sábado, 16 de junho de 2007

Rio suicida

Vamos lá tentar separar as águas.

No caso Rivoli há situações que não podem ser analisadas cumulativamente e colocadas no mesmo saco. São farinhas diferentes.
Quando em tempos colaborei na organização de espectáculos numa colectividade local, o grosso do respectivo público eram pessoas que nos eram próximas (família, amigos, etc.), o que me deixava um pouco triste e revoltado, já que a comunidade em si não queria aderir, preferindo o baile da paróquia e o espectáculo revisteiro. Havia aqui, um grave problema de formação de públicos, cuja génese estava, e está, na inexistência de uma política cultural forte e de longo prazo.
No entanto, eu não posso condenar a comunidade por isso. É uma questão enraizada e que faz parte de uma só luta, que é legítima, mas que não pode ser nem autista nem elitista. Este é um dos problemas em relação à política cultural do Porto.

Em segundo plano, temos a questão política financeira. Esta mais complexa por ser tão material e técnica. Uma decisão sobre uma concessão não é mais que uma decisão imediata que pretende solucionar um problema que o executivo entende que tem de ser resolvido.
Ora, se eu não estou de acordo com uma decisão camarária, posso manifestar essa insatisfação em Assembleia Municipal, é um dos mecanismos legítimos. Em última análise poderei juntar um grupo generoso de interessados e manifestar o meu descontentamento por escrito, formalizando assim a opinião mais do que válida dos munícipes. Se a questão envolver irregularidades então deve-se recorrer aos tribunais.

Não devemos, contudo, esquecer que as eleições autárquicas são uma forma de manifestação da vontade geral. Neste caso, se o actual executivo voltar a ganhar com as suas políticas culturais, financeiras, etc. temos de as aceitar democraticamente. E mesmo nas acções de campanha podemos colaborar com aqueles que achamos que defendem mais e melhor os nossos interesses. Se mesmo assim não estivermos satisfeitos e passarmos a vida insatisfeitos, podemos sempre fazer-nos valer do factor migratório.

Em terceiro lugar, temos a qualidade dos espectáculos de Felipe La Feria. Bem, em certa medida já falei desse assunto aqui. De qualquer forma, acrescento que se o povo aderir em massa voltamos aqui à questão da formação de públicos (escusam de dizer que agora estou eu a misturar, porque esse raciocínio seria infeliz). Podemos apenas dizer que no momento é aquilo que as pessoas procuram, ou que lhes chega chapadinho na cara. Não há nada a fazer senão contribuir para a mudança de mentalidades. La Feria está apenas a fazer aquilo que sabe, as críticas no plano artístico não podem caber nesta luta. É um assunto que cabe apenas no plano artístico, na sua estética e respectiva crítica.

A luta pelo Rivoli tornou-se num rio suicida. São tantas as coisas contra as quais se protesta simultaneamente que acaba por não se estar a protestar contra nada. Como um rio que desagua no deserto. A sua corrente não tem finalidade e morre automaticamente.
Não é a luta que é ilegítima, mas sim as formas que ela toma.

Nota: Este post era para ser um comentário ao Rivolução, por resposta a outros comentários, mas como se foi alongando decidi fazê-lo. Peço por isso desculpa ao Rui Spranger por ter ocupado «o mesmo espaço». Não queria de forma alguma tapar o teu, for the record!

19 comentários:

GRaNel disse...

Como o disse no post do Spranger não voltarei a falar de Rivoli. Assinalo só a leitura.

Anónimo disse...

Mais do que a questão Rivoli há outra que me motiva mais o comentário:

"Artigo 45.º
(Direito de reunião e de manifestação)


1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.

2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação."


Mesmo assim, foi pedida autorização e este pedido foi aceite pelo Governo Civil do Porto, com a condição de estar a cinco metros de uma linha de segurança e parece que esteve.

Não houve formas ilegítimas, que eu saiba.

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Tal como as pessoas têm de saber distinguir quando é tempo de se manifestarem na rua e tempo de se queixarem nos tribunais ou pedirem para falar numa assembleia municipal (sabes a que horas fala a população numa AM?), quem critica também tem de saber distinguir entre uns carros incendiados ou uns tomates e ovos podres e uma manifestação quase silenciosa, vigorosa mas não instrusiva, cumprindo uma distância de segurança pré-determinada.

