segunda-feira, 30 de abril de 2007

Dois pesos e duas medidas...

No dia 26 de Abril, a PSP anuncia a detenção de 11 pessoas por “vandalismo” e “agressões” a elementos da autoridade numa “manifestação” de extrema-esquerda “não autorizada”. Segundo a polícia, concentraram-se 150 pessoas, «extremistas com simbologia anarco-libertária» (pertencentes a movimentos anti-globalização) que iniciaram uma marcha rumo à Praça Luís de Camões, no Chiado. A PSP disse ainda que cinco agentes e dois manifestantes receberam tratamento hospitalar na sequência dos confrontos. Isto é notícia no Sol e passou praticamente despercebido. Nada de estranho, afinal de contas não eram nacionalistas. Eram simples manifestantes de extrema-esquerda.

Mas ainda faltava a cereja no topo do bolo… ou melhor, duas cerejas…

Néscio 1 – Perante centenas de apoiantes reunidos em Sintra para um almoço comemorativo do 25 de Abril, Jerónimo de Sousa alertou para os perigos dos movimentos "fascistas e neonazis" em Portugal e exigiu que as autoridades do Estado "cumpram a Constituição da República e a lei do país". "Esta gente não pode ficar impune, afirmou.” (quem tem telhados de vidro…)

Néscio 2 – O bloquista Daniel Oliveira classificou o acontecimento como “disparates de adolescentes” (a parte dos cinco agentes e dos danos materiais escapou-lhe). Mas a estupidez vai mais longe e acrescenta, “esta intervenção, evidentemente preparada antes de qualquer excesso ou provocação, seja devidamente explicada”. Ou seja, face aos desacatos, ao vandalismo e à violência dos manifestantes, o que é urgente é investigar a actuação da… PSP.

Pessoas, com tal responsabilidade não devem nem podem dizer tamanhas barbaridades e defender o indefensável. Jerónimo é Jerónimo e vale zero politicamente (sorte ter herdado 7% que ainda deve a Cunhal). Daniel Oliveira é um mentecapto que diz o que pensa e o que não pensa sempre "em defesa" dos "pobres e oprimidos". Ser politico é em primeira instância prestar um serviço ao país. Obviamente que estes dois senhores não se enquadram...

domingo, 29 de abril de 2007

30 Abril - A música é quem mais ordena


Amanhã, sounds like 80's...
Os suspeitos do costume na cave do Pinguim.
Conto contigo!

26 de Abril de 1937



"Era uma 2ª feira, dia de feira-livre na pequena cidade da Biscaia. Das redondezas chegavam as suas estreitas ruas os camponeses do vale de Guernica, no país dos bascos, trazendo seus produtos para o grande encontro semanal. A praça ainda estava bem movimentada quando, antes das cinco da tarde, os sinos começaram os seus badalos. Tratava-se de mais uma incursão aérea.(...)"

in História por Voltaire Schilling

A 26 de Abril de 1937 a pequena cidade de Guernica no país Basco foi bombardeada pela aviação nazi, Hitler apoiava Franco e fez-lhe o "favor".
De uma população com cerca de 7 000 habitantes resultaram 1 654 mortos e 889 feridos, todos civis...

Poucos dias depois Picasso começa a trabalhar na sua Guernica, aquela que será a sua obra mais conhecida, apresenta-a ao publico pela primeira vez na Exposição Internacional sobre a Vida Moderna em Paris, no dia 4 de junho de 1937.

ver in Wikipédia

PS - Já vem tarde, eu sei... Mas são os condicionalismos que já conhecem...
Os 70 anos do bombardeamento de Guernica deve ser lembrado.

O Senhor Juarroz


De 28 de Abril a 27 de Maio 2007
Teatro da Vilarinha - sextas e sábados às 21h45
sábados e domingos às 16h


Caros amigos,


Este é o motivo pelo qual tenho andado desaparecido, mas na proxima sessão lá estarei de farrapos vestido. Entretanto, quem quiser vir à estreia (o bilhete é gratuito) faça o favor de me ligar o mais rapidamente possível.

A partir da estreia e, para quem não for, fica garantido o desconto habitual.

A propósito do espectáculo digo-vos apenas que entrarão num universo absurdo e surrealista naquilo que nós defenimos como "Magrittada".

Conto convosco!

sábado, 28 de abril de 2007

E agora Mendes???

O baixinho quis passar a imagem de homem íntegro e afastou todos os autarcas que estavam constituídos como arguidos. Tal atitude trouxe-lhe vantagens nas autárquicas de 2005, colocando o PSD na estrita prateleira dos incorruptíveis. Mas não há bela sem senão e tal como Menezes afirmou, o baixinho abriu a caixa de Pandora e agora não há sabe fechar. A situação em Lisboa está insustentável, e Marques Mendes sabe-o; mas sabe também que eleições intercalares significam perder a maior câmara do país. Qualquer dos cenários que se apontem é catastrófico para o PSD (tirando o de quarta dizerem que o Dr Carmona, outrora autarca modelo, não ser constituído arguido). Mendes terá de se manter fiel ao princípio de que autarca arguido é autarca suspenso e com isto pedir/forçar Carmona a abdicar da cadeira do poder. Surgem então três cenários:

Cenário 1 – Carmona esquece o baixinho e reafirma a sua posição de independente. Pode-lhe correr mal porque o PSD retirar-lhe-á a confiança politica e tem maioria na Assembleia. Deixa Mendes na difícil posição de não controlar o rebanho.

