domingo, 26 de fevereiro de 2006

Projecto Esperança

Foi tornado publico há dias o projecto Esperança. Este é um projecto de divulgação de crianças desaparecidas, é também uma ferramenta para permitir informações e alertas mais facilmente.
Aqui ficam as informações do site e o respectivo endereço.

O que é o Projecto Esperança ?

Não se pode exprimir por palavras a dor de um pai e de uma mãe ao perder o que de mais precioso têm na vida, o seu filho. Não existem palavras que traduzam o desespero e o sofrimento de uma criança a quem lhe é roubado o mundo em que vive.

Não queremos nem podemos ser indiferentes a toda esta infelicidade que nos rodeia, se cada um de nós der um pouco do seu tempo, do seu trabalho e da sua força podemos mudar algo. O nosso pouco pode levar muita esperança aos que dela vivem.

Desenvolvemos alguns cartões que poderá colocar facilmente no seu site pessoal, comercial ou blog. Estes cartões têm fotografias e informações de crianças desaparecidas em Portugal.

A internet é um poderoso recurso no combate a este tipo de problemas. Juntos poderemos levar estes rostos a milhares de pessoas.

Não permita que estas crianças caiam no esquecimento. Colabore!

http://www.portoxxi.com/desaparecidos/

sábado, 25 de fevereiro de 2006

ERROS DE UM PADRE NOVATO

O novo padre da paróquia estava tão nervoso no seu primeiro sermão que quase não conseguiu falar. Antes do seu segundo sermão, no Domingo seguinte, perguntou ao Arcebispo o que fazer para relaxar. Este sugeriu o seguinte:

"Da próxima vez, coloque umas gotinhas de vodka na água e vai ver que, depois de alguns goles, vai ficar mais relaxado."

No Domingo seguinte o Padre aplicou a sugestão e sentiu-se tão bem, que poderia falar alto até no meio de uma tempestade, de tão descontraído que estava! Regressando à reitoria da paróquia, encontrou um bilhete do Arcebispo que dizia:

" Caro Padre, da próxima vez, coloque umas gotas de vodka na água e não umas gotas de água na vodka. Deixo-lhe os seguintes reparos para que não se repita o que se viu no sermão de hoje:

- Não há necessidade de pôr limão e açúcar na borda do cálice.

- O missal não é, nem, deve ser usado como apoio para o copo.

- Aquela casinha ao lado do altar era o confessionário e não a casa de banho.

- Evite apoiar-se na imagem de Nossa Senhora e muito menos beijá-la e abraçá-la.

- Existem 10 mandamentos e não 12.

- Os apóstolos eram 12 e não 7, e nenhum deles era anão.

- Não devemos referir a Jesus Cristo e seus apóstolos como J.C. e companhia.

- David derrotou Golias com uma fisga e uma pedra. Nunca lhe foi ao cú.

- Não nos referimos a Judas como "filho da *".

- Não deverá trocar o Papa pelo " Padrinho".

- Judas não enforcou Jesus e Bin Laden não tem nada a ver com o assunto.

- A água benta é para benzer, e não para refrescar a nuca.

- Nunca reze a missa sentado na escada do altar, muito menos com um pé sobre a Bíblia sagrada.

- As hóstias são para ser distribuídas pelo povo. Não para ser usadas como aperitivo para acompanhar a bebida.

- Procure usar roupas por debaixo da batina, e evite abanar-se quando estiver com calor.

- Os pecadores vão para o inferno, e não " para a p * que os pariu".

- A iniciativa de chamar o público para dançar foi muito plausível, mas. ...fazer um comboio pela igreja????

Pelos 45 minutos da missa que acompanhei, notei estas falhas. Lembro-lhe também que uma missa leva 1 hora, e não 2 tempos de 45 minutos cada.
IMPORTANTE: Aquele sentado no canto do Altar, ao qual se referiu como "paneleiro" e "travesti de saias". era EU!
Espero que estas falhas sejam corrigidas no próximo Domingo.


