terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sangue e sacos de plástico


Teaser da próxima sessão... Venham... Apareçam...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

E um jogo de sociedade desceu à cave

E o mais puro divertimento desceu à cave do Clube...

Mas antes disso vamos começar obviamente pelo inicio.

Batiam as vinte e duas badaladas ( não eram bem 22h mas ficava mal escrever as vinte e duas badaladas e meia), e os guerreiros das pantominas desciam para a arena da batalha ( qual coliseu de Roma qual quê).

Sem saberem de nada, apenas estavam ali prostrados com uma expressão de dúvida estampada na cara a olharem simplesmente para uma claquete plástica de cinema.
É então que o nosso guia da noite, o árbitro e guerreiro da batalha épica que estava por iniciar, abre as hostes e apresenta-nos a sua paixão.

Fazendo uma pausa no relato vivo da sessão, vou falar da paixão que o Hugo nos trouxe.

Transcrevendo as palavras do nosso cicerone “A minha paixão e ter amigos em casa e jogar estes jogos. Assim sendo a minha sessão de hoje é sobre isso, sobre passar um tempo alegre com amigos em casa a jogar, e como não cabem todos lá em casa, trouxe os jogos e o ambiente que gosto em minha casa até aqui”.
Assim sendo a sessão foi sobre jogos de sociedade, mais exactamente um jogo chamado Gestos. (jogo esse da Parker)

O Gestos é um jogo que funciona de uma forma muito simples.
Está um elemento da equipa atrás da tal claquete de cinema. Nessa claquete estão colocadas 4 cartas. Nessas cartas estão escritas palavras que podem significar acções, sentimentos, palavras, vontades, etc... E através de gestos a equipa tem de adivinhar o que está escrito em cada uma delas. Existe um tempo limite para adivinhar cada uma delas e sempre que se acerta numa das palavras que estão nas cartas, temos de a tirar da claquete, senão a carta cai... e pufff lá se vai 1 ou 3 pontos. Pontos esses equivalentes ao nível de dificuldade de cada uma das palavras. Mas também existem as cartas vermelhas, mas essas já as explico...

Agora voltando a nossa batalha de gestos.

Feitas as apresentações do jogo e da paixão, criaram-se as equipas.
Sem clubismos e cores partidárias foram feitas as equipas, os vermelhos e os azuis...
Azuis: Hugo Valter: Lisa; Spranger; Rui; Rodolfo; Tó Rodrigues
Vermelhos: Hugo Pereira (dono da sessão e do jogo); André; Águia; Olga; Marisa; Humberto.

Neste momento os guerreiros da cave salivavam de excitação. O nível de adrenalina corria. Os guerreiros desta batalha épica sentiam-se como se tivessem viajado no tempo e Nero os estivesse a ver. E sem mais demoras, toca o som das trompetas e o jogo começa...

Com um empate a 4 pontos estes dois clãs rivais abrem as hostes na primeira jogada.
Gradualmente a equipa Azul vai-se distanciando da Vermelha, com excelente golpes gestuais, estando a terceira jogada (ou ronda) dominada pelos Azuis com uma distância de 10 pontos.

Contudo os heróicos guerreiros Vermelhos não se deixavam cair por terra. Ergueram todas as suas forças (comparadas apenas com a bravura dos simples mortais que colocam os deuses em causa em batalhas titânicas) e preparam-se para a quarta ronda, e... São reduzidos à sua insignificância, e esmagados pelas mãos gestuais dos Azuis, ficando 31 – 17.

Mas todas as batalhas épicas necessitam de sangue suor e lágrimas, (neste caso cerveja, caipirinhas e coca-colas) e enquanto os Azuis festejavam num festim de gáudio e alegria, sorrateiramente na última jogada da primeira etapa os Vermelhos diferem um rude golpe ao calcanhar dos Azuis e recuperam, ficando 39 (Azuis) – 27 (Vermelhos).

Neste momento o público sentia-se num jogo Portugal - Inglaterra, a adrenalina estava a subir. O sangue passeava de forma rápida e quente nas veias e artérias destes guerreiros gestuais, enquanto se preparavam para a fase seguinte desta batalha épica gestual.

Agora entram as cartas vermelhas, onde há mais pontos a dar, e o nível de dificuldade é maior...

Assim logo na primeira ronda a equipa Azul mantêm a liderança, mas com o clã Vermelho a recuperar... Contudo...
Os Vermelhos voltam a ser colocados no seu lugar, estando o jogo a quatro rondas do final com o resultado expressivo de 71(Azuis) – 65(Vermelhos).