Cenário 2 – Carmona acede ao pedido, vamos (salvo seja) para intercalares e a câmara vira PS. Mendes perde a Câmara mais importante do país.

Cenário 3 – Carmona acede e aparece a Drª Marina Ferreira como Presidente da edilidade. A mim parece-me bem, afinal ela era a quarta da lista. Mais, com um bocadinho de sorte, também será constituída arguida e teremos Pedro Feist na Presidência. Mendes ficará mal nas duas situações; com a Drª Marina fica com um presidente sem carisma e praticamente desconhecido; com Pedro Feist perderá o presidente para o CDS.

O Cenário 4 é ainda mais terrível; - Mendes dá um passo atrás e deixa que Carmona acabe o mandato. Perde toda a credibilidade (que não será muita é verdade) e perde também o partido que está em polvorosa, à espera de uma oportunidade para o derrubar.

Com esta oposição, quem se fica a rir é mesmo Sócrates que assim tem tempo para estudar um bocadito, inscrever-se numa faculdade qualquer e tirar mais um cursito feito em folhas timbradas do Governo. Tantas linhas para dizer, volta Portas, tas perdoado…

Pode votar no cenário da sua preferência pelo 555-9982303, ou em alternativa usar a caixa de comentários.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A poesia está na rua

Após ler o post Foi bonita a festa, pá!, reflectia sobre o cartaz que o ilustra.
Não descurando a qualidade pictórica da obra de Vieira da Silva, a minha atenção recai no entanto na frase de Sophia"A poesia está na rua".
Tão sintética e tão profunda.

Como é possivel não sentir a esperança dos novos tempos?
A liberdade que se ambiciona?
As mordaças que caem de podre?

Os cravos da Celeste rodando de mão em mão?
Os sorrisos trocados?
Os beijos dos amantes sonhadores?

As horas passadas atento ao éter após "E Depois do Adeus"?
O frenesim das edições sucessivas dos periódicos incrédulos?
O alvorecer de quem tem 48 anos pela primeira vez em liberdade?

E a cor da liberdade? ouvir poema

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Foi bonita a festa, pá!


O Clube dos Pinguins patrocinou, na noite de 24 para 25, a festa do nosso anfitrião, o Pinguim, com uma tertúlia que teve como evocação próxima a “Revolução dos Cravos”, o 25 de Abril de 1974. Na noite participou, numa missiva muito aguardada, o general convertido à Primavera, host das Conversas em Família, Jorge C., e ainda o dj Pipi Correia, que animou os convivas até à hora legal de fecho do bar com música portuguesa. As noites do Pinguim juntaram-se na noite dos pinguins.

Sobre a tertúlia propriamente dita, a concordância foi maior que seria de supor, até porque esquecemos um pouco o saudosismo – da noite de 24, da poesia de 25 e dos excessos (e retrocessos) de 26 de Abril – e tentamos olhar para o Portugal de hoje e animar o futuro. No fundo, sem querer, pensamos de Abril e dos debates sobre o antes, o durante e o pós como disse certo dia Saramago:
Tanto dá que o copo esteja meio-cheio ou meio-vazio se não chega para saciar a sede.

Esta revolução chega para vos saciar a sede?

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sessão de 1 de Maio



Visto que terei a honra de orientar a sessão do próximo dia 01 de Maio, permitam me que deixe aqui alguns pedidos:


  • gostaria que a sessão fosse fechada aos membros do clube e, para tal, peço que quem de direito me ajude a definir "membro do clube" para evitar situações incómodas ;-)

  • aconselho a todos os que estiverem presentes a trazer roupas cómodas, tendo em conta o meu "fetiche" em vos pôr todos sentados no chão. O elemento tinta pode estar presente e seria agradável não ter de indemenizar por roupas manchadas;

  • agradecia também que confirmassem a presença na sessão até ao próximo fim de semana. Vai ser preciso levar materiais e a quantidade depende do número de presenças. Mas como eu sei que posso contar convosco, não vai faltar nada;-)

Cá fico então a aguardar as vossas confirmações! Obrigada a todos e ... sim, é verdade, eu sou complicada. Está provado... é um facto!

reformador, controverso, alcoolatra...


Boris Nikoláievitch Ieltsin
(1931-2007)

Porque hoje é o Dia Mundial do Livro...




Os livros

Os livros virão ter a minha casa
Pelo nocturno vale
Pelos caminhos breves
Pelas sendas de azul
Pelas florestas ao longe
Os livros virão ter junto de mim.

Abro-os numa página
Uma página ao acaso
Lá dentro os teus olhos
Vão olhar-me de frente
Uma página adiante
Ou duas para trás
Hão de ter teus cabelos
Enrolando nos meus.
Uma página em branco
É a tua boca agreste
Como num sobressalto.

Os livros virão ter a minha casa
Mas em cada livro aberto
Em cada letra lida
És sempre tu que estás
Tal como em cada casa
Em cada rua à chuva
Cada montra olhada
Cada dia a dia
É teu corpo que sonho
Teu olhar magoado
Tua voz que cantava
A linha dos teus joelhos
Sobrepondo-se ao mar.

E nesses livros todos
Que me enchem as estantes
Nas suas gravuras secas
Suas letras esguias
Nas palavras que formam
O idioma é só um
A frase diz o mesmo
Só tu saberias
Traduzi-las para mim.

