Para que isto não se torne numa cadeia do género "envia a 10 pessoas nos próximos 10 minutos senão caem-te 10 elefantes em cima" aceito o desafio do Vieira e coloco aqui o meu top 5 do momento (amanhã pode dar-me para outras músicas).
Banda+album+procurem onde quiserem
1. The Clash - London Calling
2. Têtes Raides - Le Bout Du Toit
3. Eriti Kurva Muusika Ansambel - Haua Plaadi Lood 1991-1999
4. Pixies - Surfer Rosa
5. Serge Gainsbourg - La Balade de Melodie Nelson
Filinto, coloca o teu Top 5 ou caem-te 10 elefantes em cima.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
FRASE DO ANO
Recebi isto por e-mail intitulado de FRASE DO ANO ( e o ano está só no inicio)...
"Que bom seria se um deputado tivesse febre aftosa, peste suína ou gripe das aves. Aí seríamos obrigados a sacrificar todo o rebanho!"
"Que bom seria se um deputado tivesse febre aftosa, peste suína ou gripe das aves. Aí seríamos obrigados a sacrificar todo o rebanho!"
Voltamos mais tarde, pedimos desculpas...
Por motivos de ordem técnica, a sessão do Clube da semana anterior não ganhou forma...
Assim sendo, amanhã, e se tudo correr bem, ela terá a forma desejada.
E desculpem :)
Assim sendo, amanhã, e se tudo correr bem, ela terá a forma desejada.
E desculpem :)
sábado, 26 de janeiro de 2008
Top 5
O repto foi feito pelo Jorge aqui, e ainda que não seja fácil, também deixarei o meu Top 5.
Antes de nomear as minhas escolhas, e tal como o Jorge, convém talvez explicar que ao longo do tempo e consoante o estado de espírito as escolhas poderão ser outras. Assim , tentei definir como critério 5 albuns que apesar de já os ter escutado dezenas de vezes continuo sempre a ouvi-los com especial deleite:
The Sound - "From the Lion's heart" - sense of purpose
The Cure - "Staring at the Sea - the singles" - close to me
Nine horses - "Snow Borne Sorrow" - wonderful world
Antes de nomear as minhas escolhas, e tal como o Jorge, convém talvez explicar que ao longo do tempo e consoante o estado de espírito as escolhas poderão ser outras. Assim , tentei definir como critério 5 albuns que apesar de já os ter escutado dezenas de vezes continuo sempre a ouvi-los com especial deleite:
Banda+Album+video no youtube
The Sound - "From the Lion's heart" - sense of purpose
The Cure - "Staring at the Sea - the singles" - close to me
Nine horses - "Snow Borne Sorrow" - wonderful world
Rodrigo Leão - "Cinema" - Rosa
e para que o desafio não pare por aqui, lanço o desafio ao Rui Spranger no seu blog
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Que bela é a vida no campo
Não sei onde nasceu este preconceito de que no campo é que se está bem. Sempre ouvi o mesmo discurso:
Ah e não-sei-quê temos a nossa agricultura biológica, as verduras fazem realmente bem, não têm químicos e são mesmo saborosas. Ah e tal e os nabos são duros, as cenouras cor-de-cenoura e não cor-de-laranja e os grelos verdinhos. Mas vocês não percebem o que é viver, de facto, com animais, nunca beberam leite das tetas da vaca, sem pasteurização, nunca ajudaram a estrumar, nunca ajudaram na matança do porco.
Para ser sincero, não, não percebo um caraças disso. Das vacas gosto do focinho, para fotografar; da matança do porco, que já assisti; estrume é aquilo que calco nos jardins; nunca beberia leite de uma vaca... e quanto ao resto compreendo mas dispenso. Dispenso de tal forma que se houvesse mais gente tinha dispensado escrever este post. E se não tivesse já vontade em dispensar fazê-lo ficaria porque o senhor da sessão, que é de Aguada de Baixo, freguesia de poucos mas honrados, gente de fibra e de cumprimento fácil, o Granel, tinha-me deixado sem vontade: "Ui... és tu que fazes o post? Tás F***". Estaria se ele fosse de Ah e tal e não-sei-quantos!, coisa que sabemos que não é.
Foi-nos apresentada a sessão quando olhávamos para a Serra do Pilar, um dos extremos do centro histórico do Porto, cidade desde sempre, com alguns toques campestres -- como aquela laranjeira ali nos vizinhos do lado.
