quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Lisbon Story

Na última sessão foi apresentado o filme: “Lisbon Story” ou a “Viagem a Lisboa”, como preferirem que representa não uma paixão mas sim várias…

Jorge gosta deste filme por vários motivos, aqui ficam algumas justificações para a escolha deste filme:

- Wim Wenders

- Cidade de Lisboa
Não só a parte bela e luminosa da cidade, mas também a parte escura e suja da cidade.

- Madredeus (banda sonora do filme)
Aliás, foi através da banda que o teve conhecimento do filme… um videoclip.

- Manoel de Oliveira

(foram referidas mais razões durante a sessão, mas confesso que não me recordo)

Para quem não conhece o filme aqui fica a sinopse:

“Debaixo de um monte de cartas está um lacónico, porém imperativo, telegrama: o engenheiro de som Philip Winter tem que viajar até Lisboa para ajudar o seu amigo Friedrich Monroe, que está a rodar um filme naquela cidade. Com um pé engessado, Winter atravessa a Europa de norte a sul até chegar à capital portuguesa, só que já é um pouco tarde demais: Friedrich desapareceu. Na grande casa onde vivia, o realizador não deixou mais do que uma película inacabada, imagens sem som recolhidas nas ruas de Lisboa com uma velha câmera de filmar, como a de Buster Keaton em The Cameraman. Pacientemente, Winter decide pôr o som nas imagens: encantado com a cidade, deambula pelas ruas de microfone na mão, atrás das filmagens do amigo. Entretanto conhece os Madredeus e a sua bela cantora, Teresa, a que Winter não fica indiferente. O grupo tinha alojado o cineasta e, antes deste partir, tinha mesmo chegado a compor a música para o seu filme. Winter trava ainda conhecimento com o realizador Manoel de Oliveira com quem fala de Deus, da arte e do cinema. Só que de Friedrich, nem rasto. Talvez se tenha aventurado por bairros mal afamados. Pelo menos é isso que Winter acaba por pensar quando um ladrão foge com o seu dinheiro.”

Eu era uma das que desconhecia este filme, afinal, como diz o Danin eu tinha apenas 1 ano quando ele foi realizado (1994), mas vale a pena… É muito bom!

Eu não tenho essa paixão por Lisboa, até porque nem conheço bem esta cidade (é fácil não gostar do que desconhecemos!), no entanto, adorei as imagens, os sons… as crianças! Enfim, TUDO! Podia enumerar muitas coisas, mas corria um sério risco de me tornar ainda mais maçuda!

Confesso que para escrever sobre esta sessão tive alguma dificuldade, apesar de ter gostado muito esperava que fosse o Tó a fazê-lo, e não eu! Pelas falhas, omissões e outros factores culpem o Tó! E para mais informações procurem o Jorge.

4 comentários:

Rui Vieira disse...

Parece-me que as sessões cinematograficas vieram para durar. E pelo que conheço dos nossos "conpinguins" a qualidade das escolhas não me surpreendem.
A bitola da qualidade está bem afinada e espero que a mantenham na próxima sessão porque vou tentar partilhar in loco de mais uma paixão.

Aproveito para agradecer ao Tó e agora à Ana por encararem de frente esta espinhosa tarefa de resumirem as paixões aqui no Blog. Seria bom se os outros elementos também comentassem. Sempre poderiamos enriquecer ainda mais cada paixão.

António Manuel Rodrigues disse...

Apaixonei-me pelo trabalho de Wim Wenders com este filme, apesar de ter chegado tarde à sessão e não poder rever o filme, a sessão foi produtiva, como sempre, com muito filosofalar e divagapensar (hoje tou armado em Mia Couto).

Repito a sugestão para quem quiser conhecer uma obra prima deste realizador: "As asas do desejo", aviso desde já que é preciso muita coragem e predisposição para o ver...

E por ultimo podem culpar-me pelo excelente post da Ana que se tem portado à altura das funções de nova-pinguim-voluntária-nomeada.

Anónimo disse...

A dificuldade da Ana em falar da sessão parece-me perfeitamente normal isto porque eram várias as minhas paixões que envolviam este filme. Mas acertou em todas elas esquecendo-se apenas do Pessoa, génio ao qual o filme se refere vezes sem conta e onde se perpetua o verso «em plena luz do dia até os sons cintilam»

Resta-me apenas dizer que este filme é uma pequena lição de simplicidade, mas fica a promessa de um post nos proximos dias sobre parte da discussão posterior á sessão.

Rui Spranger disse...

Pois seria bem interessante um post sobre a discussão porque me custa muito não ter podido assistir a ela. Eu também gostei muito do filme e fez-me lembrar os meus tempos de Paris, em que afirmava que os únicos portugueses conhecidos no estrangeiro (na altura) eram o Fernando Pessoa, o Manoel de Oliveira e os Madredeus. O filme estreou quando eu estava em França, porque será?
"As Asas do Desejo" é a obra prima do Wenders, mas não esquecer filmes como "Paris, Texas" ou "Até ao Fim do Mundo".