Anónimo disse...

Pois, se calhar é melhor leres bem o texto. Fizeste um juízo desatento e que te induziu em erro. Eu não critiquei qualquer tipo de manifestação. Lê o texto outra vez.
Não vou repetir o que disse.

Rui Spranger disse...

"Nao é a luta que é iligítima mas as formas que ela toma". Lamento Jorge mas parece-me que de alguma forma o Filinto leu bem o post.
Já tinhamos percebido quais as formas de luta que defendes, eleicoes, assembleia municipal, tribunais..., no teu comentário ao meu post.
Aqui trata-se só da luta de um teatro, no qual se gastaram milhoes na sua recuperacao para servir a cidade e que neste momento serve interesses privados e puramente políticos.
Talvez nao tenhas tido tempo para leres os sites que aqui deixei, mas deixo aqui uma pequena citacao sobre a questao financeira:
"a pergunta de Miguel von Hafe, que questionou a razão de o gabinete da presidência dispor de 550 mil euros para publicidade e a Culturporto de, apenas, 48 mil euros?"
Em relacao à citacao só faco um reparo, a Culturporto aqui so conta porque já nesta altura estava so limitada a programar o Rivoli e é sobre o teatro que estamos a falar.
Um ponto importante que quero deixar claro é que participo nesta luta enquanto cidadao e nao enquanto criador teatral, pois como sabes, trabalho num circuito menos "oficial".
Para terminar, quero só dizer que também eu consigo fazer o discurso da defesa de Rui Rio e defender o caminho que ele deu ao Rivoli. Mas como em qualquer luta, o importante, é escolher o lado.

PS- Acho optimo que tenhas feito um post sobre a questao. A discussao assim continua, o que me agrada. :P

Bons estudos!

Anónimo disse...

Não repitas, eu faço copy+paste:

"Ora, se eu não estou de acordo com uma decisão camarária, posso manifestar essa insatisfação em Assembleia Municipal, é um dos mecanismos legítimos. Em última análise poderei juntar um grupo generoso de interessados e manifestar o meu descontentamento por escrito, formalizando assim a opinião mais do que válida dos munícipes. Se a questão envolver irregularidades então deve-se recorrer aos tribunais.

Não devemos, contudo, esquecer que as eleições autárquicas são uma forma de manifestação da vontade geral (...) Se mesmo assim não estivermos satisfeitos e passarmos a vida insatisfeitos, podemos sempre fazer-nos valer do factor migratório."

Hugo Valter disse...

O Rui tem toda a razão. Esta luta é por um teatro, por um teatro que era da cidade para a a cidade. Por todas as ilegalidades que houve pelos falsos concursos e pelas mentiras que são ditas. Esta luta não é contra o trabalho do La Féria (apesar de ás vezes algumas pessoas misturarem as coisas), mas sim contra a manipulação que houve para lhe ceder o espaço de mão beijada sem perguntarem opiniões, como se tratasse de uma simples camisa que se troca porque está suja.
Eu também luto como cidadão desta cidade e, principalmente, como espectador de teatro. Eu quero voltar a ver Novo Circo e quero voltar a ver bailado. É que perdemos a única casa multicultural que tinhamos no Porto e agora fica seis meses ocupada com um só espectáculo.
Tens toda a razão no teu primeiro parágrafo e o grande problema nasce daí, da falta de formação cultural e se falta espectáculos de massas para atrair pessoas aos teatros, então que se faça, mas sem estrangular o trabalho dos outros ou "apagá-los" do mapa.

Rui Vieira disse...

