quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

A Música do Mundo

Que o tabaco faz mal todo sabemos. Mas foi devido aos seus malefícios que na última sessão giramos à volta do Mundo, conduzidos pelo Filinto, embalados por agradáveis ritmos. Foi ao som da “World Music” que ouvimos, mexemos e sentimos diferentes culturas, línguas e instrumentos musicais. Neste post não me atrevo, por não estar preparada para, a lançar nomes sobre aquilo que ouvimos. Mas garanto honestidade e verdade no seu conteúdo.

Foi a primeira sessão do Fil e, digo eu, foi muito bem. Confessou que desde cedo teve curiosidade por descobrir o outro e de imediato se apercebeu que a música é um excelente veículo para o efeito. Através dela, conseguimos obter informação sobre diferentes povos, culturas, línguas, hábitos, etc...

Com 11 ou 12 anos – desculpem a imprecisão mas o próprio não se lembra bem – fumou, na instituição de ensino que frequentava, aquele que foi o seu primeiro cigarro. Imediatamente depois dessa sua aventura foi invadido por uma enorme – ou mesmo gigante - sensação de medo. Em causa estava a possibilidade de os seus pais se aperceberem do sucedido.

Sem muito tempo para dar asas ao seu receio teve, logo de seguida, de se dirigir para a sua próxima aula: educação musical. Durante aquela aula, garante o próprio, conseguiu esquecer-se se tudo. Do cigarro que tinha fumado. Da possível descoberta dos seus encarregados de educação. Daquilo que acontecesse quando chegasse a casa. No final da aula o Fil estava “preparado para tudo. O que tivesse de acontecer que acontecesse”.

E assim foi. Pormenores de parte – porque de facto há coisas que não interessam nada – a chegada ao doce lar foi um pouco amarga mas valeu a pena. E valeu a pena porque percebeu que aquilo que estranho e de menos agradável que acontece nas nossas vidas dá sempre frutos. Aprendemos sempre alguma coisa. Aqui o fruto foi o elo de ligação que conseguiu fazer entre a sua vontade de conhecer o outro – quiçá era já o seu espírito jornalístico a dar sinais – e o seu gosto pela música.

A partir daquele momento nasceu a sua paixão pela música. Principalmente pela “World Music”. Pelo tabaco também...é certo mas o Fil ficou sempre a ganhar. Ele e nós porque tivemos o privilégio, pelo menos eu, de conhecer novos ritmos, línguas, povos e instrumentos musicais.

Na última terça-feira ficamos a saber que existe um instrumento musical que se chama, e não sei se é assim que se escreve, “triquiticha” e que, entre muitas mas mesmo muitas outras coisas, que dois castelhanos e um andaluz cantavam algo parecido com árabe mas que, na verdade, não era.

Obrigada Fil pela sessão! Tenho que confessar que já sabia que ia gostar porque as pessoas fantásticas só podem ser apaixonados igualmente por algo fantástico. Desculpa o post estar “despido” de informação relativa aos nomes daqueles que foram os teus convidados. Mas é certo que podes sempre fazer, a segui, um post com essa informação. Como dizia a Cláudia outro dia: “dizer que gostei muito é pouco”.
Mais uma vez obrigada pela partilha.

10 comentários:

Mosquitto disse...

Olá

O Filinto provou-nos que a musica não se esgota ao virar da esquina. Embalados pela World Music disfrutamos de mais uma noite momorável... Obrigado!
Um abraço

GRaNel disse...

Ontem viajámos mais uma vez. Desta feita, o veículo foi a musica... world music. Guiados pelo bom gosto musical do Filinto fomos palmejando terras e mais terras. No fim, fiquei com a sensação que por maior que sejam a distância geográfica ou as diferenças culturais, a música vai-nos unir e vai-nos permitir comunicar. Obrigado Filinto.

A Marta... conseguiu juntar o melhor de dois mundos: - a prontidão de um diário e a abrangência de um semanário. Parabéns.

Vitor Elyseu disse...

o som esteve baixo mas o fil fez-se ouvir aos sete ventos.gostei da mistura do blues bérbere com o jazz árabe enfim um pouco do mundo que desconhecemos por causa da massificação da música anglo-saxónica que também é música do mundo.ao Filinto um pedido de desculpas por ter,eu e outros também,interrompido de certa forma o ritmo das tuas palavras.

Rui Vieira disse...

Por vezes lemos ou vemos notícias de outras paragens do mundo e, com um encolher de ombros, pensamos que nada têm a ver connosco... que é muito distante. O "Fil" (que jeito tão lindo de tratar o chefe... he he)ontem fez uma fusão com a sessão do António e a do Rui Spranger. Mostrou-nos lugares que eles haviam falado e através da música que escutavam percebemos que as suas gentes não são assim tão diferentes. Obrigado, Filinto.
Marta, depois de uma noitada, chegar a casa e disparar um texto desta qualidade, é de mestre... rendo-me à tua eficiência, pese embora a falta da lista das bandas!
Nota última: O Vitor já fez referência, mas não posso deixar passar em branco. A sessão de ontem teve demasiado ruido diminuindo a qualidade da apresentação. Devemos estar mais atentos para não tornarmos a repetir.

hörster disse...