Novamente os clãs amistosamente rivais preparam-se para as últimas 3 rondas.
Estávamos perto do clímax desta batalha épica, Azuis e Vermelhos preparam-se para decidir o desfecho desta contenda de proporções galácticas e na penúltima ronda o resultado exprimia uma aproximação perigosa dos Vermelhos aos Azuis. (81 – 77)

O sangue pulsava nas veias, o suor escorria das faces e corpos fustigados pela batalha dos bravos guerreiros.
Até aqui tínhamos tido de tudo...

Na equipa Azul golpes gestuais internacionais de Lisa, vantagem lógica de Spranger pois é um óptimo profissional da representação; jogadas gestuais bem conseguidas de Valter; tentativas de nudismos de Rui ( a palavra era nú e ele apenas puxou um pouco a camisa para cima); eficácia matadora de Rodolfo; e o poder dos gestos transformados em imagens de Tó.

Na equipa Vermelha a experiencia de Hugo vem ao de cima; Olga com a sua forte expressão gestual arrebata com eficácia; Águia com tentativas desesperadas e fortes explosão de gestos a tentar fazer o pino para dizer que a palavra era Morcego; André com eficácia sem nódoas; Marisa com a energia gestual a revelar-se eficaz; e Humberto a demonstrar que também ele tinha experiencia nestas contendas gestuais.

É então que entramos na última ronda desta batalha.

De rajada a equipa Azul consegue 93 pontos, estando por sua vez a equipa Vermelha condenada a perder ou a empatar, pois era obrigada a fazer 16 pontos (o limite máximo nas rondas com as cartas vermelhas).

A angústia nas expressões do clã Vermelho era evidente, mas a força e bravura de lutar fazia-se notar... É então que Hugo, o dono do jogo, sobe ao palco das emoções e todo o jogo fica resumido aquela última carta com a palavra HUMANO...

Hugo tenta de tudo, até penosamente mostrar a diferença entre um HUMANO e um extraterrestre, porem todo o gesto parecia um homem com dois corninhos na testa (pois as antenas estavam à frente e não atrás).

Angustiado ele tenta...
Os seus colegas de equipas sentem que o empate está a dois dedos de distancia e loucamente tentam acertar...
Contudo o malfadado fim do tempo chega... e o pensamento... “estávamos mesmo, mesmo próximos do empate. Só por uma carta...” vive nas mentes da equipa derrotada.

Assim findada esta batalha ficamos com os Azuis com 93 pontos e os Vermelhos com 89 pontos...

Vitória muito bem conseguida pelos Azuis ☺ clap clap clap...

Bem desculpem o extenso relato, mas só assim consegui transmitir a verdadeira emoção e alegria vivida mais uma vez na cave do pinguim, neste nosso e de todos Clube.

Realmente uma sessão magnifica por parte do Hugo, onde podemos todos ser novamente pré-adolescentes, ou adolescentes. e reviver aqueles magníficos dias onde não existiam nem computadores ou consolas, apenas existiam jogos de sociedade sejam eles tradicionais ou não.

Muito, muito boa esta sessão e é muito bom saber que existe Peter Pan dentro de todos nós.

sábado, 18 de setembro de 2010

Chapéus há muitos...

 E o Águia aceitou esta contestação na sua noite! Como qualquer cavalheiro que se apresenta ao clube de chapéu de côco...


Começou, aliás, a confirmar que há mesmo muitos... variados nas formas, feitios, adereços finalidades e nomes.
Desde os Alvanega, Bicorne, Boina, Boné, Camauro, Camelauco, Capelo, Cartola, Panamá, Fedora, Solidéu, Sombrero, Tarbush, Ushanka, etc...


A noite passou por várias curiosidades, começando pela origem da palavra "chapéu" que tem origem francesa em "Chapel" e só mais tarde se tornará "Chapeau".

E até mesmo o cavalheiro mostrou a sua rebeldia explicando a origem do chapéu de côco como irreverência à cartola, tornando-se popular como fenómeno de moda entre jovens e homens de atitude mais descontraída nos idos tempos do séc. XIX.
Se hoje o uso de chapéu é afirmação de identidade, recuando na história cultural era afirmação de pertença social e colectiva, fosse de estatuto, cargo ou estrato social.

