Afinal… há mundo para lá do Algarve. Um mundo fascinante e pronto a ser descoberto. Vimo-lo ontem, através de uma pequena janela que o António nos abriu.
São viagens desprovidas de banhos quentes, ar condicionado e de um tecto até… mas são plenas de emoção, riqueza cultural e porque não, de adrenalina. São as viagens em autonomia. “Com quem quero, para onde quero e quando quero”. São um modo de férias mas acima de tudo, uma paixão. E a paixão é sempre crescente; mesmo sabendo que o carro pode não voltar, que podemos ser detidos só por ter as luzes acesas (esta é só para quem foi), feitos reféns, andar perdidos, ou outras peripécias ainda mais improváveis. E isto, em viagens planeadas ao milímetro.
Passámos por estórias de festas com a população local, por manjares em barracas feitas com redes de arrasto, por tempestades de areia, por percalços na fronteira, pelo pescado da Mauritânia e por trilhos do Dakar. Sempre pela voz do António e com uma frase no pensamento… “um dia vou ter coragem de o fazer”.
Podia dizer que a água é um bem precioso, que devemos ficar no carro em caso de tempestade, que as vacinas são obrigatórias ou mesmo que o telefone satélite é bastante útil mas acho que a mensagem de ontem é maior, – existe um mundo à nossa espera e é acessível a todos… “basta” determinação.
DESLUMBRANTE – SUBLIME – GENIAL
Para informações mais detalhadas consultem o site do António em http://www.mosquitto.org/
A sessão teve a banda sonora de Ali Farka Toure. Citando o Público – “o agricultor que criava blues no Mali”. Para consulta da bibliografia http://africanmusic.org/artists/alifarka.html ou para espreitarem uma faixa http://www.artistdirect.com/nad/music/artist/card/0,,502675,00.html basta seguirem os links.