Há algo que me tem deixado a pensar nestes últimos dias... Tenho vindo a visitar o nosso blog regularmente e tenho-me deparado sempre com a mesma fotografia no quadrado da esperança e sempre que olho para a fotografia ponho-me a pensar:
A rapariga nasceu em 1987 e desapareceu em 1994. Tinha então 7 anos e a foto, na melhor das hipóteses, é dessa altura. Ora, estamos em 2006 e já se passaram 12 anos (!!!), o que significa que a rapariga tem 19 anos. Como é que será possível encontrar uma criança que já não é uma criança??? Como posso eu olhar para uma rapariga de 19 anos a pensar que será a menina da foto?? Eu se olhar para uma rapariga de 19 anos, posso reparar em montes de coisas (um homem não é cego, se é que me entendem...)), mas a última coisa que me passará pela cabeça é lembrar-me da menina da foto.
Acho que o projecto é mais para nos deixar um alerta, não cair no esquecimento de que estas coisas acontecem e que o mundo não é um mar de rosas.
4 comentários:
O passar do tempo (anos...) é o maior inimigo para quem investiga estes casos e procura crianças desaparecidas. Ao fim de 1 ou 2 anos a esperança numa investigação destas é quase nula, fica a da familia e amigos e todos aqueles que não podem esquecer, sobretudo que estas histórias se repetem e amanhã podem acontecer mto proximas de nós e dos nossos...
Este projecto é para já, como dizes mto bem, fotos de esperança!
Já agora...
As crianças desaparecidas neste projecto não são apenas casos antigos. A intenção do site (tanto quanto sei) é faze-lo crescer e alargar a mais desparecidos. A criança da actual lista q desapareceu mais recentemente está nesta situação desde fevereiro de 2006.
Se quiserem saber mais sigam os links, no site principal há uma ligação À pag de desaparecidos da PJ.
Desculpem-me lá tanta informação...
Pois é Hugo, compreendo bem o teu ponto de vista e concordo que provavelmente nunca irá dar em nada ver uma fotografia com a diferença de 12 anos. Mas há um merito que a ideia tem, obrigar as pessoas a encarar a realidade das crianças desaparecidas em vez de olhar para o lado como se isso não existisse.
Talvez desta forma a pressão social aumente e as policias sejam dotadas de mais e melhores recursos.
Vieira, tens toda a razão. Lembrar para não esquecer. Era mais ou menos isso que eu queria dizer na minha última frase.
Tó, eu também já reparei que há casos mais recentes e o link para a página da PJ mostra alguns desses casos.
E descobri que em Inglaterra há um computador que vai "advinhando" as modificações faciais, gerando imagens robots do que será o aspecto actual das crianças desaparecidas há muito tempo. Agora falta saber se essa "magia" tem ou não os seus frutos...
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