O Arcebispo"

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Lisbon Story

Na última sessão foi apresentado o filme: “Lisbon Story” ou a “Viagem a Lisboa”, como preferirem que representa não uma paixão mas sim várias…

Jorge gosta deste filme por vários motivos, aqui ficam algumas justificações para a escolha deste filme:

- Wim Wenders

- Cidade de Lisboa
Não só a parte bela e luminosa da cidade, mas também a parte escura e suja da cidade.

- Madredeus (banda sonora do filme)
Aliás, foi através da banda que o teve conhecimento do filme… um videoclip.

- Manoel de Oliveira

(foram referidas mais razões durante a sessão, mas confesso que não me recordo)

Para quem não conhece o filme aqui fica a sinopse:

“Debaixo de um monte de cartas está um lacónico, porém imperativo, telegrama: o engenheiro de som Philip Winter tem que viajar até Lisboa para ajudar o seu amigo Friedrich Monroe, que está a rodar um filme naquela cidade. Com um pé engessado, Winter atravessa a Europa de norte a sul até chegar à capital portuguesa, só que já é um pouco tarde demais: Friedrich desapareceu. Na grande casa onde vivia, o realizador não deixou mais do que uma película inacabada, imagens sem som recolhidas nas ruas de Lisboa com uma velha câmera de filmar, como a de Buster Keaton em The Cameraman. Pacientemente, Winter decide pôr o som nas imagens: encantado com a cidade, deambula pelas ruas de microfone na mão, atrás das filmagens do amigo. Entretanto conhece os Madredeus e a sua bela cantora, Teresa, a que Winter não fica indiferente. O grupo tinha alojado o cineasta e, antes deste partir, tinha mesmo chegado a compor a música para o seu filme. Winter trava ainda conhecimento com o realizador Manoel de Oliveira com quem fala de Deus, da arte e do cinema. Só que de Friedrich, nem rasto. Talvez se tenha aventurado por bairros mal afamados. Pelo menos é isso que Winter acaba por pensar quando um ladrão foge com o seu dinheiro.”

Eu era uma das que desconhecia este filme, afinal, como diz o Danin eu tinha apenas 1 ano quando ele foi realizado (1994), mas vale a pena… É muito bom!

Eu não tenho essa paixão por Lisboa, até porque nem conheço bem esta cidade (é fácil não gostar do que desconhecemos!), no entanto, adorei as imagens, os sons… as crianças! Enfim, TUDO! Podia enumerar muitas coisas, mas corria um sério risco de me tornar ainda mais maçuda!

Confesso que para escrever sobre esta sessão tive alguma dificuldade, apesar de ter gostado muito esperava que fosse o Tó a fazê-lo, e não eu! Pelas falhas, omissões e outros factores culpem o Tó! E para mais informações procurem o Jorge.

domingo, 19 de fevereiro de 2006

Bauhaus - fotos








créditos: Cláudia Souto

sábado, 18 de fevereiro de 2006

Bauhaus

Ontem (17 de Fevereiro) o Coliseu do Porto acolheu um dos mais consistentes projectos musicais da actualidade. David Jay, Kevin Haskins, Daniel Ash e Peter Murphy reencontraram-se em palco para mais uma manifestação de puro prazer.

A história dos Bauhaus começa nos finais dos anos 70 quando os os irmãos David Jay e Kevin Haskins têm a ideia de formar uma banda, convidando Daniel Ash para se juntar ao grupo. Uma primeira fase que a historia se encarregou de apagar da memória pela pouca expressão que teve, até ao momento em que Peter Murphy é convidado para dar voz ao projecto. Inicialmente intitulado como Bauhaus 1919, acaba mais tarde por se tornar simplesmente Bauhaus numa homenagem à Escola de Arquitectura e Desenho Industrial na Alemanha fechada em 1933 pelo regime nazi.