Os livros virão ter a minha casa
De uma qualquer maneira
Talvez pelo correio
Ou por alguém que os traga
Mas eu não saberei lê-los
Nem os seus dizeres se voltam
Para os meus olhos cegos
Desde que tu partiste.

Mas os livros ficarão
Para sempre guardados
Nesse lugar a que chamo
A minha casa.


in "Hotel Spleen"
Bernardo Pinto de Almeida

sábado, 21 de abril de 2007

Para lá da música, mais do que um livro... um sentimento

Todos os dias a vida nos atropela em espirais de velocidade furiosa. Acordar, preparar para enfrentar o mundo lá fora, trabalho, estudos e outros compromissos, cafés tomados à pressa entre conversas vazias e de circunstância, noites que se querem animadas sabe se lá bem por quê, álcool e outros que tal, envoltos em música que berra e os amigos que vêm e vão. Pessoas que se cruzam, que partilham o nosso tempo, que riem, conversam, dançam e bebem copos, tanta gente nas nossas vidas, tantas vidas cheias de gente. E no final, de regresso a casa, ainda com o turpor da corrida , o que fica para além da estranheza do silêncio e da solidão? Que recebemos dos nossos amigos e o que lhes demos no dia que passou?

A Amizade: este foi para mim o grande tema da sessão que a Marta nos trouxe na passada terça-feira.

Por um lado, amizade que a une ao Tiago, amigo de todas as horas e momentos, para lá da presença presa ao tempo e ao espaço. Numa última homenagem ao que foi o irmão de coração e de alma, partilhou connosco algumas das histórias mais marcantes da vida dos dois, e nelas encontramos a cumplicidade, a empatia, a partilha de destinos. Embalados pelos olhos inundados de ternura e saudade, também nós, meros espectadores, fomos capazes de sentir o tamanho desse sentimento que escapa ao tempo, à distância e se mostra maior do que os limites da própria vida.

Por outro, amizade que a Marta nos depositou no colo, ao nos convidar para entrar nos quartos privados do seu coração, em visita guiada aos sentimentos que alimenta e acarinha por cada um de nós. Se é certo que todos somos capazes de sentir, de nos emocionar, de amar no sentido mais puro, quem consegue admitir, de forma aberta e espontânea, sem se sentir ameaçado pela ideia incutida pela sociedade, de que abrir o coração é para os fracos, e que se ousarmos fazê-lo, vamos apenas mostrar o caminho para que seja possível alguém nos magoar e destruir a beleza resgatada ao turbilhão de todos os dias? Quem não se sente paralizado pelo medo, sempre que o coração grita por deixar sair palavras como gosto muito de ti, faz me feliz ter te a meu lado, ou mesmo outros gestos que as traduzem ? E vencido por esse receio, tudo que se diz é então, tudo bem?... E continuamos a nossa vida de sempre, com os sentimentos fechados a sete chaves e as mãos acorrentadas aos bolsos, até que seja tarde de mais.

Nesta noite, a Marta venceu este medo. E nós soubemos que afinal somos as pérolas da joia mais valiosa que pode existir: amigos, cada um de nós único, que juntos damos sentido à palavra Amizade. E, apesar dos dias que cada um de nós possa ter, das suas tempestades e turbilhões, temos também as noites neste Pinguim, que junta aos copos, à música e às conversas banais, a Amizade que nos faz querer sempre voltar. Importante é não deixar chegar o momento em que se pensa como teria sido bom iluminar os cantos escondidos do coração ... caso não fosse tarde demais...

Marta, pela tua coragem em vencer os medos, em te mostrares na pessoa linda que és, obrigada amiga. Se nós somos as pérolas, tu és o diamante, único e inestimável, que transforma a luz esquecida em arco-íris de magia.

Sábado à tarde no campo...

... sem dúvida uma PAIXÃO.
As estrelas da foto são o meu pai, a Nês (afilhada e mana adoptiva ao fim de semana) e o Schumi (a última contratação aqui do Solar dos Mirandas)
Acrescento que ao jantar vamos ter arroz de molho pardo, vulgo pica no chão, com franguinho criado cá em casa (sim Fil, eu sei que não gostas, mas acredita que é muito bom)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Um grão de areia


Que escrever?
A banda é uma paixão de sempre, o tema, "Perfeição", é um estado de alma actual; o vídeo é para animar!
ADENDA: Podem ver também no Youtube, com versões curiosas, ou descarregar aqui.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Esclarecimento Público

Nesta última Terça-Feira, aconteceu uma situação algo desagradável, para todos os envolvidos, no Clube dos Pinguins. Um casal que já tinha estado em sessões anteriores desceu na Sessão da Marta, situação à qual a Mestre de Cerimónias era alheia e como tinha deixado claro que a sessão era fechada, pediu para que não entrassem porque não os reconheceu.
A reacção das pessoas não foi obviamente a melhor. No entanto há algumas coisas que devem ser devidamente esclarecidas para que não restem mal-entendidos.

As sessões fechadas acontecem por vontade do apresentador. Por uma questão de confiança, entende-se que um membro do Clube dos Pinguins é um elemento assíduo, pois por vezes (tal como na última terça-feira) as sessões têm de um carácter mais intimo e a partilha exige um conforto extraordinário da parte do apresentador.

O Clube apresenta desde já as suas desculpas se a forma como foi transmitida esta informação na altura não foi a mais adequada, garantindo que não houve qualquer intenção discriminatória naquele momento. A falta de entendimento não deve ser motivo para não regressarem.

