sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

em jeito de farpa

Sempre tentámos, e a meu ver bem, blindar o Clube a questões politicas. Fizémo-lo, não por sermos desprovidos de opinião ou consciência social mas para preservar o bom que o clube tem - a paixão pela paixão e a exultação das coisas boas da vida. Lamento ser eu a quebrar esta regra de ouro aqui no blog mas esta minha dúvida está atravessada há tempo de mais e afinal de contas, a garganta dá-me bem mais jeito desempedida. A minha pergunta é tão somente: Em que página do programa de governo estão previstos os 8,2% de desemprego?

15 comentários:

Unknown disse...

Pego só no ponto inicial do post para dizer: espero que não se volte a discutir o aborto!
Mas certamente que uma percentagem destas não tem só que ver com as políticas governamentais do sr. Engº, mas com uma degradação socio-economica muito grande que já vem de longa data, e que, a meu ver, era inevitável em certa medida! O que ninguém pode pretender é querer cortar na despesa publica ou criar outras medidas fiscais sem que isso tenha consequências de outra ordem.
Existe em grande escala este discurso nos partidos de centro-esquerda e centro-direita, falar na saída da crise, e na criação de riqueza e desenvolvimento e quando se chega lá acaba-se por fazer cortes porque essa é a única solução para um Estado com problemas financeiros graves por resolver.
Isto é que é demagogia, não são certamente os submarinos! Isso é um fait-divers.
Continuo a dizer, o orçamento de Estado serve para alguma coisa. Se o olharmos como quem olha para um jornal de café e só vê as gordas depois acabamos por não perceber a essência da notícia.

O optimismo às vezes pode ser muito pateta, até porque quem se usa dele são normalmente os que não têm problemas. Mas o pessimismo em excesso também não nos leva a lugar algum. É necessário ter alguma esperança. Fiz algum trabalho de solidariedade social em algumas instituições, e de formas diferentes. Sempre achei que conseguiria mudar o mundo. Não o fiz, mas dei uma ajuda. No entanto, é preciso ver que numa situação como a nossa continuarão milhares de pessoas desempregadas e que estas discussões não as vão tirar de lá.

GRaNel disse...

Nem é essa a intenção. Numa economia moderna o desemprego é um mal necessário. Não o estrutural que temos fruto de politicas erradas e apostas falhadas na educação.

O que aqui se discute é o discurso e postura deste governo. Pródigo em esconder debaixo do tapete a situação precária em que nos encontramos. Porque sejamos realistas, nunca sairemos desta crise sem passar por grandes provações. Mas mais vale resolver o problema de uma vez por todas do que ir "tapando buracos". É necessário que todos nos unamos em prol de um bem comum e de uma meta que nos coloque ao nivel (ou perto) dos restantes países Europeus. Mas isso só será conseguido com um discurso verdadeiro e com verdadeiras reformas. Não as propostas que surgem e que são discutidas até à exaustão para no fim não trazerem nada de novo.

Unknown disse...

Sim, no fundo tem-se vindo a falar de reformas e o que nós temos assistido são meras manobras instrumentais que não são reformas de facto.
O problema essencial é que os políticos comportam-se como o Conde de Abranhos. Há que parcer bem! A comunicação social vai ajudando à festa!

GRaNel disse...

olhá boca... bai buscare...

Marta Araújo disse...

Eu arrisco em dizer que há desemprego, fome, miséria, e todas essas coisas negativas por causa da comunicação social.No vosso lugar fazia uma manif e entregava um requerimento na Assembleia da República com o objectivo de colocar um ponto final na existência dos media em Portugal ;)

Unknown disse...

É isso! Está decidido! Dão erros ortográficos, escrevem mal, informam mal as pessoas, têm tendências partidárias óbvias (tanto à esquerda como à direita), são preconceituosos e acima de tudo arrogantes. Abaixo a comunicação social, viva o 8,2%!

Marta Araújo disse...

Eu acho que deviam mesmo ir mais longe e colocar outro ponto final, mas desta feita na vida dos jornalistas, boa? Assim acabam os erros ortográficos, as tendências partidárias, a desinformação e todos os males deste país. E aí os fantásticos advogados que temos (e teremos) nesta país, que não são tendenciosos, não dão erros ortográficos, não têm interesses politico-financeiros nem nada dessas coisas, podem brilhar convenientemente:P

Unknown disse...

Sim também se deveria acabar com advogados, por mim tudo bem! Depois não venham é dizer que os fracos e oprimidos vão todos para a pildra e que as prisões estão a abarrotar. De qualquer forma, desde que haja um lugar para mim numa qualquer assembleia, tudo bem!

Matar jornalistas também não seria desinteressante! Eticamente estaria correcto. Mas, também, vamos com calma. Eu tenho outra ideia: privá-los de falar em público, não manifestarem opinião àcerca de nada, dado o seu desconhecimento em diversas àreas. Palermas! Isto é que dava um bom referendo, e com mais um já não se discutia o desemprego!

Marta Araújo disse...

Muito bem senhor deputado! Muito bem! Tem todo o meu apoio! Privem-se os jornalistas de opinar...afinal eles não sabem nada sobre nada...falam só por falar, têm a mania que são importantes e tudo e tudo e tudo! Que raio de classe! Eu continuo a insistir que o s advogados os deviam por na linha!

GRaNel disse...

Não sei se se aperceberam que este era um post sério...

Marta Araújo disse...

Peço desculpa senhor deputado...

António Manuel Rodrigues disse...

Líricos...

E pensava eu que era detentor do discurso poético, afinal tiraram-me o lugar.

Abraços e beijos a todos os companheiros de viagem pelo esforço, mas lembrem-se que esta vida é curta demais para a levarmos a sério...

(hoje estou bem disposto...)

GRaNel disse...

O bom da democracia é que não temos verdadeiramente de fazer nada para que ela funcione. Se reduzirmos ao absurdo, podemos dizer que "pagamos" para que levem este bocado de terra a bom porto. Temos, temos mesmo, é de manter o sentido critico apurado. Eles sentem-se avaliados e até se esforçam. E este olhar atento é uma grande contribuição... por muito que o não pareça.

Aguia disse...

Ok isto foi uma divagação iniciada nos 8,2 de desemprego e acaba em discussão parlamentar sobre o poder dos media (que sabem ou não escrever em português) face aos “ pobres coitadinhos dos portugueses... oh tadinhos”( estou a ser irónico)

é tao preocupante os 8,2 de desemprego como os...... ( ok ha dados) dos trabalhadores em postos de trabalhos precários, que não podem fazer planos de vida pois não sabem se iram estar a trabalhar daqui a um ano ( ok se ha dados queria saber, e só curiosidade)

se queremos reduzir com o desemprego e necessário, ou melhor urgentemente necessário, criar planos REAIS de emergência para os trabalhadores das fabricas que estão a fechar, para os números do desemprego não aumentarem, e para nao vivermos épicos de tristeza e dramas sociais com base em pessoas na casa dos 40 ou 50 anos que vivem o drama do desemprego....

Anónimo disse...

"O que é jornalista? É um gajo inteligente que sabe uma série de coisas acerca de nada."
Tenho ideia que a frase é do Juan Luis Cebrián, mas não tenho a certeza.