Continuo a ler em defesa de Rui Rio que com a concessão do espaço foi resolvido um problema camarário. Pois eu continuo a achar um argumento falacioso.
Rui Rio, como qualquer dirigente, define prioridades, onde prefere gastar o seu orçamento.
Ficamos a saber que Rui Rio prefere "D.Elviras" na Av. da Boavista, neve na 31 de Janeiro, mega-party na ribeira, aviões sobre o Douro, bailaricos da Rádio Festival pelo S.João... acreditem a lista continua.
Tal como La Feria, Rui Rio faz aquilo que sabe. Lamento é que saiba tão pouco, que a sua obstinação o impeça de ver mais além. Que graças à sua mediocridade jovens empenhados não consigam atrair público porque a cultura nunca foi prioridade politica.
E permitam-me solidariazar com a linguagem algo forte do Hugo. Para ele esta questão não é apenas retórica barata. É um projecto de vida.
Por ultimo, Jorge, sabes muito bem que as eleições não validam todas as opções politicas de uma lista, que muitas vezes(para não dizer a sua maioria) nem sequer valida nada a não ser "clubites partidárias", manipulações de marketing politico ou alheamento eleitoral. É por isso que isso existe manifestações. Que as pessoas se associam pacificamente e dizem "esta situação não é justa". E quanto mais autista for o dirigente politico, mais necessidade existe de manifestações.

Anónimo disse...

Vamos por partes.

Em nenhuma altura do meu texto eu referi que as manifestações eram ilegítimas. É má vontade vossa e uma tentativa falhada de tentarem colocar-me de um dos lados da barricada. Pois digo-vos que não estou de lado absolutamente nenhum.

O que eu disse e que volto a repetir, porque pelos vistos é necessário, foi que há que separar as águas, caso contrário corre-se o risco de não se ser ouvido, se se pretende de facto sê-lo. Os parágrafos copiados exprimem parte do meu raciocínio, que foi assim subvertido.

De resto, os diferentes comentários, manifestam opiniões sobre situações diferentes, que no fundo foi aquilo que eu disse. Há uma série de questões pertinentes. Em sede própria elas podem ser resolvidas. Quando se fala ao mesmo tempo de muitas coisas é capaz de não dar resultado. Ninguém se ouve.

Manifestem-se à vontade, se é a vossa luta, o vosso descontentamento. Mas façam-no de forma organizada. Porque o que se tem visto é que não há qualquer tipo de organização na reivindicação. A própria argumentação é fraca e muitas vezes falaciosa. Como de resto se vê nos vossos comentários (em matéria de organização). Um contra o Rio, o outro contra a finalidade do teatro, o outro contra a concessão e outro pelo direito à manifestação.

Quanto ao descontentamento político, já disse mais de 100 vezes, as assembleias municipais existem para alguma coisa.

Peço desculpa Rui, mas ainda não vi os links que deixaste, irei ler certamente mais tarde, quando estiver mais livre.

Anónimo disse...

Não vale a pena, o post está aí para quem quiser ler e o motivo próximo da sua publicação é a manif, tema do post do Rui. Mas isto é uma discussão paralela, continuem!

Anónimo disse...

Não, é a desorganização de ideias a manifestar, mais uma vez. Por isso o post intitula-se Rio Suicida. Tu quereres que seja a manifestação é uma coisa, o que realmente diz é outra.
Talvez não me tenha expressado bem. Prometo que vou trabalhar melhor o meu Português. Faltei às lições de Português na altura do PREC. :P

Rui Spranger disse...

Vamos por partes.

1- Realmente acho que te expressaste mal, pois a ideia que passa é que és contra a manifestação e a forma da luta em si.

2 - Niguém defende a Culturporto.

3 - Toda a gente defende um Rivoli a prestar serviço público baseado na diversidade cultural e artística.

4 - Ninguém se manifesta contra o Filipe La Féria. A questão que se fala é que vamos ter até ao final do ano uma só produção.

5 - Rui Rio é o responsável por esta situalção e é naturalmente o alvo de todas as criticas.

6 - Os partidos da oposição (e são partidos legítimos) tem se manifestado sempre em sede própria e inclusive, interpuseram providências cautelares, bem como o fez a Plateia.

7 - Antes da atribuição da concessão fizeram-se abaixo-assinados.

8 - São vários também os artigos escritos sobre a situação em diversos orgãos de comunicação social.

...

Trata-se portanto de uma batalha com várias frentes, algumas delas organizadas, outras não.
Eu pessoalmente gosto de movimentos expontâneos e acho que na democracia actual fazem muito mais sentido do que as lutas e interesses partidários e dão vida à propria democracia.