As regras do Clube dos Pinguins estão estabelecidas no Blog e as informações da sessão devem ser dadas ao Paulo Pires pelo apresentador responsável pela sessão.

Fazemos todo o gosto que voltem até para que este pequeno incidente fique bem esclarecido de parte a parte.

Os nossos cumprimentos!

terça-feira, 17 de abril de 2007

Um povo imbecilizado e resignado

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. […] Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro […] Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. […]A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos […] sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, […] vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar…"
Guerra Junqueiro , "Pátria", 1896.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Há verdades que não se dizem...

Aqui fica uma farpa que tem passado ao lado do nosso clube...

O jornal Público foi condenado a pagar 75 mil euros por noticiar uma dívida do Sporting ao fisco.

1 - O Público diz que a notícia é verdadeira. Os 260 mil euros da dívida teriam sido apurados nas finanças fora do plano Mateus, dívida que foi confirmada publicamente pelo ministro das finanças em 2004, Bagão Felix.

2 - O Sporting diz que a notícia é falsa. Em 2005 as finanças cobraram a dívida e o Sporting terá provado que a dívida estava saldada (supostamente pelo plano Mateus)

3 - O Sporting processou o Público e perdeu nas 2 primeiras instâncias, ganhando no Supremo Tribunal de Justiça. Indeminização: 75 mil euros...

4 - Veio a público a seguinte frase do acordão: "É irrelevante que o facto divulgado seja ou não verídico para que se verifique a ilicitude a que se reporta este normativo, desde que, dada a sua estrutura e circunstancialismo envolvente, seja susceptível de afectar o seu crédito ou a reputação do visado".

5 - Para clarificar, o STJ esclareceu que a condenação do jornal não tem a ver com a veracidade da notícia, a expressão divulgada fora de contexto pode ser enganosa. O que está em causa é o prejuizo sofrido pelo clube na sequência desta publicação.

6 - Pelos vistos andam 260 mil euros perdidos por aí... Sem que ninguém os pague nem receba...

7 - Parece que a partir de hoje temos que ter cuidado com o que dizemos, o facto de ser verdade é irrelevante, antes de confirmar se é verdade ou mentira, há que ter cuidado com o "bom-nome" das instituições, mesmo que as suas fraudes sejam vox populi...

8 - Parece que este campeonato se internacionalizou. O Público recorreu ao Tribunal Constitucional e prepara-se para seguir para os tribunais europeus...

Para saber mais (se tiverem paciência):

Supremo condena PÚBLICO por notícia sobre dívidas do Sporting, in Público
A notícia do Público não é verdadeira, in site do Sporting
STJ: Público não foi condenado por publicar notícia verdadeira, in Diário Digital
A notícia em causa de 22 de Fevereiro de 2001
Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça

todos ao Pinguim


A festa será precedida por um curto espaço de discussão (23-01). Contamos com a participação e opinião de todos. Até lá...

SALVAR PORTUGAL em 12 etapas

O meu Plano para salvar Portugal da crise e torná-lo na primeira potência mundial em 12 etapas:


1º Passo: Trocamos a Madeira pela Galiza, com a condição dos espanhóis levarem o Alberto João.

Os espanhóis vão na onda (a Galiza só lhes dá chatices) e aceitam. Nós ficamos com os galegos (que nos adoram) e com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário). A indústria têxtil portuguesa é revitalizada, enquanto a Espanha fica encurralada entre os Bascos e o Alberto João.


2º Passo: Desesperados, depois de verem que fizeram um mau negócio, os espanhóis tentam devolver a Madeira (e Alberto João).

A malta, obviamente, não aceita.

Em verdadeira aflição os espanhóis oferecem também o Pais Basco.

Mas a malta mantém-se firme e não aceita.


3º Passo A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados, os espanhóis oferecem-nos a Madeira, o Pais Basco e a Catalunha. A contrapartida é termos que ficar com o Alberto João e os Etarras.

A malta arma-se em difícil, regateia mas acaba por aceitar.


4º Passo Damos a independência ao País Basco, com a contrapartida deles ficarem com o Alberto João.

A malta da ETA pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar.

Sem o Alberto João a Madeira torna-se um paraíso. A Catalunha não causa problemas (no fundo, no fundo, são mansos).


5º Passo Afinal a ETA não aguenta com o Alberto João, que entretanto semeia o terror e assume o poder.

O País Basco pede insistentemente para se tornar território português.

A malta, fingindo grande sacrifício, aceita (apesar de estar lá o Alberto João).


6º Passo Proibimos o Carnaval no País Basco, o que leva o Alberto João a emigrar para o Brasil.


7º Passo Pouco tempo depois da chegada do Alberto João, o Governo brasileiro pede para voltar a ser território português.

A malta aceita e manda o Alberto João retornar à Madeira.


8º Passo Com os jogadores brasileiros mais os portugueses (e apesar do
Alberto João), Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!


9º Passo: Alberto João enfraquecido pelos festejos do Carnaval na Madeira e Brasil, não aguenta a emoção, e morre na miséria, esquecido de todos.


10º Passo Os espanhóis, desmoralizados, e económica e territorialmente enfraquecidos, não oferecem resistência quando mandamos os poucos que restam para as Canárias.


11º Passo Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.


12º Passo: A dimensão extraordinária adquirida por um país que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico, de uma costa à outra e de norte a sul.

Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma pesada sobretaxa por termos de trocar os dólares em euros, constituindo assim um verdadeiro bloqueio naval que os leva à asfixia.

