segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A metafísica do esquecimento

A morte do Joaquim levou-me a uma conversa com o Spranger sobre a falta das conversas em tertúlia, das discussões, das paixões, etc. Curiosamente nenhum dos dois falou no Clube. Por que será? Por que motivo nos terá passado completamente ao lado uma coisa de que gostamos tanto e que vimos morrer com grande tristeza?
Julgo que a resposta é fácil. Não por eu ser um indivíduo brilhante - porque sou - mas porque é óbvia. O esquecimento do clube é igual a todos os outros esquecimentos. Mudámos. Deixámos de olhá-lo como uma prioridade. Deixámos de querer partilhar, e um dos erros de quem partilha em grupo é demitir-se da partilha.
No meu crer, as comunidades só funcionam se todos remarem para o mesmo lado. De nada interessa a paixão se não houver sacrifício, e o clube é como um amor que queremos preservar - uma estrada que conduzimos juntos, lado a lado.

1 comentário:

Mosquitto disse...

Nem morreu, nem passou ao lado. As pessoas estão cá, e estas nunca se esquecem!
Um abraço