Em 1979, surge o 1º tema que iria marcar definitivamente o estilo Bauhaus e atrair um sem numero de fiéis da banda. “Bela Lugosi’s dead” é um tema conceptual de 10 minutos de duração consagrado ao actor que eternizou o Conde Drácula em filmes de série B.
Em 1980 são já uma banda “convencional” com contrato assinado com uma gravadora ( inicialmente assinam com a mítica 4AD) e fazem digressões pela Europa e Estados Unidos.
Conhecem no entanto um novo fulgor quando em 1982 o álbum “Press the eject and give me the tape” dá a conhecer uma interpretação ao vivo do tema de David Bowie, “Ziggy Stardust”.
Em 1983, após o lançamento do single “She´s in Parties” e uma agenda repleta de concertos por vários pontos do globo, decidem anunciar o seu fim.

Poderíamos pensar que tinha sido o fim de uma das melhores bandas do pós-punk, mas atrevo-me a achar que ainda bem que terminaram. Peter Murphy decide lançar-se numa carreira a solo e os restantes elementos sob a liderança de Daniel Ash (que também desenvolve alguns projectos a solo) fundam os Love and Rockets.
Ficam afastados até 1998, ano em que se juntam para a “Ressurection Tour. Aproveitam ainda para lançar “Crackle” e “Gotham” .

Foi com este percurso que este 3 em 1 (Bauhaus, Peter Murphy e Love and Rockets) se apresentaram no Coliseu do Porto.
Um palco minimalista, com um desenho de luzes simplificado apenas com uma grossa corda rasgando a estrutura de instrumentos musicais. Esta apresentação cénica teatral é reforçada logo na 1ª aparição de Peter Murphy em que demostra a potencialidade da sua voz, mas também o seu pendor dramático.
Cerca de 2500 pessoas são “iniciadas” neste concerto de culto pelo sacerdote P. Murphy coadjuvado pelo não menos brilhante Daniel Ash que brinca com a sua guitarra tão bem quanto brinca com o publico. Sublimes na gestão de emoções, os Bauhaus levam o publico ao rubro e acalmam-o à medida do seu alinhamento perfeitamente pré-desenhado. Ainda que houvesse espaços para a improvisação, os melhores momentos encontram-se na distribuição de pétalas de rosa sobre as cabeças das primeiras filas e na interrupção que fazem de “Ziggy Stardust” em que obrigam o público a esperar (e desesperar) largos minutos para escutar o ultimo verso do tema. “Bela Lugosi´s dead” fecha o concerto após 2 encores em que Peter Murphy abrindo uma larga capa se afasta em voo de morcego.

Quem lá esteve entrou em pânico pelo acender das luzes temendo pela vida do “vampiro” . Esperemos que tenha regressado à tumba e que nos seja possivel ver todos juntos uma vez mais.

Por motivos que me são estranhos não estou a conseguir adicionar fotos do concerto. Assim que for possivel, volto à carga.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Comida Afrodisíaca

A mim coube-me a difícil tarefa de falar da paixão da Antonieta (que a partir de agora é nossa também!). Como falar de uma noite tão fantástica?! Não sei, mas vou tentar…
Que noite incrível… Comida afrodisíaca!

Não falhou nada! A comida estava deliciosa. Havia muita variedade e muita qualidade!
Frango mole, legumes, batatas selvagens, arroz e camarão com caril. Não sendo eu uma apreciadora de camarões deste prato não me atrevo a falar, apesar de que ninguém se queixou este foi o único prato que não provei! Mas os outros estavam muito bons, o tempero estava fantástico.

Depois para os mais gulosos ainda havia brigadeiros, bolo de chocolate e uns morangos com chocolate que… huummm!

Ah! É claro, sem esquecer o vinho que é o “néctar dos deuses, consolação dos mortais, o vinho é uma maravilhosa bebida que tem o poder de afastar as preocupações e dar-nos, ainda que seja por uns instantes, a visão do Paraíso.”

“Não se pode negar o poder afrodisíaco do vinho: em quantidade moderada dilata os vasos sanguíneos, levando mais sangue aos órgãos genitais e prolongando a erecção, desinibe, relaxa e alegra, três requisitos fundamentais para uma boa execução, não só na cama, como também no piano.”