Portanto, Jorge, continua sem perceber o que é que quiseste dizer, pois os teus comentários baralharam-me ainda mais.

Rui Spranger disse...

*continuo

Anónimo disse...

Mais uma vez e pela última vez:

O post e os meus comentários vão no sentido de criticar a forma como se transmite a mensagem em manifestação, a sua desorganização. É desde a primeira frase aquilo que quis dizer, não aquilo que quiseram fazer parecer que eu disse. Isso é, no mínimo, desonesto.
A tua primeira observação cai logo no vazio com os meus comentários em que repeti enumeras vezes que era a desorganização da mensagem, mas essa parte não leste. Nem tu, nem ninguém. Não percebo porquê, Eu disse umas 3 ou 4 vezes, a metáfora do rio suicida está lá. Falei que eram matérias diferentes e que por revolta as pessoas misturavam e a luta deixava de fazer sentido. Não a essência da luta, mas a forma que ela toma, por ser desorganizada, incoerente e fútil!
É a minha opinião e eu tenho direito de expressá-la.

Rui Spranger disse...

Finalmente percebi o que é que quiseste dizer. Ao fim e ao cabo estavas a falar das manifestacoes. Provavelmente daquela em específico.
Pois bem:
Se bem te lembras eu nao estava muito entusiasmado com a manif, mesmo quando o Filinto disse que ia ser diferente. Falámos disso na ultima sessao do clube e eu até disse que nao contava ir. Mudei de ideias e lá fui, num misto de curiosidade e de vontade de me solidarizar com os meus colegas.
Se houve alguma coisa que aquela manif teve, foi precisamente organizacao. Havia 3 porta-vozes destacados, havia um princípio de silencio, contavam ter 500 pessoas e fizeram 800 fotocópias com um "R" para identificar os manifestantes (a organizacao falhou aqui porque apareceram mais de mil pessoas e nao havia "R"s para todos). Às 21h30 acabou o silencio e toda a gente gritava a mesma palavra de ordem "vergonha". Distribuiram-se vários textos e comunicados.
Onde é que foste buscar a ideia da desorganizacao?

Por fim Jorge, acho que o principal problema do nao entendimento do teu texto está precisamente no facto de nao quereres tomar nenhum partido. Neste caso nao pode haver discursos neutros.
A abstencao até pode ser uma forma de manifestacao, mas que eu saiba a abstencao nunca foi nem pode ser opinativa.
Eu acredito que a tua intencao fosse outra, mas lamento (e prova-se pelos comentários) a interpretacao das tuas palavras foi naturalmente a oposta à que tu pretendias.
Toda a gente se expressou aqui sinceramente e acho lamentável que de repente cries a sensacao de que te foi movida uma perseguicao e que acuses as pessoas de desonestidade e de subverterem as tuas palavras.

Eu gosto destas discussoes, encaro-as sempre de uma forma saudável e como um exercício de inteligencia mas, com todo o respeito e amizade sincera que te tenho, nao posso aceitar nenhuma das acusacoes que nos fizeste.

Anónimo disse...

Fui buscar a desorganização à merda do texto de comunicado que parecia uma reivindicação de adolescentes para sairem à noite. Não queres perceber tudo bem! Eu não falei em manifestação! Manifestar descontentamento ou mostrar descontentamento parte de uma ideia. E é essa a ideia que está desorganizada. Tu não queres perceber, queres fazer-me passar por burro, mas não fazes. Porque quem souber ler percebe o que quis dizer.
Foi a última vez que falei disto porque no fundo estou a pregar para o ar. Faz lembrar o Gato Fedorento num sketch em que um tipo denuncia dirigentes desportivos e o jornalista continuava constantemente a dizer que o senhor não dava nomes, e o senhor sempre a repetir nomes.

Não tomo uma posição porque eu tenho uma posição em relação à arte e cultura, que posso discutir noutro contexto, porque dela sou um activo participante. Não me queiram confundir. Eu só tentei estabelecer um ponto de equilibrio para que não se discutisse tudo ao monte e fé em Deus.

