E uma quinta-feira o Águia esvoaçou até à cave para nos dar a conhecer Max Richter, este senhor aqui em baixo...
Trata-se de um compositor Britânico de origem Alemã. Estudou composição e piano na Universidade de Edimburgo e fundou, após ter terminado os estudos, o Piano Circus, com mais cinco pianistas. Participou neste projecto durante dez anos, primeiro como pianista e mais tarde como compositor.
Em 2002 lança o seu primeiro álbum a solo, Memoryhouse onde explora histórias reais e imaginárias criando um estilo de música experimental que denomina de “documentary music”. Seguiram-se The blue notebooks (2004), Songs from before (2006), 24 Postcards in Full Color (2008), From the Art of Mirrors (2009) e Infra (2010).
Max Richter foi também responsável pela banda sonora de filmes como “Valsa por Bashir”, “Shutter Island”(entre outros).
Nas suas músicas Max Richter usa samplers de origens variadas: sons de ambiente, vozes e leituras de textos (Kafka, Murakami,...).
Da (falsa) simplicidade do som do piano a solo até à sumptuosidade de uma orquestra, todas as músicas deste compositor têm uma capacidade em comum: gerar emoções.
Pois não é essa a função da arte? Oiçamos então arte!
Deixo-vos um -mui pessoal, umbiguísta e de (in)questionáveis critérios- cardápio de músicas e sensações:
“On the nature of daylight” o dia chega cheio de nostalgia e inquietação…
“Embers” transporta-me em melancólicos voos de serenidade…
O hipnótico “November” que me descompassa o coração e a respiração…
A beleza mesmerizante e sombria de “Sarajevo”…
A grandiosidade esmagadora de “Last days”…
Infra 5 – que me traz uma emoção que não lhe sei o nome e por isso inventei-lhe um: Soluptioso
Sr. Águia, muito grata pela partilha, sigo pela vida com o Memory House debaixo do braço e um caleidoscópio de emoções no regaço!