Para que os olhos também pudessem comer foi tudo pensado ao mais ínfimo pormenor, a decoração também estava linda! Na mesa estava colocada uma toalha cor de salmão (oferta da avó da Antonieta), havia ainda jarras com flores, incenso, velas, guardanapos vermelhos, taça com vários tipos de frutos, tudo muito bem pensado…

Nesta sessão nada foi por acaso, a decoração, a fruta, as ervas aromáticas, os vegetais, etc., tudo teve uma intenção específica e para mais esclarecimentos dirijam-se à Antonieta.

Esta sessão foi em parte baseada no livro de Isabel Allende: Afrodite – Histórias, Receitas e outros Afrodisíacos. Este livro é dedicado aos amante brincalhões e – porque não? – também aos homens e às mulheres melancólicas.
Eu li algumas passagens deste livro e confesso que têm algumas partes muito interessantes! Não dava para colocar tudo aqui!

Para finalizar, os meus sinceros parabéns à Antonieta que é realmente uma excelente cozinheira.

A melhor sessão do Clube

hmmmm...
A comida estava mais que deliciosa e ainda por cima apresentada com todo o requinte.
Descobrimos uma paixão colectiva, comum a todos os que estiveram ontem no Pinguim.
Paixão ou pecado... Pecado da Gula!
A Antonieta cozinha realmente muito muito bem.
Muito obrigado, Antonieta!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

"O homem não nasceu para trabalhar, mas para criar."

Agostinho da Silva nasceu no Porto em 1906 e cresceu em Barca d'Alva. Na faculdade de Letras do Porto conclui a licenciatura em Filologia Clássica com 20 valores e o doutoramento com o «maior louvor». Uma bolsa de estudo leva-o até à Sorbonne e ao Collège de France.

Professor, pensador, tradutor (falava 15 linguas), este homem simples e humilde marcou o pensamento português do seculo XX, não tinha telefone, não tinha BI, não tinha nº de contribuinte, fundou universidades e nunca quis ser mestre, preferia ser um eterno aprendiz.

Pelo centenário do seu nascimento aqui ficam algumas citações:

"[...] não me importa nada que me critiquem. Exactamente como não me importa nada quando me elogiam. Tanto me faz que uma pessoa me elogie como me censure – eu considero aquilo como uma opinião pessoal e não comparo com coisa nenhuma porque eu próprio não tenho opinião pessoal a meu respeito. Não me sinto nem herói, nem criminoso, sinto que vivo, sinto que sou" – Vida Conversável [1985].

"Acompanhando Gide, faço votos por que a loucura me inspire e a razão me exprima" - Pensamento à Solta.

"Claro que sou cristão; e outra coisas, por exemplo budista, o que é, para tantos, ser ateísta; ou, outro exemplo, pagão. O que, tudo junto, dá português, na sua plena forma brasileira" - Pensamento à Solta.

"Vivo o mais possível no mundo que há-de vir e que é o do Milénio, o do Espírito Santo, o do Evangelho Português, o do Quinto Império, o do Neo-paganismo; e tomo as maiores precauções para que me não esfacele o que ainda há" - Caderno Três sem Revisão [inédito].

sábado, 11 de fevereiro de 2006

Nouvelle Vague do Século XXI

Em meados de 2004, Oliver Libeaux e Marc Collins convidam 7 vozes femininas a interpretar temas que fizeram o furor no chamado movimento New Wave dos finais de 70 e principios de 80.

O jogo de palavras sugerido pelo titulo de trabalho: Nouvelle Vague, é extremamente completo pela sua amplitude. Tradução literal do inglês New Wave, é também uma tradução livre do brasileiro Bossa Nova (como fica patente nas audições dos temas) e radica ainda no movimento Nouvelle Vague iniciado por Godard.

