E no longínquo dia 15 de março o Hugo Pereira falou-nos de arte através do caso da Marla Olmstead. É uma miúda que aos quatro anos de idade consegui fama internacional graças às suas supostas capacidades artísticas quasi-Pollock.
Tudo corria bem até ao dia em que é alvo de uma reportagem do programa "60 Minutes" e nela é levantada a possibilidade da autoria ser conjunta com o seu pai. Segue-se uma desvalorização dos quadros, tentativa de novamente ganhar a confiança do público (através de um DVD making of), mas de novo dúvidas são levantadas, desta vez pelas mãos do filme documentário "My Kid Could Paint That" (que foi quase todo exibido na sessão).
Basicamente os quadros comprovadamente dela (aqueles cujo processo de pintura foi registado em vídeo) parecem ter um estilo diferente daqueles cuja autoria não é tão clara. Por outro lado, é questionável a imparcialidade de ambos os documentários, suscitando a dúvida de os produtores estarem a tentar conseguir mais audiência.
A reação dos pais dela tanto aos "60 Minutes" como ao "My Kid Could Paint That" fez-me lembrar imenso a reação do casal McCann quando é constituído arguído. Acresce em ambos os casos o facto de o público formar uma opinião sobre a culpa dos pais com base na visão transmitida pela comunicação social, sempre sujeita a editorialização.
Contudo outra questão levantada nesta sessão prende-se com o valor atribuído a uma obra de arte. Que credibilidade têm os críticos? Um risco numa tela é uma obra de arte? Uma pintura feita por um elefante é uma obra de arte?
Uma boa discussão destas perguntas vem precisamente de uma das últimas paixões que trouxe ao Clube dos Pinguins: as conferências TED. Refiro-me a esta apresentação, que refere o caso da Marla:
Uma das características apontadas é a história do objeto. Os quadros alegadamente de Marla não sofrem alterações físicas, mas perdem valor perante suspeitas sobre a sua história.
E a sessão chegou ao fim sem respostas. E ainda bem. São as diferentes perceções de valor que fazem as ações subir e descer. E o mesmo se pode dizer do mercado imobiliário. E dos vinhos. E de umas colunas ou amplificador hi-fi...
Tudo corria bem até ao dia em que é alvo de uma reportagem do programa "60 Minutes" e nela é levantada a possibilidade da autoria ser conjunta com o seu pai. Segue-se uma desvalorização dos quadros, tentativa de novamente ganhar a confiança do público (através de um DVD making of), mas de novo dúvidas são levantadas, desta vez pelas mãos do filme documentário "My Kid Could Paint That" (que foi quase todo exibido na sessão).
Basicamente os quadros comprovadamente dela (aqueles cujo processo de pintura foi registado em vídeo) parecem ter um estilo diferente daqueles cuja autoria não é tão clara. Por outro lado, é questionável a imparcialidade de ambos os documentários, suscitando a dúvida de os produtores estarem a tentar conseguir mais audiência.
A reação dos pais dela tanto aos "60 Minutes" como ao "My Kid Could Paint That" fez-me lembrar imenso a reação do casal McCann quando é constituído arguído. Acresce em ambos os casos o facto de o público formar uma opinião sobre a culpa dos pais com base na visão transmitida pela comunicação social, sempre sujeita a editorialização.
Contudo outra questão levantada nesta sessão prende-se com o valor atribuído a uma obra de arte. Que credibilidade têm os críticos? Um risco numa tela é uma obra de arte? Uma pintura feita por um elefante é uma obra de arte?
Uma boa discussão destas perguntas vem precisamente de uma das últimas paixões que trouxe ao Clube dos Pinguins: as conferências TED. Refiro-me a esta apresentação, que refere o caso da Marla:
Uma das características apontadas é a história do objeto. Os quadros alegadamente de Marla não sofrem alterações físicas, mas perdem valor perante suspeitas sobre a sua história.
E a sessão chegou ao fim sem respostas. E ainda bem. São as diferentes perceções de valor que fazem as ações subir e descer. E o mesmo se pode dizer do mercado imobiliário. E dos vinhos. E de umas colunas ou amplificador hi-fi...
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