quinta-feira, 27 de abril de 2006

Arquitectura do seculo XX

Sim... Tomei-lhe o gosto...

Deixo aqui uma sugestão, visitem o site:

www.arquitectos.pt

Foi disponibilizado um serviço (IAPXX) pela ordem dos arquitectos que inventaria cerca de 6.000 obras arquitectónicas portuguesas do seculo 20, que significam cerca de 1.000 arquitectos diferentes.

A escolha, como referiu Helena Roseta, não é competitiva, ou seja, não se pretende fazer disto um ranking de arquitectos, apenas dar a conhecer bons trabalhos feitos ao longo do seculo XX por todo o país.

Uma curiosidade, todos os concelhos estão representados, podem procurar pelo vosso concelho e ver o que há de significativo na vossa area de residencia.


"O IAPXX - Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal - é uma iniciativa da Ordem dos Arquitectos em parceria com a Fundació Mies van der Rohe e o Instituto das Artes, co-financiada pelo Interreg III - SUDOE, que teve como objectivo registar em base de dados digital um levantamento do património arquitectónico construído em Portugal durante o século XX, tornando-o matéria acessível ao público em geral. Foi inspirado no Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa que se realizou entre 1955 e 1961 sob a tutela do então Sindicato Nacional dos Arquitectos. Com este levantamento, a Ordem dos Arquitectos procura criar mecanismos que permitam à sociedade portuguesa conhecer de modo informado e sustentado a nossa arquitectura novecentista com a finalidade de, por um lado, ajudar a traçar estratégias de salvaguarda dessa memória mais recente e, por outro, conduzir ao aprofundamento do significado da nossa cultura arquitectónica actual. Sendo um projecto desenvolvido à escala do território nacional, o IAPXX assentou em critérios de representatividade cronológica, estilística, regional ou tipológica, sem ignorar alguma valoração da “qualidade arquitectónica”. (...)"

Revivalismos

Estamos definitivamente numa época de revivalismos, e já que estes Senhores vão estar dia 29 no Hard-Club, porque não recordá-los também aqui:
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A casa portuense do seculo XIX


A ultima sessão foi sobre arquitectura por um arquitecto...

O Pedro brindou-nos com uma maquete (sua) de uma casa tipica da cidade do Porto construida no seculo XIX.
A sessão dividiu-se em 4 pontos:
  1. introdução
  2. os lotes e direitos de propriedade
  3. a construção
  4. antropologia dos edificios

Começando por desafiar os presentes a pensar no que gostam da arquitectura e dos espaços, passamos à sua gestão... Com o seculo XIX começam os primeiros problemas de aglomerados urbanos, havia que gerir o menor espaço disponivel para o maior numero de pessoas a habitar nas cidades, e chegamos à construção em altura (a enormidade de 3, 4 e até mesmo 5 pisos, imaginem...).

Para isto começaram a utilizar-se lotes para construir prédios, ora muitos destes lotes, apesar de compridos, eram estreitos. O exemplo da maquete que o Pedro nos trouxe seria de algo entre os 3 e os 4 metros. Por informação do Spranger, a casa mais estreita da Europa fica no Porto, entre as igrejas das Carmelitas e do Carmo... Sim, eu também nunca tinha reparado que elas não estavam coladas...

Quanto aos pormenores de contrução... Faltam-me os desenhos... Mas vou tentar resumir as preciosidades que ficamos a conhecer:

A casa começa por ter duas paredes de apoio, normalmente partilhadas com os edificios vizinhos, o conceito de "a minha parede no meu terreno" é pouco comum na cidade do Porto desta época. Estas paredes são em granito e têm pelo menos 60 cm de espessura, o exemplo máximo que o Pedro nos deu foi de 1 metro e 20 cm...

Os pisos são acentes em paus rolados apoiados nas paredes mestras, em cima dos quais está o soalho em madeira.

As paredes eram em tabique, ou seja: uma estrutura em madeira, coberta por um ripado coberto por sua vez com cal.

Ao centro do edificio está o vão de escadas, que divide cada piso em duas "salas", uma para a frente do edificio, outra para as traseiras, estes espaços podiam ser subdivididos. Por cima das escadas era comum haver clarabóias. Nas traseiras podia haver pequenos quintais, mas por vezes o fundo do prédio (como é o caso do nosso exemplo) juntava-se com o fundo de outro, não havendo janelas ou aberturas para o exterior.