Os americanos tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes o Alberto João (que eles não sabem que já morreu).

Perante tal prova de força, os americanos capitulam e nós tornamo-nos na primeira potência mundial.


Como vêem, é fácil.

(Autor Anónimo)

sábado, 14 de abril de 2007

As pessoas, a vida e o céu

"Vida" e "pessoas" são as palavras-chave daquela que será a próxima sessão. Irei falar ainda convosco sobre as cinco pessoas que cada um de nós encontra no céu. Não se preocupem porque não vou falar de morte nem teorizar sobre aquilo que acontece quando morremos...calma...não é nada disso até porque estou vivinha da silva, não virei vidente nem tive um encontro de terceiro grau com alguma alma do outro mundo.

Fica o convite. Ah...é verdade...peço-vos desde já desculpa pela indelizadeza mas gostava que a sessão fosse fechada, ou seja, que apenas marcassem presença na mesma as pessoas que fazem parte do clube. Outro aviso...quem chegar muito tarde terá imensa dificuldade em perceber sobre o que é que se está a falar e depois não quero saber tã?

Obrigada e até terça.

Sessões passadas

Antes da Rua da Bandeirinha, quem vai das Virtudes, tem ali, no Largo de Viriato, uns banheiros públicos. E uma árvore. Na noite da viagem pela Judiaria estivemos lá ao pé e não me lembrava do seu nome, para a apresentar condignamente. Apenas sabia/sei que é belíssima e exala um cheiro retemperador. Pois, ficam completas as apresentações: chama-se Jacarandá (mais concretamente Jacaranda Mimosifolia) e é em Maio que "ganha corpo".
[Mais sobre a árvore do Viriato, como escreveu para ela Eugénio de Andrade, "um jacarandá em flor é a anunciação do paraíso". Foto Manuela DL Ramos, do inspirador Dias com Árvores].


Inaugurou exposição dos retratos de Cartier-Bresson em Évora, incluindo fotos de Becket, Marylin e Sartre.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Museu da Fotografia na Arte Contemporânea no interior da cave do Pinguim

O que se pode falar de uma sessão que mais pareceu uma viagem por um museu, onde deixamos o nosso corpo, espirito e vontades, navegar pelo mar tortuoso, ou não, das obras que pretendemos ver?
Sendo assim, convido-vos caros amigos pinguins, a deixar que as palavras que iram ler, vos transportem novamente à cave do pinguim pela mão e voz do Tó, que nos levou ( sentados nessa mesma cave) a um museu da fotografia de arte contemporânea.
Esta viagem teve 7 portos, cada um com a sua própria forma de nos arregalar o olhar, e quebrar os padrões morais, com aquilo que nos foi dado a conhecer.

O primeiro porto é o fotografo David Lachapelle. http://www.davidlachapelle.com/home.html
Fotografo Norte Americano, onde a sua fotografia mostra um mundo surreal de imagens, onde o glamour e o cómico vivem de forma eternamente bela.

O segundo porto, é o casal de fotógrafos Pierre et Gilles. http://www.optimistique.com/pierre.et.gilles/

A obra deste casal homossexual assenta em Fotografias altamente estilizadas, sendo os cenários construídos por eles, assim como os figurinos e toda a pós produção fotográfica. O seu trabalho, em que muitas vezes se retratam a si próprios, reflecte a cultura popular, a cultura homossexual e a religião.

O terceiro é Robert Mapplethorpe
http://www.mapplethorpe.org/

Mapplethorpe produziu um trabalho consistente ao longo da sua vida procurando equilíbrio e perfeição, o que lhe valeu estar no topo dos artistas do século XX.
Em 1987 criou uma fundação para promover a fotografia, apoiar exposições de arte fotográfica nos museus e financiar a pesquisa médica assim como projectos para combater doenças relacionadas com SIDA e HIV.

Ao virar a esquina, temos o quarto porto, onde Thomas Ruff mostra a sua arte.
http://www.artnet.com/artist/14677/thomas-ruff.html

Em 2003 publica a colecção fotográfica chamada (Nus) inspirada na pornografia da Internet, trabalho que foi recebido de forma ambivalente e controversa.

Já no quinto porto temos Jan Saudek
http://saudek.hit.bg/

Nasceu em 1935 em Praga onde vive e trabalha hoje em dia, grande parte da sua familia morreu nos campos de concentração nazis da II Gerra Mundial. Ele sobreviveu à guerra e trabalhou como impressor nos anos 50, nos anos 60 depois de cumprir o serviço militar obrigatório, inspirado pelo trabalho de Steichen, decidiu seguir uma carreira como fotógrafo profissional.

Quase no fim deparamo-nos com o sexto porto, o de JAM Montoya
http://www.jam-montoya.es/

Fotografo de grande coragem digo eu, pois com o apoio da Junta da Extremadura, lançou alguns catálogos de fotografias suas, um deles sobre a Paixão de Cristo que tem levantado alguma polémica, com candidatos eleitorais a insurgirem-se no processo.

E finalmente, o ultimo porto, Joel Peter Witkin
http://zonezero.com/exposiciones/fotografos/witkin/jpwdefault.html

Este, no meu ponto de vista é aquele que mais choca o comum dos mortais, pois toda a sua obra fotográfica assenta no uso de cadáveres, dando uma eternidade artística aos seus modelos.

E assim foi mais uma sessão do do Clube dos Pinguins, onde a arte entrou mais uma vez pela retina de nossos olhos.

