domingo, 26 de junho de 2011

"She Wants Revenge" ao vivo na cave do Pinguim

Não, não foi bem ao vivo... mas parecia :D

No passado dia 2 de Junho, o Águia fez descer à cave uma das suas grandes paixões e que, pelas suas próprias palavras, o "define": a banda She Wants Revenge.

She Wants Revenge é uma banda norte-americana, formada na Califórnia em 2005 e segundo o "apaixonado", retrata nas suas letras as relações, as mulheres e a noite. São, de facto, estes temas centrais que se estendem ao longo da sua discografia, e que tem influências sonoras nos Bauhaus, Joy division, New Order, Depeche Mode, entre outros.

Aconselho vivamente a ouvirem (e já agora a verem) o videoclip da música Written In Blood, do álbum This Is Forever de 2007, uma vez que demonstra a sensualidade e a sonoridade das suas músicas, bem como o lado "negro" da banda:



A noite foi passada a ouvir uma selecção (extremamente difícil, segundo o Águia) das melhores músicas, mostrando os vários lados desta banda que definitivamente me ficou no ouvido.

sábado, 18 de junho de 2011

Dupla sessão 24 Party People e Control

Antes de mais quero pedir desculpa pela demora deste post...

O que se pode dizer da sessão dupla do André? Que simplesmente é sobre a música que marcou uma viragem e uma ruptura sonora entre um passado repetitivo da música e a nova vaga de sons, que ditam de uma forma bem vincada, o que se irá ouvir nos tempos que hoje correm.
Esta mudança é nos mostrada através de duas obras cinematográficas, que são na sua essência um registo visual da ruptura que falo anteriormente.
Mas vamos por partes (partes essas que irei dar o nome visão da ruptura 1 e 2 seguido pelo nome da obra cinematográfica).

Visão da ruptura 1 :

“24 party people”. (filme filmado de forma documental )
Filme de 2002 realizado por Michael Winterbottom

Corre o ano de 1976, Tony Wilson, apresentador de um programa de música da Granada Tv, mantêm uma busca constante pelos novos sons que marcaram uma década ou uma viragem no espectro musical, e assim vai trazendo ao seu programa novas bandas.
Descontente pela falta de inovação, decide ele próprio ir à “caça” de novos talentos musicais, para assim ser aquele que trará a boa nova musical ao mundo musical Inglês e mundial.

Esta “caça inicia-se”
Nessa constante busca utópica cria uma record label e bar, a Factory, onde ai resolve abrir os braços e mostrar ao mundo, e ás pessoas ávidas de novidades musicais, a sua “caça”. Entre eles estão os Buzzcock´s, A Certain Ratio, Vini Reilly e Durutti Column e os Joy Division (a utopia era de tal forma grande que com os Joy Division ele assina o contrato com o seu próprio sangue).

Após o suicídio de Ian Curtis o filme toma um rumo diferente, também reflexo de uma certa evolução “dançante” da musica na noite de Manchester, e ai Tony Wilson funda a Hancienda.
Na Hancienda ele mostranos o nascimento da Rave Culture, onde o publico já não aplaude as bandas, mas sim o DJ, esse passador de música que faz o publico vibrar com os sons que cria ou recria.
Mas antes disso, ele mostra-nos o nascimento dos New Order (banda fundada após o suicídio de Ian Curtis, com os membros dos Joy Division) mas cai muito na historia dos Happy Mondays e de toda a sua irreverência.
Este filme acaba com o fecho da Hancienda devido à falência da label Factory e por ultimo, mesmo no fim do filme Tony Wilson vê Deus... e torna-se sim o messias da música que hoje em dia ouvimos.

Visão da ruptura 2 :

Control (filme biográfico)
Filme de 2007 realizado por Anton Corbijn

Filme de 2007, é um filme biográfico a preto e branco que nos fala de Ian Curtis, vocalista dos Joy Division.
Filme baseado no livro escrito pela viúva de Ian (Deborah Curtis) “Touching from a distance”.

Aqui é nos apresentada a vida de Ian desde 1973 até 1980, focando o casamento de Ian, na formação e vida dos Joy Division, nos casos de epilepsia de Ian e no caso extra matrimonial de Ian com Annik (jornalista francesa) culminando com o seu assassinato em Maio de 1980.