O telhado era composto por asnas, uma estrutura de madeira onde "pousa" a telha.

Por fim, a fachada, como várias destas estruturas já descritas, chegava ao prédio já feita, ou seja, vários destes elementos de construção estavam padronizados, nas suas formas e tamanhos. Era também em pedra, coberta de piche e rematado com cal.

Entre as vantagens desta contrução estão o isolamento de humidade e termico.

Quanto à antropologia... Se casos havia em que o edificio era ocupado por uma familia com o seu negócio no rés do chão, este espaço no rés do chão, normalmente com uma porta independente, era muitas vezes alugado ou usado como armazém, e o prédio podia ser ocupado por várias familias, na nossa maquete "caberiam" até 6...

Espero ter transmitido um pouco do que envolve a aparente simplicidade destas construções... E que alguém corrija as prováveis barbaridades que aqui escrevi... Isto de escrever de cor sem ter recolhido informações só pode dar um monte de asneiras,...

terça-feira, 18 de abril de 2006

Unidos em várias causas

Bem, não vou dizer muito neste post, peço-vos só que se dirijam à página :

http://www.ipetitions.com/petition/unidasporumacausa/

Beijos e abraços

domingo, 16 de abril de 2006

QUEM SABE

Importas-te muito que Deus exista?
Importas-te muito que uma névoa te desenhe o destino?
Que as tuas orações necessitem de um interlocutor?
Que o grande criador possa ser o grande injusto?
Que os torturadores possam ser filhos de Deus?
Que se tenha que amar a Deus sobre todas as coisas e não sobre os próximos e próximas?
Já pensaste que amar o Deus intangível produz um sofrimento tangível e que amar um corpo de rapariga que se pode tocar produz em troca um prazer quase infinito?
Por acaso acreditar em Deus apaga-te o prazer humano?
Terá Deus sentido prazer ao criar Eva?
Terá Adão sentido prazer quando inventou Deus?
Por acaso Deus ajuda-te quando o teu corpo sofre?
Ou não é sequer uma anestesia fiável?
Importas-te que Deus exista? Ou não?
A sua não existência será para ti uma catástrofe mais terrível que a morte pura e dura?
Importar-te-á descobrir que Deus existe mas que está imerso no centro de nada?
Importar-te-á que desde o centro de nada se ignore tudo e em consequência nada conte?
Importar-te – ia a presunção de que se bem tu existas Deus quem sabe?


MÁRIO BENEDETTI

quinta-feira, 13 de abril de 2006

Recuando até 1988

A descoberta do vídeo dos The Clash fez-me pensar que talvez existisse aqui pelo espaço cibernético algumas pérolas audiovisuais.
Fui pesquisando, pesquisando e às tantas...
encontro este vídeo. Tem uma curta entrevista pelo meio, mas ainda assim merece ser visionado. Afinal de contas estávamos em 1988 e as vozes ainda eram puras.
Bom visionamento,

P.S. Por dificuldades tecnicas, vou retirar o video do blog, no entanto deixo o link para quem ainda não teve oportunidade de visualizar.
Vídeo de Pixies - http://www.broszkowski.com/tv/pixies/pixiesnigt_2.wmv

quarta-feira, 12 de abril de 2006

This is Radio Clash!

24 de Dezembro de 1987 , no rádio soava a última música do programa do nosso herói, na Rádio Caos. O último tema não podia deixar de ter a vertente eclética que tanto distinguia este programa.
Nesse mesmo ano, a Assembleia da República aprovou a lei que fez desaparecer todas as rádios pirata, nesse ano começava a morrer aquilo que para muitos foi a única enciclopédia que conheceram na vida - a rádio dos que a faziam com amor e sinceridade.
Todos eram livres e eram livres por culpa da música que ouviam! O herói desta pequena história, ouvia tudo e divulgava tudo, mas como toda a gente tinha uma grande referência que o seguiu sempre - The Clash! Mas, perguntam vocês, como é possivel ser tão eclético e a banda de eleição ser uma simples banda de rock'n'roll?? É simples, The Clash é uma banda com uma abrangência musical muito grande que vai do rock ao dub.
Mas não era só por isso que estes 4 Magníficos o cativavam. Era a sua energia, a sua força, a sua luta e a sua poesia. E por isto, sempre que falava de Clash o seu rosto e a sua voz transportavam a fúria, a ironia, a revolta, a alegria e o amor que saía da música da Banda de Strummer e Jones.
O nosso herói é um homem de lutas, não olha a cor, a partido, a sexo, a nada, só àquilo que ele acha correcto e honesto! Dizem que um homem também se faz da música que ouve! Este homem partilhou com os outros aquilo que ouvia!
Já há muito que se perdeu o espirito de partilha de discos com os amigos e de gostar das coisas por nós próprios! Era isto que os Clash queriam, que cada um pensasse por si e que procurasse para poder escolher e não que ficasse sentado no sofá á espera dos discos da semana com pontuação no Blitz. Os Clash queriam que saíssemos para a rua num motim de rock'n'roll.
Não vos vou falar na música que ouvimos, vou-vos convidar a ouvirem os discos, só dessa forma perceberão a paixão do nosso herói!
O nosso herói não é nenhum herói, ele só não tem medo que a cidade arda porque mora junto ao rio!