Se a interpretação foi outra daquela que eu pretendia, das 2 uma ou vocês são burros ou são mauzinhos. Como não vos tenho por burros devo depreender que quiseram ser maus. Os meus comentários são sólidos e coerentes e se quiseres levo-os em papel numa próxima e discutimos directamente. levo é mais caro por lições de Português. Quando escrevo para vocês tenho sempre em conta que percebam a ambiguidade das palavras e que não me vão pôr uma máscara de lambe cús ou de reacionário, mas põem e isso irrita-me porque eu nunca esteriotipei ninguém, nem sou desonesto a discutir.

Se não é desonestidade o que é?
Expliquei tim tim por tim tim o que queria dizer em todos os comentários, fui coerente, arranjei uma metáfora perceptivel. Disse não estou contra a manifestação mas sim contra a forma que ela toma. Manifestação material, a ideia que está contida nela, não o facto de as pessoas irem para lá, é a ideia dela, que conjuga imensas coisas ao mesmo tempo, como o flyer que entregavam,muita poesia mas pouco conteudo. O que precisas que diga mais? É um desespero explicar alguma coisa aqui. Tipo «é preto e branco» «mas tu disseste que era preto» «não, eu disse que era preto e branco» «tás a ver? disseste que era preto». Explica lá o que é isto? Desonestidade, burrice, maldade ou cegueira? Porque de positivo nestas respostas não vejo nada! Não explico mais as minhas palavras aqui. No fundo não se discutiu o post mas as minhas palavras, que são, no meu entender, bem claras e precisas.
Concluo que vocês têm um ódio pelo Rui Rio! O ódio é inimigo da razão e talvez seja isso que vos faz deturpar as minhas palavras. Faz lembrar o idiota do Vasco Gonçalves «Ou se está com a reacção ou se está com a Revolução, não há cá 3as vias nem coisa nenhuma.» E tudo o que estiver contra é para abater. Não me parece sensato nem muito inteligente do ponto de vista da luta política. Talvez por ter essa atitude é que os partidos extremistas têm uma baixa votação.

Este foi o meu último comentário neste assunto.

(Devo apenas fazer um reparo para que não interpretem as minhas palavras agressivas como afrontas pessoais. Isto é uma discussão forte e como tal leva a ataques mais fortes, aos quais estou habituado. Se ferir a susceptibilidade de alguém queiram dizer, porque não quero de forma alguma levar isto para um campo pessoal. Uma vez isso aconteceu e não gostava que voltasse a acontecer. E para quem está de fora, devo lembrar que tanto eu como o Spranger e o Filinto não perdemos a amizade que nos liga simplesmente por discordar. É este o sal da vida. A porrada!)

Rui Spranger disse...

Uma resposta curta:

Tu escreveste um post que nao leste.
Le-o friamente e ve lá o que ele realmente diz.

jorge c. disse...

Ahahahahahahahahahaha!
Essa foi de rir! Devias ser político! Autarca, ficava-te bem!

Rui Spranger disse...

O meu post e o teu acabaram por trazer algumas discussoes interessantes e levou gente a marcar posicoes.
Agora já chegou ao ponto de cumprir o seu proprio título "Rio Suicida".


Já se transformou numa verdadeira anedota!

Acabei de o reler e teve o mesmo efeito que o meu anterior comentario te provocou.
Uma enorme gargalhada!

Entretanto, muito obrigado pelo teu elogio final. Vindo de outra pessoa até acharia que poderia ser insultuoso, mas como sei o respeito que tu tens pelo sistema democrático instalado e pela legítimidade que dás às decisoes dos nossos autarcas, só posso ficar-te imensamente grato pelas tuas palavras e dizer-te até que me puseste a sonhar, pois já houve autarcas que chegaram a ministros e até Presidente da Républica. Se te ouvisse mais talveyz tivesse um futuro brilhante à minha frente. Pena foi ter já feito uma outra escolha para a minha vida!

Um abraco e mais uma vez, obrigado!

Bons estudos!

Anónimo disse...

Andamos mesmo desencontrados. É que agora, já que não compreendias a minha linguagem séria e normal, eu adoptei um discurso semelhante ao teu, contra o poder.

Um abraço!