A sessão começou com uma foto da “Menina Nua “ de Henrique Moreira situada na Avenida dos Aliados. A Cláudia, a ilustre apresentadora, esboçava um sorriso de orelha a orelha e com grande orgulho, após uma breve introdução sobre a “Menina Nua”, disse que a sessão dessa noite iria ser sobre Escultura. O entusiasmo pinguinense levantou-se. Murmurinho para aqui, burburinho para ali, a Cláudia avançou segura e destemida. Não era só no Porto que se poderia encontrar esculturas, Gaia (terra que defendeu com brio) é riquíssima em escultura. De lá nasceram três grandes escultores Soares dos Reis, António Teixeira Lopes e Diogo Macedo. Seria sobre a obra destas três personalidades, que a sessão se iria debruçar.
Sobre Soares dos Reis a passagem foi curta, mas serviu de base para o resto da sessão. António Soares dos Reis nasceu em 1847 em Mafamude, Vila Nova de Gaia. Desde cedo começou a trabalhar na loja do pai, mas não lhe interessava continuar na loja, tinha jeito para o desenho e com o canivete fazia pequenos bonecos em madeira para se entreter.
O seu vizinho começou a reparar no talento no rapaz e convenceu (após algum custo) o pai deste a deixá-lo ir estudar para Belas Artes. Após cinco anos de curso e com grande reputação candidatou-se a uma bolsa em Paris. De Paris vai para Roma onde começou a trabalhar numa estátua em mármore (“O Desterrado”) para justificar a pensão que lhe era atribuída. Após algumas peripécias regressou ao Porto em 1872. Detentor de vários prémios, “O Desterrado” acabou por se tornar numa das obras mais emblemáticas de Soares dos Reis.
De seguida a Cláudia apresentou-nos António Teixeira Lopes, escultor com o qual se sentia mais à vontade, ou não trabalhasse ela no museu que alberga as suas obras.
António Teixeira Lopes nasceu em Gaia no ano de 1866. Frequentou a Academia de Belas Artes do Porto, tendo sido discípulo de Soares dos Reis e Marques de Oliveira, partindo depois para a escola de Belas Artes de Paris. Faleceu em 1942.
Grande parte da sua obra pode ser vista na Casa-Museu António Teixeira Lopes. A Cláudia quase nos fez uma visita virtual ao museu através das inúmeras fotografias que nos apresentou. Mostrou-nos a diferença entre Soares dos Reis e Teixeira Lopes, principalmente ao nível das expressões, mostrou-nos os trabalhos mais emblemáticos do escultor, quase ao pormenor e com uma grande paixão.
Vários dos seus “modelos” eram crianças, Teixeira Lopes adorava crianças e gostava de ter sempre a casa cheia de crianças. (“Não! Não era pedófilo!” - disse a Cláudia…) As esculturas de crianças deliciaram os pinguins…
Da obra de Teixeira Lopes vale a pena salientar as obras de vulto “Caim” (ver foto), “Ofélia” (foto mais abaixo) e “A Viúva”, a escultura tumular “Caridade”, as escultura monumental “Flora” e algumas imagens de carácter religioso.
A Cláudia passou depois para Diogo de Macedo, autor que também se encontra exposto na Casa-Museu António Teixeira Lopes.
Diogo de Macedo nasceu, igualmente, em Gaia no ano de 1889, vindo a falecer em 1959. Estudou Escultura na Academia de Belas-Artes do Porto onde teve como professores José de Brito, Marques Oliveira e Teixeira Lopes. Parte depois para Paris e depois para Montparnasse.
Diogo Macedo adorava História, por isso fez bastantes esculturas sobre personalidades conhecidas como Florbela Espanca, Camilo Castelo Branco, D. Sebastião, entre outros. O detalhe e a técnica nos seus trabalhos são notáveis.
A conversa voltou novamente a Teixeira Lopes (com as obras de vulto e tumulares) e finalizou com um vídeo-documentário sobre o restauro de uma escultura que tinha sido executado na Casa-Museu.
