quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A Lua

Quanto mais nua
mais bela
é a lua

Jorge Sousa Braga


Poesia Há Vinte - Hoje à noite no Pinguim Café

POESIA no Café Progresso

Nesta sexta-feira, dia 29 de Fevereiro, vou estar no Café Progresso, pelas 22h00, com o José Carlos Tinoco para mais uma noite de Poesia, organizada pela livraria POETRIA.
O Tema vai ser a “Arquitectura”.

Apareçam estão todos convidados.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Piqueniques Poéticos

Como o trabalho nao me chega, porque gosto de cultivar as minhas paixoes, porque gosto de sol e de bom tempo, porque gosto de convívio, porque... , lembrei-me de organizar pic-nics poéticos aos domingos.
Todas as semanas anunciarei aqui o Jardim do Porto ou dos arredores onde se realizará o pic-nic, que será naturalmente cancelado se chover ao sábado ou ao domingo. Aqui ficamos absolutamente dependentes da natureza.
Se alguém nao tiver percebido bem o conceito, este é simples, além da comida e da bebida, levam-se livros. Como os jardins sao públicos, todos sao bem-vindos.
O ponto de encontro para o próximo domingo será às 15h no Parque de S. Roque.
Da minha parte e, por razoes obvias, irei levar a poesia de Roberto Juarroz.

Uma mentira grosseira

Lembro-me muito bem de ter ido ao cinema ao Foco, ao Nun'Alvares, à Casa das Artes, ao Charlot, ao Pedro Cem, ao Lumiére, ao Trindade, ao Terço, ao Passos Manuel, ao Coliseu, ao Batalha, à Sala Bebé, ao S. João,ao Águia d'Ouro, ao Carlos Alberto, ao Rivoli e ao Stop (nunca fui ao Júlio Dinis, ao Estúdio 111, ao Olimpia nem ao Sá da Bandeira). Lembro-me das Noites Duplas do Coliseu (dois filmes ao preço de um todas as quintas-feiras) , das sessões do Cine-clube no Carlos Alberto e das sessões especiais organizadas no Instituto Francês do Porto com a presença dos realizadores. Via-se cinema europeu e americano para todos os gostos e tinha-se a oportunidade de rever filmes mais antigos. Havia o video, havia os intervalos, havia chocolates caríssimos e não havia pipocas, mas ia-se ao cinema. A seguir ao intervalo, tentava-se comer o chocolate fazendo o esforço impossível de não se fazer barulho para não incomodar os outros espectadores e, quando não se gostava do filme, saíamos discretamente.
E tínhamos o Fantasporto, um festival alternativo com sessões que se prolongavam até de madrugada.
Felizmente ainda temos o Fantasporto, mais comercial, menos alternativo, mas continua a ser o Fantasporto. Ainda não perdemos tudo e fico feliz por isso.
Mas o que me leva a escrever este post é uma dúvida. Quando na tenda que instalaram na Praça D. João I para colocar a passadeira vermelha e nos programas do festival se lê "Cidade do Cinema" estão a querer dizer que o Fantasporto é uma cidade, ou que o Porto é a cidade do cinema?
A interpretação mais obvia é a segunda e, assistimos aqui a uma falta de pudor politíco incrível e a uma mentira grosseira.
Ou estaria a tenda para ser montada em Gaia?
Blair e Bush criaram a "mentira de destruição massiva", será que aqui se quer criar a "mentira de destruição cultural"? Sim, porque defender-se publicamente que temos o que não temos é uma boa forma de se tentar enganar as massas e tentar apagar a memória.
Eu não deixo que apaguem a minha!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Requiem pelo Clube dos Pinguins




Assim me despeço do Clube dos Pinguins que morre de velhice, sozinho no leito.
É triste a morte por desprezo e indiferença da vida.
Este blog deixa de fazer, portanto, qualquer tipo de sentido.

Até um dia.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Vá passear - um fado ao Domingo





Amália - Havemos de ir a Viana
(na guitarra o grande Fontes Rocha)

Localizar a dor para a manter bem por perto e mesmo assim o fado não ter lugar.
A saudade, a esperança. As coisas pequenas e as grandes coisas. As coisas - todas elas - de vermelho e verde e azul. O sol e a chuva. Deus ou a ausência dele. O amor sem pátria. Nós.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Domingo às 14h

A minha filha está cá e como faz anos na proxima segunda-feira, decidi antecipar os festejos para domingo. Vamos fazer um pic-nic às 14h (espécie de almoco/lanche) no Parque de S.Roque. Aproveito para convidar todos os pinguins a aparecerem (com respectivos companheiros/as e filhos/as).
Além de passarmos uma tarde agradável, podiamos aproveitar para termos a tal reuniao eternamente adiada.
Que vos parece?