Foi tão difícil escrever o post que demorou uma semana. Os parágrafos anteriores estão aqui desde quarta-feira de madrugada, não consegui adiantar mais nada. Ainda agora não sei o que escrever. Trocamos umas ideias sobre a noite no campo. Imaginamos estrelas cadentes. Ouvimos histórias de gente que compreende o ciclo da vida, que compreende que está no topo da cadeia alimentar. Falamos sobre o campo e a cidade, sobre um tempo que foi e outro que está. De como o tempo passa no campo. De como ele foge na cidade. Falamos de tanta coisa, enfim, falamos de como se conversa calmamente no campo, assim calmamente.
Mesmo que o Granel não tivesse levado as chouriças caseiras ou lembrado os morangos, mesmo se não tivessemos varanda com vista para a laranjeira, mesmo que não recordassem as experiências no campo, mesmo que não tivessemos mais nada, tivemos a conversa -- ou melhor, estivemos na conversa. Calmamente, como no campo. E por isso foi tão difícil de (d)escrever.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
A música das cores e formas...
Antes de iniciar o post da sessão queria pedir desculpas pelo dia tardio em que ele está a ser postado.
Bem, com fumo ou sem fumo, ninguém cala as nossas paixões ( Vasco)... É este o inicio deste post, visto que esta sessão do Clube foi marcada pela nova lei nazizoide que em todos os aspectos transforma a nossa vida boémia.
Mas vamos ao que importa a sessão...
E mais uma vez o Rui trouxe uma paixão musical, e que paixão... sim senhor... Aos ritmos de Eriti kurva muusika ansambel, lá se foi falando de como este som inspirou o nosso amigo e camarada Pinguim para dar som a uma peça.
E meus amigos, o som que ouvimos na terça-feira transmite cores, sabores, sentimentos e faz-nos voar pelos mares e oceanos da imaginação.
Deixa o nosso corpo colado a cadeira enquanto as nossas mentes vagueiam esfomeados em busca do alimento da alma, o alimento da criatividade.
Assim sendo para aqueles que habitaram a sala das arrumações ( sim nada de cave esta semana), fechem os olhos e tentem reviver o som da última terça, e para aqueles que não estiveram lá, sofram.. pois o que se ouviu nessa noite, foi a magia de uma música que nos abraça e nos deixa vivos, vendo cores e formas na vastidão de nossos olhos fechados.
Muito, mas muito, mas mesmo muito obrigado Spranger.
Bem, com fumo ou sem fumo, ninguém cala as nossas paixões ( Vasco)... É este o inicio deste post, visto que esta sessão do Clube foi marcada pela nova lei nazizoide que em todos os aspectos transforma a nossa vida boémia.
Mas vamos ao que importa a sessão...
E mais uma vez o Rui trouxe uma paixão musical, e que paixão... sim senhor... Aos ritmos de Eriti kurva muusika ansambel, lá se foi falando de como este som inspirou o nosso amigo e camarada Pinguim para dar som a uma peça.
E meus amigos, o som que ouvimos na terça-feira transmite cores, sabores, sentimentos e faz-nos voar pelos mares e oceanos da imaginação.
Deixa o nosso corpo colado a cadeira enquanto as nossas mentes vagueiam esfomeados em busca do alimento da alma, o alimento da criatividade.
Assim sendo para aqueles que habitaram a sala das arrumações ( sim nada de cave esta semana), fechem os olhos e tentem reviver o som da última terça, e para aqueles que não estiveram lá, sofram.. pois o que se ouviu nessa noite, foi a magia de uma música que nos abraça e nos deixa vivos, vendo cores e formas na vastidão de nossos olhos fechados.
Muito, mas muito, mas mesmo muito obrigado Spranger.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Como é que se faz isto não parecer demasiado oficial?
Ora bem... se calhar escrevendo num estilo oral, não definitivo, assim a fugir para o desculpem lá qualquer coisinha:
Caros Pinguins,
a malta tem de se encontrar para discutir em que moldes deve funcionar o clube. Com a nova lei do tabaco, a sala de fumo do Pinguim coincide com a nossa sala e isso significa alterações, sejam elas quais forem. Para que as decisões que terão de ser tomadas daqui para a frente sejam o mais abrangentes possível, urge marcar um encontro para conhecer sensibilidades, ideias, soluções, opiniões e já agora para dizer mal do Sócras e do Bush.
Acho que não ficou mal...
O ideal seriam que colocassem as vossas propostas de dia e hora nos comentários, para que estivessem o máximo de pinguins presentes no encontro.
