O Nuno, um dos elementos mais recentes do Clube dos Pinguins, decidiu brindar-nos com uma obra cinéfila francesa, datada de 1973, que dá pelo nome de Themroc, avisando-nos de antemão que iríamos assistir a um filme baseado em factos reais com cenas eventualmente chocantes e perturbadoras (inclusive canibalismo), mostrando o lado animalesco dos seres humanos a vir ao de cima.O filme, realizado por Claude Faraldo, conta com uma interpretação brutal de Michel Piccoli (personagem principal), acompanhado de uma série de actores franceses, sendo um deles identificado pelo Rui Spranger como o Coluche, um conhecido cómico francês. No meio de diálogos intelígiveis, grunhidos e urros, Themroc retrata a revolta de um operário francês perante a sociedade e a sua constante monotonia, desenrolando a partir daí actos extremos que levam outros a unirem-se em protesto, numa espécie de orgia cómica e ao mesmo tempo mórbida. Uma vez que para "spoiler" já basta o Águia (eheh), acho que me vou ficar por aqui...
No final do filme, a tertúlia andou à volta de várias questões sociológicas e políticas, incluindo o facto da revolta de Maio de 68 ter marcado fortemente a sociedade francesa, o que acaba por ser abordado ao longo do filme. A partir daí foram várias as histórias contadas quer pelo Nuno, quer pelo Rui sobre as vivências de cada um em Paris, uma vez que lá moraram e assistiram a algumas manifestações. Comparando com a nossa situação, acabámos por concluir que Portugal é um país de demasiados brandos costumes, perdendo algumas vezes com isso, pois não somos capazes de nos unir e lutar pelos nossos direitos, como vemos outros países a fazê-lo.
Talvez se mais gente visse este filme, ficássemos com mais vontade de nos revoltar na próxima greve geral de 24 de Novembro. Só teríamos de treinar os grunhidos e partir tudo o que apareça à frente. Obrigado pela inspiração, Nuno!! :D
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