Ps: peço desculpa pelo tamanho do post... mas foram 7 fotógrafos....

Quanto custa um referendo?

Cavaco contra referendo europeu
Quando se discutiu Maastricht, o senhor que agora preside à República disse que o referendo seria "muito caro". E, pelo menos ele, não mudou de ideias. Hoje, o PSD, na oposição, quer um referendo e o PS, no Governo, não diz nada sobre o assunto (para não dizer que não quer).

Acho que "ouvir o povo" nunca é caro, seja pela regionalização ou pelo tratado europeu. Certo?

terça-feira, 10 de abril de 2007

Outra vez????

Não há paciência para isto!

Mil novecentos e oitenta e quatro, de George Orwell

Nota: Já que este texto poderia ser classificado tanto como “paixão” como “farpa”, peço desculpa se alguém ficar confuso com a minha opção de partilha de paixão envenenada...

Diz a contracapa do livro:
“Comparadas com as actuais, todas as tiranias do passado foram tímidas e ineficazes.
(...)
Pelos padrões actuais, até a Igreja Católica da Idade Média foi tolerante. Explica-se isto em parte pelo facto de no passado nenhum governo ter capacidade para manter os cidadãos sob vigilância constante.
(...)
A possibilidade de impor a todos os subditos não só a obdiência absoluta à vontade do Estado, mas também uma absoluta uniformidade de opinião, existe agora pela primeira vez.”

Neste Universo de ficção cientifica (ou não...) George Orwell apresentou ao Mundo o conceito de Big Brother. Onde todos são vigiados em todo o lado. Onde a privacidade não existe, nem a liberdade de agir, opinar ou ser...

Pois... Agora lembram-se da famosa cena do Vasco Santana a pedir “lume” ao candeeiro?
É! Os ingleses já não acham divertido, nem ridículo...
Se os postes em Inglaterra já tinham olhos, agora não só têm ouvidos como têm voz!

A necessidade de controlo da população deste Admiravel Mundo Novo (o Huxley que me perdoe, mais uma vez...), “exigiu” que as já conhecidas câmaras de video-vigilância inglesas passassem a ouvir o que se diz, mas, não só... Vão começar a poder ser emitidos avisos pelos vigilantes, tanto em “directo” como gravados, sendo que estes ultimos usam a voz de crianças... É mais agradavel...

Agora imaginem o candeeiro a responder ao Vasco Santana...

“Eh amigo... Tem lume?”

“Qshhhh... Não... Qshhhh...
Qshhhh... NÃO PODE FUMAR! NÃO PODE FUMAR! NÃO PODE FUMAR! Qshhhh...
Qshhhh... Cidadão... Qshhhh... Vasco Santana... 40 anos de idade... Qshhhh...
Qshhhh... Identificado... Qshhhh... Infracção nº 47869/07 prestes a ser cometida em público... Qshhhh... Envio imediato de Força de Intervenção e Re-Educação Cívica! Qshhhh...

PS – Se se quiserem rir mesmo, imaginem que a voz que sai do altifalante é dum GNR com sotaque de Viseu...

PS2 - Para saber mais no JN

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Novas Labels

Aviso à navegação...
Foram criadas 2 novas Labels (ou etiquetas) para identificação dos post's.

Ainda não foram actualizados os textos anteriores, mas era bom começar a usa-las a partir de agora, as labels disponiveis neste momento são:

Sessão (para a as sessões do clube)
Paixões (para classificar as partilhas no blog)
Farpas (para assinalar a presença de substancias potencialmente perigosas à saude pública)
Não-sessão (serve para tudo o resto...)

domingo, 8 de abril de 2007

Proxima Terça - 10 de Abril de 2007

Tenham medo... Tenham muito medo...



Pois é verdade, depois de quase um ano, voltei às sessões...
E mantenho os mesmos objectivos de sempre...
IMPORTANTE: A proxima sessão contém cenas eventualmente chocantes, as pessoas mais susceptiveis ou sensiveis devem precaver-se...

A solução

Le Pen sugere a masturbação feminina como contraceptivo. É verdade... é esta a solução que Jean Marie apresenta para as gravidezes indesejadas. O político francês está de volta à ribalta e o resto é conversa.

Foi no âmbito de um discurso que proferia a convite da revista “Elle” num debate dedicado ao tema “o que querem as mulheres”, que o líder da extrema-direita francesa foi taxativo quando sugeriu que o melhor remédio contra as gravidezes indesejadas era a masturbação feminina. Mas esta foi apenas uma das medidas que o velho legionário partilhou com a audiência. Le Pen de 78 anos mostrou-se também um opositor à distribuição de preservativos e garantiu que se for eleito a paridade no Governo entre homens e mulheres será extinta.