A reverência, o respeito e o cavalheirismo estiveram sempre, de alguma forma ligada à sua utilização.
A "chapelada" é o acto de levantar o chapéu como cumprimento. As histórias de quem o faz quando atende o telefone não ficaram de fora, ou quando passa em frente de uma igreja, mas o simples acto de o retirar dentro de casa, como sinal de respeito, por regra de etiqueta, também foi explicado.

O nosso chapeleiro-louco deu-nos a conhecer a história, a utilização, as formas, mas principalmente, deu-nos a oportunidade de ver e utilizar vários modelos que pôs à nossa disposição.
Como bónus tivemos ainda o turbante berbere do Hugo, que nos explicou a utilização e a cor berrante para que seja visível no deserto...

A saber mais:
Apresentação no YouTube, ao som de "Primavera de Ludovico Einaudi";
Chapéu na Wikipédia;
Museu da Chapelaria em S. João da Madeira;
Museu da Chapelaria pela Câmara de S. João da Madeira

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Poker à Pinguim

A última sessão antes das férias do Clube (29 de Julho) foi apresentada por mim e pelo Rui Spranger, uma vez que se tratava de uma paixão partilhada pelos dois: POKER.

A ideia era mostrar as várias vertentes de Poker e, claro está, experimentar jogá-las. Como muitos dos elementos presentes não sabia patavina deste jogo, foi apresentado um pequeno filme introdutório com as regras básicas do Poker, a explicação da ronda das apostas e por fim, o valor de cada uma das mãos.

Deu-se então início à preparação da mesa de jogo. Havia fichas de várias cores (representando valores diferentes) que começaram a ser empilhadas para distribuir a cada jogador. Foi quando o Spranger vaticinou: "Isto é uma visão do futuro!! As fichas vão todas parar aqui", indicando o sítio onde se iria sentar.

A primeira vertente jogada foi o Texas Holdem (No limit), em modo torneio hiper-turbo, ou seja, com a subida de blinds a cada ronda. Num ambiente divertido, foi-se jogando até ficarem apenas 3 jogadores: Eu, o Spranger e a Lisa. Eu acabei eliminado às mãos do Rui, que tinha par de Ases e o confronto final foi entre o Spranger e a Lisa. Como entre marido e mulher não se mete a colher, ficámos todos a assistir silenciosamente. Não foi preciso muito tempo para encontrar o vencedor (com muita sorte, diga-se de passagem) e que ainda por cima ficou a dizer: "Estão a ver, eu bem disse... as fichas estão cá todas".

Passámos a outra vertente, bem mais cómica: Poker Indiano. Cada jogador segura uma carta na testa, sem a ver, virada para restantes jogadores. O objectivo é tentar ganhar aos outros jogadores, mas tendo somente a carta dos outros na sua frente. Foi hilariante ver apostas altíssimas quando apenas tinham um 2 ou um 3 e também desistências com Ases (a carta mais alta). Neste jogo, penso que o vencedor foi o amigo alemão da Lisa, de que não recordo o nome (depois ajudem nos comentários).

Depois passou-se a uma outra vertente em que o Spranger é "profissional". Trata-se de um poker que se joga apenas com 28 cartas e em que o flush (cartas do mesmo naipe) é superior ao full-house (um trio e um par). Para além de mais algumas regras, as 5 cartas abertas são postas uma a uma e existe sempre uma ronda de apostas entre cada uma delas, criando potes enormes. Pelas minhas pesquisas, este poker é muito jogado em Espanha e tem o nome de Poker Sintético. Nesta vertente, fiquei eu e a Olga como finalistas, sendo a Olga a vencedora final. Isto de ter uma mulher que nos ganha é demasiado humilhante. :D

Por último, foi jogado poker fechado, ou Poker 5-card draw, em que o jogador começa com 5 cartas na mão e pode pedir a troca de 3 cartas, com o objectivo de fazer uma melhor mão.

Penseo que os objectivos da sessão foram cumpridos: ensinou-se poker a quem não conhecia, jogaram-se vertantes completamente diferentes e divertidas, e passou-se uma noite muito agradável na companhia dos Pinguins.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rentrée

A rentrée deste ano está com algumas dificuldades em reentrar...
Na próxima Quinta, para não haver surpresas, será o Águia a apresentar.
O tema será sempre uma surpresa, mas pede-se que se traga chapéus, muitos chapéus...
Por isso toca a chegar a casa e roubar os chapéus todos que virem pela frente!

Até Quinta!!