Caros Pinguins,
a malta tem de se encontrar para discutir em que moldes deve funcionar o clube. Com a nova lei do tabaco, a sala de fumo do Pinguim coincide com a nossa sala e isso significa alterações, sejam elas quais forem. Para que as decisões que terão de ser tomadas daqui para a frente sejam o mais abrangentes possível, urge marcar um encontro para conhecer sensibilidades, ideias, soluções, opiniões e já agora para dizer mal do Sócras e do Bush.
Acho que não ficou mal...
O ideal seriam que colocassem as vossas propostas de dia e hora nos comentários, para que estivessem o máximo de pinguins presentes no encontro.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Um alter-ego em Alta-fidelidade
Nunca me foi tão difícil escrever o post de uma sessão como a ultima que o Jorge nos trouxe.
E digo isso porque nunca me senti tão próximo da esfera pessoal do apresentador como nesta sessão. Alta-Fidelidade é um filme que retrata um alter-ego do Jorge. Não posso afirmar que o Jorge se definiu neste filme, mas estou certo que muito de si se encontra em Rob Gordon.
Haverá naturalmente diferenças, e algumas que o próprio Jorge bem lamentará, mas a melomania é uma característica mútua. Quem de nós nunca se surpreendeu com a capacidade do Jorge em citar musicas e o seu autor? E será mera coincidência a elaboração de TOP-5 que o Jorge faz no teaser da sessão e depois repete e incita no seu blog? Ambos vivem em torno da sua paixão pela música.
Não quero continuar a fazer uma análise pormenorizada das suas semelhanças (por um lado, porque não estou habilitado a tal, por outro porque não me parece correcto). E dito isto, porque não abordar a personagem de Rob?
Este fã incondicional de música, que tem o cuidado de nos alertar para os malefícios da Pop music ainda no preâmbulo do filme, seduz todos os que o rodeiam com uma graça que ele próprio tem dificuldade em compreender. E é esta dificuldade de compreensão (que muitos chamarão maturidade tardia) que somos convidados a decifrar em Alta-Fidelidade. Através de um Top-5, como não podia deixar de ser, Rob apresenta-nos as suas paixões (carnais). As marcas que elas lhe deixaram, as marcas que ele deixou, os mitos que ele criou, as expectativas que ele defraudou, todas estas relações nos são esmiuçadas em contactos que ele provoca com as suas anteriores companheiras. Em simultâneo, a sua ultima relação que inicialmente nem tem direito a constar do Top-5, vai crescendo de importância e subindo lugares na tabela à medida que Rob ganha consciência das suas limitações.
Claro que este processo não é fácil, porque Rob não é uma pessoa fácil. Que dizer de alguém que organiza a sua discografia por ordem biográfica? Que sabe exactamente o momento em que adquiriu cada um dos seus milhares de discos? Tanta meticulosidade não pode augurar nada de bom.
Mas se calhar até pode… afinal de contas, Rob retira todos os seus discos das estantes e um por um eles retornam á sua posição original, como ideias que se organizam numa ordem perfeitamente lógica. Também as suas relações sofrem o mesmo efeito e no final Rob sabe quem deve ocupar o lugar cimeiro da tabela.
Rob amadureceu, Rob arriscou, Rob assumiu, enfim Rob sabe agora quem é!
Termino assim este post que já há muito devia ter sido publicado, e que espero me possam desculpar, mas não era fácil falar do Jorge, perdão, do Rob.
E digo isso porque nunca me senti tão próximo da esfera pessoal do apresentador como nesta sessão. Alta-Fidelidade é um filme que retrata um alter-ego do Jorge. Não posso afirmar que o Jorge se definiu neste filme, mas estou certo que muito de si se encontra em Rob Gordon.
Haverá naturalmente diferenças, e algumas que o próprio Jorge bem lamentará, mas a melomania é uma característica mútua. Quem de nós nunca se surpreendeu com a capacidade do Jorge em citar musicas e o seu autor? E será mera coincidência a elaboração de TOP-5 que o Jorge faz no teaser da sessão e depois repete e incita no seu blog? Ambos vivem em torno da sua paixão pela música.
Não quero continuar a fazer uma análise pormenorizada das suas semelhanças (por um lado, porque não estou habilitado a tal, por outro porque não me parece correcto). E dito isto, porque não abordar a personagem de Rob?
Este fã incondicional de música, que tem o cuidado de nos alertar para os malefícios da Pop music ainda no preâmbulo do filme, seduz todos os que o rodeiam com uma graça que ele próprio tem dificuldade em compreender. E é esta dificuldade de compreensão (que muitos chamarão maturidade tardia) que somos convidados a decifrar em Alta-Fidelidade. Através de um Top-5, como não podia deixar de ser, Rob apresenta-nos as suas paixões (carnais). As marcas que elas lhe deixaram, as marcas que ele deixou, os mitos que ele criou, as expectativas que ele defraudou, todas estas relações nos são esmiuçadas em contactos que ele provoca com as suas anteriores companheiras. Em simultâneo, a sua ultima relação que inicialmente nem tem direito a constar do Top-5, vai crescendo de importância e subindo lugares na tabela à medida que Rob ganha consciência das suas limitações.