Alguém é capaz de me explicar o que é que se anda a passar com a classe política mundial? Obrigadus :S

Uma erva louca ocupa o espaço do clube

Do que conheço só posso garantir "bom feeling" ou "good vibrations", embora eles sejam do Languedoc e não me ocorra nenhuma expressão francesa para descrever o que se sente com aquela música acústica e de fusão. Chamam-se L'Herbe Folle e tocam esta noite no Pinguim... E prontes, não sei que mais dizer deles a não ser que o site oficial é este e que a música pode ser ouvida aqui e aqui.

sábado, 7 de abril de 2007

Porto dos Judeus

1. - Se perguntar, como não foi ocultado, edifício de nomeada dentro das muralhas.
2. - Ele fazia saber, dizendo, tenho um protector, conhecido entre altos dignitários.
3. - Para mim, um guarda, elle decerto diria, -eu sou a tua verdadeira e melhor muralha.
4. - Grande entre os Hebreus, entre os príncipes da tua Nação, o mais poderoso elle é.
5. - Benefico protector do seu povo, servindo a Deus com perfeita fè, edificou um templo ao seu nome, de talhado pedernal.
6. - Ministro d'el-rei.. na grandeza o primeiro é conceituado, e nas audiências reais seu posto tem.
7. - Elle é grão rabino, Dom Jehudá, protector e luz da tribu de Jehudá, a elle compete a suprema auctoridade.
8, - Por mando do grão rabbino, que viva, Dom Jehosef-Ben-Argé (José Leão) commissionado e director da obra».
Lápide encontrada no sec. XV na zona judia do Porto


Foi à procura desta história que saímos do Pinguim na ultima terça. Em busca de um mundo que não nos pertence, mas que também é nosso.
Os Judeus vieram para o Porto ainda no sec. XIV, por cá se fixaram e deixaram as suas marcas. Percorrendo a antiga zona de Olival (ou monte dos Judeus) procuramos sinais da sua existência, mas mais do que isso, procuramos sentir e respirar o Porto.
Pelas ruas que deambulamos, num itinerário nada inocente traçado pelo Spranger, fomos absorvendo as cores do Porto monumental, o granito austero das casas, o esmigalhar da alvenaria das paredes, o fresco do rio lá bem perto, o orvalho da relva, o açucar do bagaço de gelo, a história que as lajes calcadas carregam.

Em jeito de guia, deixo o itinerário percorrido no seguinte mapa

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Depois de façam boa viagem... o novo sucesso: gozem bem a estadia


Amor com Amor se paga. Este é provavelmente dos provérbios populares mais conhecidos. Mas no país em que o Algarve passou a AllGarve tambem este provérbio tem os dias contados. Baseado na história real de um outdoor palerma colocado ao lado de outro outdoor palerma surge: Estupidez com Estupidez se paga. Esta gang de extrema esquerda há muito que nos brinda com estas pérolas (basta lembrar: "Numa democracia como a Portuguesa devia ser proibido votar em Salazar") que são tão irresponsáveis e idiotas como as ideias que pretendem contrariar. Pelos vistos, este oudoor vai ser retirado. Pena que a Câmara não aproveite a viagem e leve o vizinho tambem.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Cursos para engatar

Não é fácil ser mulher na Rússia - os homens estão em vias de extinção e a concorrência é feroz. Mas agora já há ajuda: um psicólogo está a ter sucesso a ensiná-las a "serem cabras". E parece que o sexo oposto gosta.

Não quero, de forma alguma, estar a fazer algum tipo de revista de imprensa, mas esta notícia deixou-me abisbilicamente abisbílica e fez sensação na redacção. A informação vem na revisvta SÁBADO desta semana (se calhar isto não é muito ético da minha parte, mas whatever) e foi escrita pelo João Lopes Marques. Deixo-vos só um excerto da peça e a pergunta: what a fuck is this?

"Como reagir à falta de homens numa Rússia em mudança vertiginosa? Nada como atacar a presa. Aprender a ser "cabra" para conquistar um homem - se possível rico e poderoso. Algum problema nisso? Eis a doutrina que Vladimir Rakovsky, também coordenador de mestrados na Universidade Estatal de Moscovo, passa às suas alunas num curso de seis semanas.
Há muitas candidatas, quase todas entre os 20 e os 40 anos, de donas de casa a consultoras, de directoras de marketing a funcionárias públicas e estudantes. Entregam ao mestre 165 euros - que poderão mudar as suas vidas. O sucesso é tal que Rakovsky já abriu várias academias em Moscovo, São Petersburgo e Odessa (Ucrânia). Outras se seguem. Até porque muitas alunas encaram o curso como uma espécie de feminismo pós-soviético.
Com tão empenhado guru, a nova disciplina vai ganhando foros académicos. Se sterva em russo é sinónimo de "cabra" (o bitch dos anglo-saxões), o curso ministrado por Rakovsky pode ser baptizado "Stervologiya: a ciência da mulher para a mulher)". Há detalhes em%2

O Clube do Imperador

Ontem deu um filme fabuloso na RTP - O Clube do Imperador. Fiquei fascinado com a moralidade do argumento e com o grande sentido de nobreza.
Aproveitando a deixa do Granel e depois de andar aí por uns blogs amigos, encontrei este texto que me pareceu muito pertinente e que partilho, então, convosco, gente boa!
Quanto ao filme, vejam e percebam o porquê da minha introdução.
Viva a Democracia! Saravá!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Louvai irmãos...

Animem-se os defensores de uma alternativa ao Aeroporto da Ota: o "milagre" que o governo afirmou ser necessário para que mude de ideias pode não ser assim tão inalcançável.Afinal de contas, José Sócrates já não é o engenheiro, é o Senhor.

quando tiver tempo debruço-me a sério sobre esta questão...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Luzes apagadas e a viagem no tempo leva-nos a 1978, numa sala de cinema perto de nós, para uma cidadezinha da Pensilvânia. Ficamos a conhecer a vida normal de três homens, entre o trabalho, os copos e as mulheres até que o casamento de um deles marca o primeiro ponto de viragem desta história. A Guerra do Vietname passa a ser o cenário da violência mais negra que o ser humano é capaz de despoletar. A morte, um mero fim para o divertimento encontrado no sofrimento do outro. E se a roleta russa não mata o ser, mata com certeza o humano que há naqueles homens normais.