Através deste filme conseguimos ver as influencias de Ian Curtis e toda a sua dedicação a banda e a musica que transmite, pois mesmo com os ataques de epilepsia ele nunca para de nos transmitir a sua musica.
Aqui e nos dado de mão dada toda a paixão e revolução musical feita pelos Joy Division que até aos dias de hoje perdura que influencia todo o panorama musical dos dias de correm.

Conseguimos entender a razão das suas musicas e das letras, conseguimos vivenciar toda a vontade de mudança interior de Ian Curtis, que apenas nos transmite essa mudança, essa mudança dos tempos da musica que se ouvia para a que, posteriormente se ouve. Porem ele é um professor que apenas ensina o publico, mas que não aprende, pois nem toda a sua revolta interior e tudo o que nos transmitiu não foi suficiente para ele próprio aprender e sair da sua angustia interior, pois falhou ao ensinar-se a si próprio, falhou em ele próprio conseguir entender o que transmitia, e isso leva-o ao suicídio.
Para terminar este post da sessão dupla de André, gostaria de dizer que ambos estes filmes são as obras cinematográficas mais marcantes para entender a musica que se ouve hoje em dia, pois tornam-se necessários ver para entender o que ouvimos nos tempos que correm.

http://www.youtube.com/watch?v=A1Qz2x94q6A

http://www.youtube.com/watch?v=7c2_B_cWK_M

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Planos de Sequência /Long Takes

O Hugo Valter e o Águia preparam uma noite literalmente de filmes “non stop”, ou seja o tema eleito foi os planos de sequência.



Ora como fica sempre bem, vamos definir o que é um plano de sequência antes de avançar:
Um plano de sequência no cinema consiste numa cena filmada num único “take”, sem cortes, e com várias acções interligadas e encadeadas, que podem acontecer em ambientes distintos com vários intervenientes.



A primeira vista parece fácil…!



Mas na realidade para obter uma cena em plano de sequência é necessário um verdadeiro trabalho de equipa desde dos actores até as equipas de filmagem. Uma única falha de um elemento no último segundo obriga a refazer desde do início a cena toda por inteiro.



É como se fosse um bailado interminável, entre o actor e a câmara onde eles nunca se tocam mas nunca se deixam de olhar, e cada vez que o actor dá um passo no seu bailado, a câmara tem de acompanhar movendo-se, adaptando se à nova cena, reajustando as luzes, som e simultaneamente esconder os fios, equipamento de produção, e equipa de realização.



Chega de metáforas, agora factos!



Quando surgiram os primeiros planos de sequência?
Basicamente os planos de sequência surgem simultaneamente com a indústria cinematográfica, na verdade os primeiros filmes alguma vez produzidos eram na sua maioria filmados em longos “takes” sem cortes e sem edição. Em 1948, o filme “ROPE” de Alfred Hitchcock é na verdade um filme criado pelo corte e união uma série de longos “takes” de 8 a 10 min, de forma a obter uma história final com linha condutora. Neste caso este plano de sequência foi bem-sucedido porque a acção do filme decorre numa única sala durante 80 minutes, logo não existam os problemas de mover a câmara e ajustar as luzes entre outras coisas.



Qual o plano de sequência mais longo?
Segundo as minhas pesquisas o plano de sequência mais longo da história do cinema é o filme “Russian Ark” de Alexander Sokurov ,um filme de 2002 filmado inteiramente num só “take” de 99 min
Curiosidades: Dado que o museu Hermitage só podia estar fechado um dia o filme teve de ser filmado apenas nesse dia. As primeiras tentativas falharam mas, a quarta tentativa foi de vez.

Quais os planos de sequência mais famosos?
Touch of Evil (1958) – The Opening Shot - dir. Orson Welles
Goodfellas (1990) – The Copacabana club scene – dir. Martin Scorsese
Boogie Nights (1997) – The Opening Shot in the Club – dir. Paul Thomas Anderson
…entre outros é claro



Planos de sequência fora do contexto da indústria cinematográfica:


Videoclips por exemplo:
OK GO “This Too Shall Pass” ; “Here it goes again”; “White Knuckles” (sou fã!!)

Erykah Badu – Window Seat



Na televisão temos os spots de publicitários por exemplo:
Whiskey Jonhnnie Walker,


Bem este “Post” está se a transformar num plano de sequência que nunca mais termina portanto será melhor dar os parabéns aos organizadores por uma sessão muito interessante.