OBRIGADO RUI SPRANGER!
uma pequena surpresa ao amigo Spranger:


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segunda-feira, 10 de abril de 2006

"Terrorismo" católico

Igreja não quer festival de dança na Madeira

Estalou a guerra por causa da Sexta-feira Santa. No centro da polémica está um festival de dança agendado para o fim-de-semana de 14 e 15, na Mariana do Lugar-de-Baixo, Ponta do Sol (Oeste do Funchal, Madeira). A Igreja está contra, diz que é uma “falta de respeito pelos símbolos religiosos” e pede aos jovens para não se deixarem “sujar com o dinheiro de Judas”.


Foi com estas palavras que, ontem de manhã, o bispo do Funchal, D. Teodoro de Faria, se insurgiu contra na homilia do Domingo de Ramos. À tarde, um grupo de padres e populares subscreveu uma petição contra o festival, no qual se lê que “o terrorismo não se faz só com bombas e armas”.

Os jovens estão indiferentes às solicitações da Igreja. “Entendo a posição, mas cada um tem direito de fazer o que lhe apetece”, diz Duarte Berenguer, 24 anos, que admite participar na festa. “A Igreja não está a evoluir. Este assunto está a dar mais polémica por ser feita numa zona rural, menos citadina. Isto não é normal. É costume haver festas nesta altura e há bares que na sexta-feira estão abertos toda a noite.” Também para Filipe Caires, 24 anos, “a posição da Igreja não se justifica e só faz com que os jovens se afastem mais”.

GOVERNO LAVA AS MÃOS
O CM perguntou ao Governo Regional da Madeira o que achava da polémica, uma vez que a festa é apoiada pela Direcção Regional de Turismo. A resposta do assessor Paulo Pereira foi curta: “Não temos nada a ver com isso.”O Madeira Paradise Dance Festival 2006 é uma iniciativa da Câmara Municipal da Ponta do Sol. Organização e autarquia estiveram ontem incontactáveis.

NOTAS DE UMA POLÉMICA
HOMILIA
“Sexta-feira Santa é um símbolo sagrado, dia da morte de Jesus”, disse D. Teodoro Faria. “Faltar ao respeito aos símbolos religiosos ofende e faz sofrer os que têm fé. É preciso saber dizer não e sim à própria consciência.”
PETIÇÃO
“O paraíso para aqueles que planearam e levam a efeito o dito espectáculo é viver numa ilha onde se desrespeita de forma grotesca os sentimentos mais profundos de uma comunidade”, lê-se na petição.
FESTIVAL
É esperada uma enchente no festival. Entre os nomes convidados estão DJ de topo: Roger Sanchez, Steve Angelo e Hernan Cattaneo. Os críticos não poupam a Câmara e a Região de Turismo, por apoiarem a iniciativa.

Diana Ramos / Miguel Azevedo, Correio da Manhã

Os jornais são uma fonte interminavel...
E a nossa igreja também...
Não, não estamos a falar de um padre de uma qualquer paróquia, estamos a falar de um Bispo...
E, aparentemente, respeitar os simbolos religiosos obriga os não-católicos a cumprir os velhos preceitos e tradições da igreja católica...
Provavelmente também chamam os iranianos de infiéis e pecadores a caminho do inferno...