As vozes convidadas carregadas de frescura, pontuam os temas com doses de ingenuidade desconcertantes como na interpretação do tema “Too Drunk to Fuck” dos Dead Kennedys. As orquestrações demonstram a contemporaneidade dos temas originais. Sem as adulterar, são introduzidos samplers de bossa nova e convidam ao relaxe de um fim de tarde e à escuta atenta das letras que alguns dos originais não o faziam.

O album composto por 13 temas, consegue recriações notaveis como os temas “ A Forest” dos The Cure ou “Love will tear us apart” de Joy Division.
Deixo-vos o alinhamento do Album e o convite à audição de alguns temas:

1. "Love Will Tear Us Apart (feat. Eloisia)"
2. "Just Can’t Get Enough (feat. Eloisia)"
3. "In a Manner of Speaking (feat. Camille)"
4. "Guns of Brixton (feat. Camille)"
5. "(This Is Not a) Love Song (feat. Melanie Pain)"
6. "Too Drunk to Fuck (feat. Camille)"
7. "Marian (feat. Alex)"
8. "Making Plans for Nigel (feat. Camille)"
9. "A Forest (feat. Marina)"
10. "I Melt With You (feat. Silja)"
11. "Teenage Kicks (feat. Melanie Pain)"
12. "Psyche (feat. Sir Alice)"
13. "Friday Night, Saturday Morning (feat. Daniella D’Ambrosio)"

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Nouvelle Vague dos 60's

"One plus one" de Godard, a paixão do Ricardo!
E assim nos foi apresentada:


Na conturbada década de 60 o mundo convulsiona-se.

De um extremo ao outro da fragil América Latina, as ditaduras eram cada vez mais ferozes e sofisticadas;

Havia o genocidio no Vietnam, guerras em Africa e no Biafra;
Tropas inglesas ocupam a Irlanda do Norte, havia fome na India, assassiníos de J. F. Kennedy, Martin Luther King, Patrick Lumunba, Ernesto "Che" Guevara, Camilo Cienfuegos;

Na peninsula Ibérica caducos regimes simpatizantes da besta nazi impunham a repressão.


"Se o quotidiano diário tem 24 horas, o cinema é a verdade a 24 imagens por segundo"
Jean-Luc Godard

"Jean-Luc Godard (Paris, 3 de Dezembro de 1930) é um cineasta francês reconhecido por um cinema vanguardista e polêmico, que tomou como temas e assumiu como forma, de maneira ágil, original e quase sempre provocadora, os dilemas e perplexidades do século XX. Além disso, é também um dos principais nomes da "Nouvelle Vague", assim como Truffaut." in Wikipédia

Este filme (1+1) é em parte documentário musical e em parte colagem de cenas ficcionadas.

Enquanto documentário musical apresenta-nos um registo fiel e minucioso sobre a génese de uma canção, "Sympathy for the devil", Godard filmou os interminaveis ensaios e gravações em que os Rolling Stones dão forma à musica. Podemos vê-los excitados ou abatidos, concentrados ou descontraídos, ouvindo ou discutindo, enquanto a camâra se passeia pelo estudio em planos sequência.

Por outro lado, mostra-nos sketches da revolução dos dias modernos, da luta pela liberdade das minorias, quase sempre carregados do teor politico que se discutia nos anos 60. O realizador levanta questões como a independencia da mulher, o comunismo, o fascismo e o poder negro como era visto pelos Black Panthers.

Entre "sympathy for the devil", realiza uma entrevista a Eva Democracia sobre as relações entre cultura e revolução, alguém pinta graffitis com expressões como SOVIETCONG, CINEMARXISM, CINEMAO, isto alternado ainda com alguém que lê excertos de Mein Kampf numa livraria pornográfica.

Este filme é de facto um mais um, um documentário sobre rock para os fans dos Rolling Stones e um comentário e sátira politica.

(nota: o ultimo filme de Godard chama-se "Notre musique" e é de 2004)

Manuel Cintra

O Manuel Cintra fez-nos uma surpresa e vai estar logo à noite no Pinguim Café para mais um espectáculo, desta feita chama-se "Cartas do Soldado". A quem puder aparecer aconselho vivamente a fazê-lo!