Claro que este processo não é fácil, porque Rob não é uma pessoa fácil. Que dizer de alguém que organiza a sua discografia por ordem biográfica? Que sabe exactamente o momento em que adquiriu cada um dos seus milhares de discos? Tanta meticulosidade não pode augurar nada de bom.
Mas se calhar até pode… afinal de contas, Rob retira todos os seus discos das estantes e um por um eles retornam á sua posição original, como ideias que se organizam numa ordem perfeitamente lógica. Também as suas relações sofrem o mesmo efeito e no final Rob sabe quem deve ocupar o lugar cimeiro da tabela.
Rob amadureceu, Rob arriscou, Rob assumiu, enfim Rob sabe agora quem é!
Termino assim este post que já há muito devia ter sido publicado, e que espero me possam desculpar, mas não era fácil falar do Jorge, perdão, do Rob.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Feliz 2008!
Esvaziam-se os cinzeiros, o fumo dissipa-se e fica visível um mundo novo.
2008 começa sem um dos factores culturais mais importantes na História de um país mediterrânico como Portugal.
Nos livros, desde a minha adolescência que lia o prazer de enrolar um cigarro ou fumar um cachimbo das personagens. Nas fotografias Coltrane, Parker e muitos outros mostravam que o Jazz não vivia sem o fumo dos seus cigarros. No cinema, a rebeldia de James Dean ou a estética Boggardiana seriam vazias sem o pequeno cilindro de tabaco aceso no meio dos dedos. Sartre, Kafka, Freud, Faulkner ou Hemingway perfumaram as páginas dos seus livros com o tabaco mais suave para que a leitura corresse como uma nuvem.
A noite foi criada pelos boémios para os boémios. Nas mitologias grega e romana não consta que Diónisos ou Baco fossem dois coninhas preocupados com o fumo passivo. A sua importância na história da sociedade ocidental reflecte-se na Filosofia. O ócio e o fausto das nuvens de fumo nos speakeasy's de Chicago toldam uma memória e uma forma de vida que nunca hão-de morrer.
Mas é o puritanismo mesquinho e hipócrita que o homem vem alimentando desde sempre que está a matar uma cultura, uma liberdade individual, um prazer. E quem mata o prazer não merece um minuto de felicidade.
O fumo desaparece dos espaços públicos e as notícias mostram os protestos contra o Ministro da Saúde, uma fábrica que fecha em Santo Tirso sem aviso prévio aos trabalhadores, os acidentes de viação continuam e há pessoas mortas a tiro na passagem de ano.
Nem tudo o fumo levou! Feliz Ano Novo!
2008 começa sem um dos factores culturais mais importantes na História de um país mediterrânico como Portugal.
Nos livros, desde a minha adolescência que lia o prazer de enrolar um cigarro ou fumar um cachimbo das personagens. Nas fotografias Coltrane, Parker e muitos outros mostravam que o Jazz não vivia sem o fumo dos seus cigarros. No cinema, a rebeldia de James Dean ou a estética Boggardiana seriam vazias sem o pequeno cilindro de tabaco aceso no meio dos dedos. Sartre, Kafka, Freud, Faulkner ou Hemingway perfumaram as páginas dos seus livros com o tabaco mais suave para que a leitura corresse como uma nuvem.
A noite foi criada pelos boémios para os boémios. Nas mitologias grega e romana não consta que Diónisos ou Baco fossem dois coninhas preocupados com o fumo passivo. A sua importância na história da sociedade ocidental reflecte-se na Filosofia. O ócio e o fausto das nuvens de fumo nos speakeasy's de Chicago toldam uma memória e uma forma de vida que nunca hão-de morrer.
Mas é o puritanismo mesquinho e hipócrita que o homem vem alimentando desde sempre que está a matar uma cultura, uma liberdade individual, um prazer. E quem mata o prazer não merece um minuto de felicidade.
O fumo desaparece dos espaços públicos e as notícias mostram os protestos contra o Ministro da Saúde, uma fábrica que fecha em Santo Tirso sem aviso prévio aos trabalhadores, os acidentes de viação continuam e há pessoas mortas a tiro na passagem de ano.
Nem tudo o fumo levou! Feliz Ano Novo!
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
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