Para acabar, a Cláudia preparou um pequeno cenário interactivo, onde todos os pinguins podiam fazer as suas experiências com gesso. Havia formas de todos os tipos e tamanhos: Ursos, Peixes, Árvores, Gomos de Limão, mas a que teve mais sucesso e fez a delícia de todos os pinguinenses foi um molde para cubos de gelo em que as formas em vez de serem os tradicionais cubos eram pequenos Pinguins!
Toda a gente ficou deliciada com o gesso, de tal forma que parecíamos pequenas crianças a brincar, ansiosas para que o gesso secasse, para o tirar das formas e ver o tão esperado resultado. “Parecem os miúdos que costumam ir lá ao museu”, comentou espantada a Cláudia. E era bem verdade porque passado um pouco já se viam algumas caras desiludidas por a experiência ter corrido mal, mas o desânimo passou depressa quando se começou a “desembrulhar” os pinguins e os gomos de limão. Os pinguinenenses ficaram babados e maravilhados com aquelas pequenas relíquias e era ver quem mais “roubava”. No final, claro, toda a gente levou um pinguim em gesso para casa…
P.S.- Muito se disse e muito ficou por dizer! Isto de fazer um resumo da sessão nem sempre é fácil. Eu gostaria de ter feito um trabalho mais profundo, mas também não queria alongar muito o texto. É uma gestão muito complicada… Mas o melhor neste caso é ir aos museus e visitar as obras. Eles estão aqui a dois passos e não custa nada. E o certo é que a partir de hoje, todos nós vamos olhar com mais atenção para as estátuas e esculturas pelas quais passamos diariamente…
Sobre Soares dos Reis a passagem foi curta, mas serviu de base para o resto da sessão. António Soares dos Reis nasceu em 1847 em Mafamude, Vila Nova de Gaia. Desde cedo começou a trabalhar na loja do pai, mas não lhe interessava continuar na loja, tinha jeito para o desenho e com o canivete fazia pequenos bonecos em madeira para se entreter.
O seu vizinho começou a reparar no talento no rapaz e convenceu (após algum custo) o pai deste a deixá-lo ir estudar para Belas Artes. Após cinco anos de curso e com grande reputação candidatou-se a uma bolsa em Paris. De Paris vai para Roma onde começou a trabalhar numa estátua em mármore (“O Desterrado”) para justificar a pensão que lhe era atribuída. Após algumas peripécias regressou ao Porto em 1872. Detentor de vários prémios, “O Desterrado” acabou por se tornar numa das obras mais emblemáticas de Soares dos Reis.
De seguida a Cláudia apresentou-nos António Teixeira Lopes, escultor com o qual se sentia mais à vontade, ou não trabalhasse ela no museu que alberga as suas obras.
António Teixeira Lopes nasceu em Gaia no ano de 1866. Frequentou a Academia de Belas Artes do Porto, tendo sido discípulo de Soares dos Reis e Marques de Oliveira, partindo depois para a escola de Belas Artes de Paris. Faleceu em 1942.
Grande parte da sua obra pode ser vista na Casa-Museu António Teixeira Lopes. A Cláudia quase nos fez uma visita virtual ao museu através das inúmeras fotografias que nos apresentou. Mostrou-nos a diferença entre Soares dos Reis e Teixeira Lopes, principalmente ao nível das expressões, mostrou-nos os trabalhos mais emblemáticos do escultor, quase ao pormenor e com uma grande paixão.
Vários dos seus “modelos” eram crianças, Teixeira Lopes adorava crianças e gostava de ter sempre a casa cheia de crianças. (“Não! Não era pedófilo!” - disse a Cláudia…) As esculturas de crianças deliciaram os pinguins…
Da obra de Teixeira Lopes vale a pena salientar as obras de vulto “Caim” (ver foto), “Ofélia” (foto mais abaixo) e “A Viúva”, a escultura tumular “Caridade”, as escultura monumental “Flora” e algumas imagens de carácter religioso.
A Cláudia passou depois para Diogo de Macedo, autor que também se encontra exposto na Casa-Museu António Teixeira Lopes.