Aviso

A proxima sessão, que será da responsabilidade da Antonieta é restrita aos membros inscritos no Clube.

Última Sessão

Não quero deixar de dar aqui os parabéns ao Ricardo pela sessão dele. O filme foi surpreendente, bem como toda a contextualização histórica. Uma sessão de verdade com o cinema verdade do Godard!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Hoje não vou

Caros amigos,
Infelizmente não vou poder ir hoje à sessão do Clube porque começo a filmar às 22h.
As minhas desculpas ao Ricardo e votos para muita diversão.
Abraços

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Triangulo Jota

Bem, para os curiosos, o triangulo jota já tem dois blogs. Ainda estão no começo e não há quase nada para ver, em todo o caso aqui ficam os endereços: www.trianguloj.blogspot.com e www.triangulojota.blogspot.com .

Será xenofobia?

Há já varios dias que se fala da questão dos cartoons publicados na Dinamarca. Parece-me chegada a altura de reflectir um pouco sobre o assunto.

Primeiro há várias dúvidas de quem, como e porquê fez chegar estes cartoons ao conhecimento do mundo árabe... Depois há a inflamação de parte a parte quanto aos direitos e deveres de cada uma (entendam-se as partes como Europa e Islão).

Resumindo a história para não nos perdermos... Um pequeno jornal dinamarques publicou varios cartoons, sendo alguns alusivos a maomé e ao terrorismo em associação directa. Com a publicitação da história, vários orgãos de comunicação social em todo o mundo divulgam os cartoons. Inicia-se uma crise diplomática, com o fecho de embaixadas e consulados na Dinamarca, justificado pela "ofensa" em causa. Toda a Europa se defende com a bandeira da "liberdade de imprensa". Areacção em varios paises islamicos sobe de tom, aquilo que havia começado com bandeiras dinamarquesas a serem pisadas nos passeios transforma-se em violencia e em corte de relações diplomaticas (para já da parte do Irão).

Agora surgem as várias perguntas:
  1. Terão os muçulmanos o direito de questionar a nossa liberdade e aquilo que devemos ou não publicar?
  2. Terá o poder político algo a dizer nesta história que refere à comunicação social?
  3. Um cartoonista/jornal terá o direito de "ofender" um grupo religioso? Será a liberdade de imprensa carta branca para tudo? Onde estão os limites?
  4. O primeiro choque para o "ocidente" foi provocado pelas imagens de uma bandeira dinamarquesa sendo pisada num passeio. Qual a diferença entre pisar uma bandeira, simbolo de identidade nacional, e criar um cartoon satirizando maomé, simbolo de identidade religiosa?
  5. Não estaremos todos nós, nesta confusão, a tomar a parte pelo todo?
  6. Tomar a parte pelo todo, não é a tecnica usada por ideologias extremistas nazis, neo-nazis, racistas e afins?

Deixo-vos responder, mas por mim, tudo isto é um exagero monumental... Ou talvez um beliscão de susceptibilidades...

Os muçulmanos não têm o direito de pôr em causa os nossos direitos; nós não temos o direito de insultar qualquer outro povo nas suas raizes culturais, sejam religiosas ou outras; os muçulmanos que se manifestam de forma violenta são apenas alguns, os cartoonistas que representam maomé como terrorista/bombista são apenas alguns, os primeiros são fanáticos, os segundos ou o são também ou são "apenas" xenófobos...

Agora estou nu diante das estrelas

Esta terça a paixão foi do Victor, chama-se Raul Brandão...

Nasceu no Porto (Foz do Douro), em 1867, no mesmo ano literariamente auspicioso de António Nobre e Camilo Pessanha. Figuras maiores do nosso Simbolismo, eles serão também, em momentos diferentes e por vias estético-literárias divergentes, referências absolutas para a literatura portuguesa do século XX.

“Agora estou nu diante das estrelas”
In Pobre de pedir

Raul Brandão, escritor um tanto desconhecido para a maioria das pessoas, é todavia um dos percursores da escrita dita existencialista em português. O expoente da angústia existencialista pode ser encontrada em Húmus, com excelentos retratos da perenidade da nossa existência.

