Bem, tenho de vos dizer que a culpa de ainda não ter escrito a crónica da sessão passada é do João. Pois é... o problema é que agora nos meus tempos livres, tenho estado entretido a jogar xadrez em vez de escrever. E só agora é que me decidi a relatar a última sessão do Clube dos Pinguins, fazendo um intervalo do chess.com.
Na última sessão, o João decidiu uma abordagem diferente na apresentação da sua paixão: o xadrez. Uma mesa bem iluminada no meio da cave, apenas com o tabuleiro em cima e várias cadeiras vazias em volta. Começou por explicar algumas regras básicas para quem não estava familiarizado e dividiu-nos em duas equipas. Única regra do jogo: cada movimento realizado deveria ser acompanhado de uma explicação do motivo por detrás dessa escolha. Esta abordagem adicionou uma camada educativa e estratégica ao jogo, permitindo-nos entender melhor as decisões e raciocínios dos nossos "adversários".
A minha equipa começou muito bem e conseguimos capturar mais peças do que a equipa adversária e o jogo parecia estar praticamente ganho. A nossa estratégia estava a funcionar e estávamos confiantes na vitória.
No entanto, a situação tomou um rumo inesperado. A outra equipa, que parecia estar em desvantagem, conseguiu dar a volta ao jogo de maneira surpreendente. Lembro-me da Olga não parar de dizer: "Mas por que é que não moveste o raio da torre? Por que é que não fizeste aquele movimento?" Estas perguntas refletiam o nosso choque e frustração ao ver o jogo a fugir-nos das mãos. E nessa altura já o Tiago gritava: "Não lhes digam o que vamos fazer, que isto é cheque-mate em 3 jogadas!". Não foi e aí o João decidiu tomar as rédeas do final de jogo a perseguir o nosso rei, até o encurralar num cheque-mate dilacerante, em apenas 343 jogadas.
Foi uma sessão extremamente divertida e pedagógica, que mostrou a importância de pensar cada movimento no xadrez e como um pequeno erro pode alterar completamente o rumo do jogo. Esta experiência ensinou-nos a analisar cuidadosamente cada decisão e a antecipar as jogadas dos adversários com maior precisão.
Agora que tive a oportunidade de escrever sobre esta sessão, vou voltar ao chess online e espero encontrar-vos lá nas mesas. Ou pelo menos ao João, para ter a desforra.