Diogo de Macedo nasceu, igualmente, em Gaia no ano de 1889, vindo a falecer em 1959. Estudou Escultura na Academia de Belas-Artes do Porto onde teve como professores José de Brito, Marques Oliveira e Teixeira Lopes. Parte depois para Paris e depois para Montparnasse.
Diogo Macedo adorava História, por isso fez bastantes esculturas sobre personalidades conhecidas como Florbela Espanca, Camilo Castelo Branco, D. Sebastião, entre outros. O detalhe e a técnica nos seus trabalhos são notáveis.
A conversa voltou novamente a Teixeira Lopes (com as obras de vulto e tumulares) e finalizou com um vídeo-documentário sobre o restauro de uma escultura que tinha sido executado na Casa-Museu.
Para acabar, a Cláudia preparou um pequeno cenário interactivo, onde todos os pinguins podiam fazer as suas experiências com gesso. Havia formas de todos os tipos e tamanhos: Ursos, Peixes, Árvores, Gomos de Limão, mas a que teve mais sucesso e fez a delícia de todos os pinguinenses foi um molde para cubos de gelo em que as formas em vez de serem os tradicionais cubos eram pequenos Pinguins!
Toda a gente ficou deliciada com o gesso, de tal forma que parecíamos pequenas crianças a brincar, ansiosas para que o gesso secasse, para o tirar das formas e ver o tão esperado resultado. “Parecem os miúdos que costumam ir lá ao museu”, comentou espantada a Cláudia. E era bem verdade porque passado um pouco já se viam algumas caras desiludidas por a experiência ter corrido mal, mas o desânimo passou depressa quando se começou a “desembrulhar” os pinguins e os gomos de limão. Os pinguinenenses ficaram babados e maravilhados com aquelas pequenas relíquias e era ver quem mais “roubava”. No final, claro, toda a gente levou um pinguim em gesso para casa…
P.S.- Muito se disse e muito ficou por dizer! Isto de fazer um resumo da sessão nem sempre é fácil. Eu gostaria de ter feito um trabalho mais profundo, mas também não queria alongar muito o texto. É uma gestão muito complicada… Mas o melhor neste caso é ir aos museus e visitar as obras. Eles estão aqui a dois passos e não custa nada. E o certo é que a partir de hoje, todos nós vamos olhar com mais atenção para as estátuas e esculturas pelas quais passamos diariamente…
5 comentários:
Sem duvida uma sessão extraordinária! Eu não vi o Hugo a tomar notas... é tudo memória ou andaste a chatear a Cláudia durante a semana???
Parabéns aos dois.
As Paixões contagiam e o Hugo foi sem duvida infectado. O mesmo ardor com que vi a Cláudia falar, leio-o nas palavras do Hugo. Além do brilhante resumo que fez, termina com uma chamada de atenção valiosissima. Cá por mim sigo seguramente mais atento às esculturas pelas quais passo. (um beliscão de vez em quando também ajuda, he he)
Mais uma grande paixão que depois de ser partilhada passa a ser de todos. Muitos parabéns à Claudia não só pela sessão mas também pela paixão que levou, pois julgo ser de uma enorme sensibilidade, esse gosto.
Ao Hugo muitos parabéns pelo texto, exposição extraordinária, e subscrevo totalmente o que disse o Vieira quanto à nota final.
Só tenho pena de não ter ficado para o fim, mas a partir de agora vai ter de ser assim se quiser deixar de ser um mero sócio da UCP.
Quero agradecer ao Hugo e dar-lhe os parabéns por ter relatado tão pormenorizadamente a sessão de terça, fiquei bastante contente com isso, fez um excelente trabalho.Posso dizer que a única ajuda que dei ao Hugo foi o cd com as fotos, o resto foi tudo obra sua e da sua memória. Mais uma vez, Hugo, parabéns.
Acho bastante interessante que a escultura assuma este protagonismo, e tenho alguma pena que o texto não estivesse mais detalhado. Mas não entendo o porquê dos pinguins e a estrutura do texto ser tão infantil...
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