Eu adorei a noite!
O Filinto lá nos ia explicando algumas particularidades da música, ou dos músicos.
Queria salientar o ambiente, que esteve super agradável, e a sonoridade da música, que nos fez viajar por sítios bonitos e exóticos, e as conversas paralelas que de alguns pinguins se foram apoderando. Peço desculpa por isso ao Filinto, não foi por mal ou por falta de respeito. A verdade é que nos foi proporcionado um excelente ambiente para um serão de convívio, amizade, tertúlia. E não é isso o grande propósito da música?
Um muito obrigada pelas horas bem passadas!

E parabéns à Martinha! Faço minhas as palavras do Granel.

Rui Spranger disse...

Eu confesso que saí muito irritado da sessão de ontem! Para mim, o prazer das sessões do Clube dos Pinguins está sobretudo em ouvir o apresentador e ontem acho que o Filinto não disse metade do que queria dizer. É lamentável ouvir o apresentador pedir desculpa por interromper as conversas para dizer algo que ele achava importante. As sessões sobre música têm este perigo, mas devemos estar todos vigilantes na nossa concentração. Ainda por cima era a estreia do Filinto a apresentar.
É porreiro chegar aqui e dar os parabéns e dizer que foi tudo muito bom. Mas se se tivesse passado comigo o que se passou com o Filinto eu teria ido para casa frustrado e a achar que tinha apresentado uma péssima sessão.
É bom conviver e conversar (e até talvez de vez em quando devessemos ir jantar todos)mas à terça estamos ali sobretudo para ouvir e partilhar paixões.
Desculpem a sinceridade, mas tinha que dizer isto.
A sessão ontem foi um caos!

Parabéns Marta pela rapidez e pelo post.
Parabéns Filinto pela grande selecção musical com que nos brindaste e pelas informações. Em breve vamos fazer a nossa noite DJ.

Anónimo disse...

Tenho de concordar com o Spranger. É realmente dificil apresentar uma sessão assim, e à 3ª feira devemos esse respeito.

Quanto à sessão, não há muito para dizer. Foi fantástico!
Mais uma vez a viajar, que pegando nas palavras outrora escritas por El Spranger, é no que dá ter muitas paixões. Depois de combiná-las passamos semanas e semanas a viajar em universos diferentes.

GRaNel disse...

Talvez devesse estar calado mas não posso deixar de discordar com o Spranger e por simpatia, do Jorge. A sessão foi boa e todos gostámos. E não podemos ter a pretensão de fazer tudo segundo os nossos moldes. Nem todos gostamos de fazer sessões com meninos de coro impecavelmente sentados na cadeirinha. O Filinto apresentou uma sessão sobre música e foi-nos pondo à vontade... talvez tenhamos exagerado um bocadinho mas a mensagem passou... e essa sim, é a parte mais importante.

Renovo os parabens e fico à espera da próxima.

Cláudia S. disse...

Filinto o tema que escolheste para a sessão é também uma das minhas paixões. Tenho curiosidade pelas semelhanças que existem entre as músicas de paises diferentes e distantes entre si.Esse aspecto para ti também é importante e realçaste isso na tua sessão ao mostrar essas semelhanças e diferenças. A música é de facto um mundo extraordinário. Parabéns pelas músicas e pela viagem.
Marta mais uma vez escreveste um post muito bom e com a criatividade e o sentido de humor que tão bem nos tens habituado.Muitos parabéns tens muito talento para a escrita.

Anónimo disse...

Desculpem só chegar aqui agora, mas a vida não corre como queremos e, prontos, nem sempre há cabeça ou tempo para tudo o que queremos fazer.

Gostava antes de mais agradecer à Marta, não apenas pelo post, simpático, mas sobretudo por me ter convidado a participar neste espaço de partilha que, numa altura em que se fazem balanços, está na minha coluna pessoal das coisas boas que aconteceram em 2006.

Espero ainda amanhã conseguir colocar um post com uma parte das musiquinhas que por lá passaram, tenho andado à procura de mp3 que dêem para linkar.

Em relação ao barulho de fundo, embora compreenda a necessidade do silêncio e sendo cumpridor (dizem que em demasia, mas é a minha timidez natural), digo-vos que não me incomodou. Terá havido uma ou outra ideia que não passou, mas a partilha era a música, as minhas "ideias" eram apenas como aquele ruído entre duas faixas num vynil, o que contava era a atenção a essas faixas, à música (à minha paixão). Essa, notei e confirmei aqui nos comentários, essa passou.

De certa forma, outra das coisas que têm em comum as músicas que passei são os diálogos umas com as outras, o convívio, que foi no fundo o que ali tivemos, todos.

\o/
tanx