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Um fado ao Domingo


Camané - Complicadíssima Teia

Quem põe certezas na vida
Facilmente se embaraça
Na vil comédia do amor;
Não vale a pena ter alma
Porque o melhor é andarmos
Mentindo seja a quem for


Gosto de saber que vives,
Mas não perdi a cabeça
Nem corro atrás do desejo;
Quem se agarra muito ao sonho
Vê o reverso da vida
Nos movimentos dum beijo.


Ando queimado por dentro
De sentir continuamente
Uma coisa que me rala;
Nem no meu olhar o digo
Que estes segredos da gente
Não devem nunca ter fala.


Talvez não saibas que o amor,
Apesar das suas leis,
Desnorteia os corações;
- Complicadíssima teia
Onde se perde o bom senso
E as mais sagradas razões.

António Botto/Fado José António de sextilhas

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A matéria dos Sonhos

Somos pequenos e gostamos da fantasia. Carregamos com ela a nossa vida inteira num género de complexo Peter Pan. Alimentamos os sonhos com a magia que nos trouxe a televisão: os filmes, os desenhos animados, a publicidade, as cantigas. Deslumbramo-nos nas salas de cinema e arranjamos ídolos que ficarão para sempre na nossa memória a cantar bonitas canções de paz e amor.
Não pensem que este meu colorido é falso! É o colorido dos sonhos e de quem os quer concretizar. Voar na bicicleta, entrar na casa de chocolate, construir castelos e lutar contra os dragões. E por trás, alguém canta docemente o tema principal.
Mais tarde vêm os amores e desamores da juventude e as canções mantêm-se lamechinhas como deve ser, senão tudo perdia a piada.
Depois crescemos e um dia entramos numa sala para ver um rapazinho cantar do fundo do coração a banda sonora dos sonhos - nossos e dele.
Ontem essa magia andou algures nos nossos olhos enquanto viamos o Rufus Wainwright a cantar a July Garland na cave fumarenta do Pinguim. O Granel levou o DVD e eu fui falando do cantor e das cantigas. A paixão é conjunta e acho que valeu a pena o improviso.



Rufus sings July at the London Palladium

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Um fado ao Domingo

Gosto demasiado do meu país para que consiga estar muito tempo sem falar sobre ele. E também gosto demasiado deste blog para o deixar morrer.
Por estes motivos decidi iniciar uma nova rubrica aqui no Clube dos Pinguins todos os Domingos que se chamará Um Fado ao Domingo.
Desta rubrica constará sempre um fado, escolhido por mim, e uma foto ou um texto relacionado com as portuguesidades.
Mesmo que ninguém ligue, dar-me-á um gozo enorme em fazê-lo!

Começo então com o grande Paredes, que é para não estranharem. Depois à medida que os Domingos forem passando vamos evoluindo por outros fados.

Carlos Paredes nasceu em Coimbra a 16 de Fevereiro de 1925. Neto e filho de Artur e Gonçalo Paredes, respectivamente, aprendeu a tocar guitarra portuguesa aos 5 anos.

Vila Franca de Xira


Carlos Paredes - Danças Portuguesas Nº1

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Kung Hey Fat Choy


Bem, e mais um ano que passa... e agora é a vez do Rato :) e pelos vistos irá ser um bom ano :)

Assim sendo Kung Hey Fat Choy para todos vós, caros camaradas Pinguins

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Tristeza não tem fim, Felicidade sim!


Embora esteja in the mood, estou privado da diversão por estes dias. Droit oblige.
De qualquer forma, não percam tempo! Saiam, dancem e brinquem ao Carnaval! É um ritual de vida!


Glenn Miller - In the mood

domingo, 3 de fevereiro de 2008

ddd

E a sessão tomou efectivamente, ou quase*, a forma desejada.
Maya instalado e era tempo de falar em 3d. Desde os tempos do paint no velhinho Windows 3.1 que desenhar com o rato tem sido um desafio. Fazíamo-lo para passar o tempo. Para juntar cores. Para algo mais específico. Ou simplesmente porque já estávamos fartos do solitário. Actualmente, os programas são outros e as potencialidades infinitas. Um filme “real” sem humanos está aí ao virar da esquina. Pelo menos, o Águia assim o vaticina. Eu alinho com os cépticos. Gosto da pele com cheiro e da lágrima com sal. A realidade é algo de insubstituível. Mas há quem acredite e trabalhe todos os dias para provar o contrário. Há quem se dedique de alma e coração a criar um curso de água, durante horas, dias, semanas até. Criar um humano também é possível. Leva mais tempo, mais render’s e mais memória. Mas é possível. Um filme inteiro sem sair do estúdio e sem um único actor. Diz quem trabalha em 3d que é mais económico. Felizmente, nós sabemos que o que os faz mover é a paixão…

*sorry Águia