A festa que se quer no regresso a casa não é esperada. O homem que volta já não é o que partiu e não se encontra em nada do que deixou. Um passado que não se repete, um presente vazio de apegos. Resta-lhe os amigos, companheiros de guerra e de viagem aos infernos. De volta ao cenário da guerra, um outro Saigão, sempre tudo diferente, sem reflexos, sem reencontro interior. E uma outra fase que termina, desta vez com um funeral, o fim da guerra, o arrumar das memórias, um leve traço de esperança de algum novo começo, ensombrado por um brinde de gosto a fel ao som das palavras “God bless America”.

Estas impressões ficam muito aquém de tudo o que se sentiu neste filme apresentado pelo António e pela Helena. Porque “O Caçador”, mais do que um filme de guerra, é um filme de transformação, de causas e efeitos da acção impensada do Homem no próprio Homem. Parabéns amigos pela escolha e obrigada pela viagem!

Umas leituras para o caminho

Quem é que não leva leitura para uma viagem? Exactamente, embora a viagem se preveja curta deixarei aqui algumas leituras. Antes de mais, aproveito um texto de uma camarada de trabalho que explica a Judiaria do Olival:
A Judiaria do Olival foi estabelecida 1386 pelo rei D. João I, quando a zona de Miragaia começou a ser pequena para os judeus que aí residiam. O novo espaço abrangia, segundo José Coelho Dias, a Rua de S. Miguel, passando depois pela Igreja da Vitória, Rua da Vitória e Cadeia da Relação. Neste perímetro estaria uma sinagoga construída sob a ordem do próprio rei. O especialista acredita que o edifício religioso terá sido mandado destruir aquando da conversão forçada de todos os judeus de Portugal, em 1496/97, já no reinado de D. Manuel.
No ano de 1492, o estabelecimento em Portugal dos judeus expulsos de Castela pelos reis católicos Fernando e Isabel, mediante o pagamento de um imposto por cabeça, trouxe para a Judiaria do Olival 30 famílias, um total de 120 pessoas. Entre estas distinguiu-se a do famoso rabino Isaac Aboab, conhecido na história como o último Goan (sábio) de Castela. Aos judeus foram atribuídas habitações na Judiaria do Olival. O rabino viria a falecer em 1493, antes da conversão de todos os judeus de Portugal, levados à força da Judiaria do Olival para o «baptismo de pé» que lhes atribuiu outros nomes. De acordo com o especialista em Judaísmo e Religião Judaica o frei-geraldo José Coelho Dias, os judeus “contribuíram e muito para o progresso da cidade”. Conhecidos pela habilidade nos negócios, terão despertado nos comerciantes daquela altura alguma oposição à coroa portuguesa quando esta decidiu a sua expulsão/conversão forçada. Actualmente, no Porto, a comunidade judaica deverá ascender a 70 famílias.

Este texto foi retirado daqui, uma das reportagens que fizemos no Janeiro sobre a descoberta de um espaço religioso dentro de uma casa na Judiaria (o desenvolvimento da "estória" e a importância do Porto para os judeus e vice-versa). No JN, há dois textos interessantes de Germano Silva, sobre os judeus no Porto (embora não esteja assinado o estilo é GS) e de como a cidade do 31 de Janeiro sempre tratou os fidalgos (e os judeus). O relato sobre a nova Sinagoga, na revista da Comunidade Israelita de Lisboa, com referências à Judiaria do Olival. E a reportagem, em inglês, por Ignacio Steinhardt, o histórico correspondente em Israel da Rádio Comercial, que me habituei ouvir desde pequenino.
Para quem quiser, há ainda este post que mostra a anterior Judiaria, próximo do sítio onde nasci e onde "se desenrolou" o Amor de Perdição.
Quem quiser mesmo mais, pode dar uma vista de olhos ao blog da associação Ladina. E ao blog do muito respeitado Nuno Guerreiro.

Fui longo, desculpem. Beijos, abraços, parabéns e até logo.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

E se fossem todos à merda?

Sempre que digo a alguém que vou beber um copo ao melhor bar da cidade - O Pinguim - há normalmente uma pergunta que se vai impondo: «Ai é? Ainda se fazem as noites de poesia lá? É muito giro. Onde fica mesmo que já não me lembro?»
Ora, a imbecilidade não tem limites! Nem mesmo a da maior parte das pessoas que eu conheço, que não passam, enfim, de posers.
Esta gente acredita mesmo que só por dizer que conhece as Noites de Poesia (ai ui) que alguém a vai levar mais a sério. Esta gente não percebe que não basta parecê-lo, porque como diz um amigo «Até as mulheres cegas têm 5ª sentido» e apercebem-se da imbecilidade.
Por causa de gente como esta, que opta por dizer-se frequentador (que já basta, não é?, ao fim ao cabo a poesia é um bocadinho seca!) a frequentar de facto, as noites de poesia no Pinguim Café acabaram e agora amanhem-se.
Por isso a pergunta que eu faço é: e se fossem todos à merda?

Este post é dedicado ao Rui Spranger, o grande promotor das Noites de Poesia, um grande declamador e acima de tudo, uma pessoa que sempre quis divulgar de uma forma séria e honesta a Poesia. A ele: Muito Obrigado por este bocadinho e até já!