras ainda estou a assimilá-las, mas se as cumprirmos sempre passam a obrigações e, aí, o prazer da partilha pode facilmente perder-se.

Anónimo disse...

Ok. Até posso concordar com algumas coisas. Mas não nos esqueçamos que o homem é um party animal também, e que isso pode atingir proporções que se afastam do conceito do Clube.

Eu odiava quando o meu pai dizia isto e nem me sinto muito bem a dizê-lo, e tentando não parecer nem muito deselegante, nem arrogante: «Espero nunca ter razão neste ponto». Se colocamos limites às coisas não é para castrar mas para que não se ultrapasse determinado tipo de limites.

Uma ùltima nota: esta opinião não tem a ver especificamente co a sessão anterior mas com o geral. Há muito tempo que falo nas conversas paralelas dentro das sessões. Lembro-me de algumas em que o ruído de fundo nada tinha a ver com a sessão mas conversas de âmbito extra, que é desagradável. E isto nem tem muito que ver como o apresentador controla a sessão mas sim como os membros do clube se comportam.