Já houve tempos em que a Fé se impunha pela força, no entender de alguns devia continuar a ser assim...

sábado, 8 de abril de 2006

La Tigre e La Neve

Quando Benigni fez "A Vida é Bela" todos se perguntaram: Estará louco? Uma comédia num campo de concentração? Exacto, e porque não? Porque sim, porque é o CAOS por excelência. E Benigni sempre se deu bem no caos. Aliás, sempre teve necessidade de o criar - Benigni é provavelmente dos poucos cómicos anarquistas da actualidade e é-o como ninguém (a cerimóna dos Oscares é disso exemplo).

A receita repete-se em O Tigre e a Neve, agora no Iraque, um Iraque que está a ferro e fogo, à beira do caos. Benigni vai lá (pelo menos tanto quanto possivel, o filme é rodado num Iraque improvisado na Tunisia) e junta ao caos do cenário e ambiente de guerra iminente o seu próprio caos. E é assim que o filme, salta de peripécia em peripécia na busca de medicamentos e equipamentos para salvar a sua amada que foi vitima de um dos primeiros bombardeamentos das forças aliadas (Fomos nós carago!!! Avé Durão). Ou seja, uma história dramática acolchoada por uma carga cómica montada à sua volta. E é neste terreno que Benigni brilha - brilha porque está no seu terreno, brilha porque contracena com a sua mulher, brilha porque os holofotes estão-lhe todos apontados (um ou outro ilumina Nicolleta).

Parece-me que o resultado é profundamente compensador, se me permitem uma palavra que a mim me é muito cara, delicioso. Mais uma vez me vejo curvado perante o "Chaplin" italiano. O meu muito obrigado.

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Os "brinquedos" divertidos dos laboratórios

Na passada terça feira a Fi apresentou-nos de uma forma descontraída a sua paixão: a Bioquímica.

Para a sua sessão a Fi trouxe material diverso (pipetas, pipetas conta-gotas, pontas para pipetas, tubos de ensaio, corante, etc.) criando desta forma uma sessão à sua imagem: simples e prática.
Na mesa havia muito material e muito variado, todos pudemos brincar… havendo inclusive um caixote do lixo próprio para o material onde podíamos “dispensar” o material que já tínhamos utilizado.
Deixando um bocadinho de lado a teoria a sessão foi muito prática pois tivemos a oportunidade de manusear vários instrumentos e foi-nos ensinando a fazê-lo correctamente com respectiva explicação do seu funcionamento.
Com o decorrer da sessão foram sendo colocadas várias questões e dúvidas que iam surgindo e que a Fi prontamente respondia.
A origem desta paixão também foi referida na sessão. Esta surge da necessidade que a Fi tem de ajudar os outros mas sem se envolver directamente com os pacientes, uma vez que ela se apega muito às pessoas sofrendo com os problemas destas, não sendo isso favorável nem para ela nem para os doentes. Com a sua rapidez e eficácia a Fi sente que pode ajudar várias pessoas (tem acesso apenas ao processo das pessoas, não lidando com elas directamente).
Desta forma a paixão foi sendo partilhada com os restantes pinguins. Com o material que a Fi trouxe do Hospital pudemos experimentar um pouco daquilo que ela faz no seu dia-a-dia.
Uma sessão que inicialmente temi tornar-se muito teórica e enfadonha foi muito divertida e por isso agradeço sinceramente à Fi e dou-lhe os meus sinceros parabéns pois passei uma noite a “brincar” com material que no passado não suportava.
Enfim, no fundo só lamento ter sido nomeada voluntária para escrever o post uma vez que considero que a Fi e a sua paixão mereciam melhor e eu não o consegui fazer.

Esta sessão não teve direito a fotos (e merecia), mas...

terça-feira, 4 de abril de 2006

Índia receia imagens do Google Earth

Hoje é dia de pinguins, já que não posso ir, desculpem-me, deixo aqui a minha farpa:

Índia receia imagens do Google Earth

As imagens de alta definição disponibilizadas pelo Google Earth (servidor com mapas satélites de diversos pontos do Globo) estão a assustar os responsáveis miliares da Índia.

O comandante-chefe do exército indiano, general J.J. Singh, já veio a público considerá-las “uma ameaça para a segurança nacional”.

“Algumas imagens disponibilizadas e acessíveis a qualquer pessoa mostram bases militares estratégicas situadas no Norte da Índia”, indicou o general, o que poderá dar vantagens a grupos que não tenham os seus próprios satélites de defesa para obter a localização exacta dessas bases.

J.J. Singh foi mais longe e considerou que “o Google Earth é igualmente perigoso para todos os países, referindo ainda que o assunto tem de ser pensado e debatido de uma forma conjunta e global por todos os países”.

