Apaixonou-se com a mesma intensidade e sensivelmente com a mesma idade. O fascínio pela caixa de madeira que fazia uns barulhos estranhos (pena não ter aqui a banda sonora do Tó) e captava imagens tocou-os de igual forma e arrastou-os para uma vida ligada ao cinema.
Um é fã, outro o ícone. O Valter apresentou a sessão, Charlie Chaplin foi-nos apresentado. Para o comum espectador, leia-se eu, Chaplin era o famoso vagabundo a fazer peripécias numa tela a preto e branco. Mas Chaplin foi muito mais, muito muito mais. Sabendo disso e querendo partilhar connosco tal riqueza de obra, o nosso cineasta particular decidiu dá-lo a conhecer sobre a forma de um documentário que retrata a sua vida e obra.
E o documentário começou… De menino pobre e débil a multimilionário dono de um império cinematográfico; de Ingalterra para a América e o regresso à Terra de Sua Majestade, acabando na calma e neutra Suiça; do cinema mudo ao “Grande Ditador” (o seu primeiro filme com som); das curtas-metragens do inicio de carreira às longas que o celebrizaram; do preto e branco à cor; da primeira à última paixão. Um caminho de sucessos, e glórias mas pejado de incertezas, angústia e claro, alguns fracassos.
Estas transformações fazem realmente o retrato da sua vida enquanto actor e enquanto homem. Mas houve uma que me prendeu mais a atenção. Do amado vagabundo “the Tramp” – o desleixado, mal vestido, sempre dois números acima, com um chapéu de coco e um bigode démodé chegou ao interventivo Adenoid Hynkel, uma sátira a Hitler que questiona os valores humanos e a sociedade sua contemporânea. “Modern Times” é também disso exemplo. Chaplin faz uma inflexão na carreira e a sua consciência desperta, qual relógio biológico e questiona, interioriza e age em favor da moralização e da consciencialização de uma sociedade que caía mais e mais. Esta crescente intervenção valeu-lhe o rótulo de comunista (no sentido perjurativo da palavra). O bem não está nem à direita nem à esquerda, e Chaplin era simplesmente um homem que soube usar o seu poder e influência criticando os podres que o rodeavam.
É bom saber que tais Homens não são ficção e aqui faço a minha vénia perante Charlot.
Um é fã, outro o ícone. O Valter apresentou a sessão, Charlie Chaplin foi-nos apresentado. Para o comum espectador, leia-se eu, Chaplin era o famoso vagabundo a fazer peripécias numa tela a preto e branco. Mas Chaplin foi muito mais, muito muito mais. Sabendo disso e querendo partilhar connosco tal riqueza de obra, o nosso cineasta particular decidiu dá-lo a conhecer sobre a forma de um documentário que retrata a sua vida e obra.
E o documentário começou… De menino pobre e débil a multimilionário dono de um império cinematográfico; de Ingalterra para a América e o regresso à Terra de Sua Majestade, acabando na calma e neutra Suiça; do cinema mudo ao “Grande Ditador” (o seu primeiro filme com som); das curtas-metragens do inicio de carreira às longas que o celebrizaram; do preto e branco à cor; da primeira à última paixão. Um caminho de sucessos, e glórias mas pejado de incertezas, angústia e claro, alguns fracassos.
Estas transformações fazem realmente o retrato da sua vida enquanto actor e enquanto homem. Mas houve uma que me prendeu mais a atenção. Do amado vagabundo “the Tramp” – o desleixado, mal vestido, sempre dois números acima, com um chapéu de coco e um bigode démodé chegou ao interventivo Adenoid Hynkel, uma sátira a Hitler que questiona os valores humanos e a sociedade sua contemporânea. “Modern Times” é também disso exemplo. Chaplin faz uma inflexão na carreira e a sua consciência desperta, qual relógio biológico e questiona, interioriza e age em favor da moralização e da consciencialização de uma sociedade que caía mais e mais. Esta crescente intervenção valeu-lhe o rótulo de comunista (no sentido perjurativo da palavra). O bem não está nem à direita nem à esquerda, e Chaplin era simplesmente um homem que soube usar o seu poder e influência criticando os podres que o rodeavam.
É bom saber que tais Homens não são ficção e aqui faço a minha vénia perante Charlot.
6 comentários:
Ai... gostava de ter estado... para a semana volto à vossa companhia. Abraços
Grande sessão Valter! Obrigada. Obrigada, acima de tudo por me teres desmitificado a identidade de Charlie Chaplin. Perante a quase total falta de informação, da minha parte, em relação à pessoa, restava-me a ideia de um "vagabundo" com um andar engraçado, roupa muito larga e com um bigode cómico que nos apresenta(va), contudo, um humor intemporal.
Afinal é muito mais do que isso. Por isso obrigada.
Parabéns ao postador que esteve, sem dúvida, à altura.
é certamente o teu melhor post. muitos parabéns.
quanto ao valterego nada a dizer, ele conhece a minha paixão por este homem que num concurso para imitadores de Charlot ficou em 3º lugar. talvez por isso sabe também da minha tristeza por não ter podido aparecer. a minha vénia!
Boa Granel e Valter. Valeu a pena o regresso, as if.
Gostei sobretudo da frase dita em pleno auge do fascismo, nazismo, salazarismo, franquismo, comunismo (uma série de ismos "judaícofóbicos"): quando foi questionado sobre se era judeu, pergunta feita para para mais facilmente o poder carimbar, o poder encaixar, o poder diminuir, Chaplin respondeu como o herói que foi sempre ao longo da vida: "Não tenho essa honra". Muito bom.
Charlot é uma daquelas personagens que fazem parte do imaginário colectivo. Entre a imagem do vagabundo que todos conhecemos e o artista em desgraça de "Luzes da Ribalta" vai um processo longo, que o Valter muito bem nos soube conduzir.
O postador respondeu muito bem ao desafio e o ultimo paragrafo demonstra o quanto a sessão tocou a todos que a assistiram.
Ao apresentador e postador, os meus parabéns.
Depois de tantos comentários que exprimem tão bem a qualidade do post e da sessão difícil é acrescentar qualquer coisa. Passei a semana a pensar na sessão e no Chaplin. Que grande heroi!
Durante a sessão oscilei entre o riso e as lágrimas. Foi para mim a mais emotiva de todas as que assisti.
Obrigado!
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