Que o tabaco faz mal todo sabemos. Mas foi devido aos seus malefícios que na última sessão giramos à volta do Mundo, conduzidos pelo Filinto, embalados por agradáveis ritmos. Foi ao som da “World Music” que ouvimos, mexemos e sentimos diferentes culturas, línguas e instrumentos musicais. Neste post não me atrevo, por não estar preparada para, a lançar nomes sobre aquilo que ouvimos. Mas garanto honestidade e verdade no seu conteúdo.
Foi a primeira sessão do Fil e, digo eu, foi muito bem. Confessou que desde cedo teve curiosidade por descobrir o outro e de imediato se apercebeu que a música é um excelente veículo para o efeito. Através dela, conseguimos obter informação sobre diferentes povos, culturas, línguas, hábitos, etc...
Com 11 ou 12 anos – desculpem a imprecisão mas o próprio não se lembra bem – fumou, na instituição de ensino que frequentava, aquele que foi o seu primeiro cigarro. Imediatamente depois dessa sua aventura foi invadido por uma enorme – ou mesmo gigante - sensação de medo. Em causa estava a possibilidade de os seus pais se aperceberem do sucedido.
Sem muito tempo para dar asas ao seu receio teve, logo de seguida, de se dirigir para a sua próxima aula: educação musical. Durante aquela aula, garante o próprio, conseguiu esquecer-se se tudo. Do cigarro que tinha fumado. Da possível descoberta dos seus encarregados de educação. Daquilo que acontecesse quando chegasse a casa. No final da aula o Fil estava “preparado para tudo. O que tivesse de acontecer que acontecesse”.
E assim foi. Pormenores de parte – porque de facto há coisas que não interessam nada – a chegada ao doce lar foi um pouco amarga mas valeu a pena. E valeu a pena porque percebeu que aquilo que estranho e de menos agradável que acontece nas nossas vidas dá sempre frutos. Aprendemos sempre alguma coisa. Aqui o fruto foi o elo de ligação que conseguiu fazer entre a sua vontade de conhecer o outro – quiçá era já o seu espírito jornalístico a dar sinais – e o seu gosto pela música.
A partir daquele momento nasceu a sua paixão pela música. Principalmente pela “World Music”. Pelo tabaco também...é certo mas o Fil ficou sempre a ganhar. Ele e nós porque tivemos o privilégio, pelo menos eu, de conhecer novos ritmos, línguas, povos e instrumentos musicais.
Na última terça-feira ficamos a saber que existe um instrumento musical que se chama, e não sei se é assim que se escreve, “triquiticha” e que, entre muitas mas mesmo muitas outras coisas, que dois castelhanos e um andaluz cantavam algo parecido com árabe mas que, na verdade, não era.
Obrigada Fil pela sessão! Tenho que confessar que já sabia que ia gostar porque as pessoas fantásticas só podem ser apaixonados igualmente por algo fantástico. Desculpa o post estar “despido” de informação relativa aos nomes daqueles que foram os teus convidados. Mas é certo que podes sempre fazer, a segui, um post com essa informação. Como dizia a Cláudia outro dia: “dizer que gostei muito é pouco”.
Mais uma vez obrigada pela partilha.