Singh fez estas declarações ontem numa conferência sobre ‘Comunicações na Área da Batalha Táctica’.

Recorde-se que já em Agosto passado dois membros do Parlamento holandês questionaram o ‘software’ de imagens por satélite do Google. Segundo eles, o programa podia muito bem ser utilizado para procurar potenciais alvos para ataques terroristas.

M.A., in Correio da Manhã

A escolha desta noticia é quase aleatória, já muito se falou deste assunto e em vários paises, já foram até censurados mapas da Austrália que mostravam uma central nuclear.
Hoje, contudo, chamou-me a atenção por falar da India.
A primeira pergunta que me surgiu foi:"mas estes gajos têm medo de quê?"
Resposta obvia: "São a maior democracia do mundo, têm armamento nuclear e vivem em tensão com um vizinho também nuclear..."

Estas questões de segurança nacional, segredos militares e afins incomodam-me. Por principio não vejo nenhum mal no funcionamento do Google Earth, compreendo o "perigo" de ser acessivel a todos nós imagens de satélite pormenorizadas, mas continuo a pensar que quem não deve não teme e não é isto que vai servir de arma aos terroristas ou paises do eixo do mal, as informações estão disponiveis de outra forma...

A arma mais poderosa e mortifera que eu conheço chama-se medo...
Gostava de vos deixar a pensar nisto e ouvir opiniões (em especial as mais avalizadas sobre o assunto, não é xôr doutor?)

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Eu sei que vou-te amar

Um leve tilintar de gelo num copo... de whisky, adivinha-se.
Aguardo pelo iniciar da musica, surge uma voz e a confirmação. Sim é whisky!
e Sim... é Jorge Palma.
Em jeito de "dizeur", Jorge Palma traz-nos uma letra/poema de Tom Jobin. Seguramente todos nós ja escutamos diversas versões desta música, mas esta...
bem, por esta versão, apaixonei-me.

A voz calma, mas forte e segura de Palma parece que de frente para nós conta como uma confissão, um desabafo, uma intimidade.
Pausa para mais um gole e uma passa para aliviar a traça... e surge em escala, os Tête Vocal.
Agora a música é outra, algo celestial vinda lá de cima, como que trazida por anjos a anunciar ao mundo esse amor que é só de um.
Copo pousado, mágoa afagada e já sem gravidade, muda o registo. Palma reentra não só apenas para dizer, mas para celebrar. Eu sei que vou-te amar...
e assim também eu já embalado, começo a dizer de mim para ti... ainda que não me escutes ... eu sei que vou-te amar!

A música já não é do Jobinho, já não é de nenhuma das versões conhecidas, e muito menos é do Palma. A música ja é minha.

é a despedida, Jorge Palma afasta-se. Ficam por breves instantes os anjos a voltar aos céus e o tilintar do gelo no copo a chamar-me à terra.

Prémio Fotojornalismo Visão/BES

Não, não morri, nem emigrei, nem fui de férias... Continuo por cá...

No ultimo sábado fui a Lisboa assistir à conferencia sobre fotojornalismo de guerra, apresentada na sequencia da entrega de prémios de fotojornalismo.
Aproveito para dar os parabéns ao Pedro Correia, vencedor deste ano, e lembrar a quem quiser conhecer os prémios que pode ir a http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=330015.
Confesso a minha pequena desilusão por não ter ouvido o James Natchwey, já que se teve que ausentar em trabalho para a Tailândia, mas fiquei satisfeito com os outros oradores, Christopher Morris, fotojornalista da agencia VII, MaryAnne Golon, editora da Time, e Alain Mingam, da RSF (Reporters Sans Frontiers).

Pedro Correia, JN

De todas as coisas interessantes que ouvi muitas foram "recados" aos nossos jornais, directores e editores. Sobretudo quanto à importancia da fotografia nos jornais e revistas, o seu espaço e o seu objectivo, mas de tudo isto falaremos opurtunamente...

Os prémios de Fotojornalismo da Visão são, na minha opinião, os mais importantes da area do Jornalismo em Portugal neste momento. Primeiro pelo reconhecimento a quem faz um bom trabalho, depois pelo incentivo a que se faça cada vez melhor e por ultimo... deixem-me usar a voz do povo : "só quem provou o vinho mau reconhece o bom" (e vice versa...)