Húmus, a obra-prima de Raul Brandão, ocupa um lugar à parte na história da ficção portuguesa: é um livro que se subleva contra a estruturado romance tradicional, introduzindo processos inovadores que o projectam muito para além do horizonte estético do seu tempo. Por isso, nem sempre beneficiou de uma recepção crítica que estivesse à altura de o julgar, apesar da sua assinalável repercussão num meio literário restrito.Considerado em sentido lato como um escritor de desinência pós-naturalista ou, numa perspectiva comparatista, como um escritor “de transição”, Raul Brandão pôs radicalmente em causa as concepções estéticas vigentes na sua época, por uma vontade de ruptura indissociável da intensa vocação indagadora que sustenta a singularidade do seu projecto estético. Abolindo a oposição entre prosa e poesia, subvertendo as categorias genéricas, desvalorizando os elementos convencionais da narrativa, a ficção brandoniana antecipa as experiências mais inovadoras efectuadas no âmbito da narrativa contemporânea.(Do Preâmbulo, por Maria João Reynaud)

“Um grito, um grito na noite, um grito fundo que me interessa como se fosse eu próprio que gritasse...”
In A morte do palhaço

Deixou uma obra desigual, mas com momentos de grande valor poético e intensidade dramática, representativa da transição entre os finais do século XIX e princípios do XX, com influências tão variadas quanto, por um lado, a do realismo e naturalismo e, por outro, a do simbolismo, com o seu pendor esteticista decadente. Abandonando as influências simbolistas do grupo boémio a que pertenceu no Porto, confluíram na sua fase seguinte a recuperação dos valores psicológicos e sociais presentes em escritores como Tolstoi ou Dostoievsky e a observação da existência sofredora mas genuína das gentes portuguesas, entrelaçando-se deste modo ficção e realidade numa visão oposta ao optimismo positivista.

Raul Brandão foi um dos fundadores da Seara Nova.
Revista portuguesa publicada entre 1921 e 1982. Assumindo-se como uma publicação «de doutrina e crítica», congregou um conjunto de nomes da cultura portuguesa da época. O seu grupo fundador incluía Raul Brandão, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Câmara Reis, Augusto Casimiro e Raul Proença. O grupo pretendia intervir activamente na vida política do país, aproximando a élite intelectual da República da realidade portuguesa, e servindo-se da revista como foco de acção pedagógica e doutrinária.

Os homens da Seara Nova consideravam-se, segundo um texto do 1º número, "poetas militantes, críticos militantes, economistas e pedagogos militantes", intenção contribuiu para quebrar o isolamento dos homens de elite, aproximando-os da realidade social ao mesmo tempo que combatiam com as armas de que dispunham contra o fascismo salazarista.

António Sérgio desenvolveu uma notável acção pedagógica e cultural, tendo um papel fundamental no combate da tendência literária para o "vago, nebuloso, torre de marfim", através da organização de uma ciência da crítica literária mais racional, que seria continuada nas obras de Castelo Branco Chaves e Agostinho da Silva.
Apesar de diversas divergências e cisões (de Jaime Cortesão e António Sérgio, por exemplo), a revista desenvolveu um importante trabalho sobretudo do ponto de vista pedagógico e cultural, com Câmara Reys.

A revista Seara Nova viria a tornar-se o principal órgão periódico no campo da oposição democrática ao regime de Salazar. Ao longo de cinco décadas seguintes, os colaboradores da revista desempenharam um importante papel de reflexão e intervenção crítica no processo de degenerescência do liberalismo republicano dos anos 20, na oposição à consolidação do Estado Novo nos anos 30, na resistência cívica ao longo dos anos 40 e 50, na renovação doutrinária da esquerda e numa crescente afirmação política e cultural nos anos 60 e 70 até à queda da Ditadura.
Apesar de tudo, ainda hoje é publicada, de forma pouco regular, podem ver os ultimos numeros em http://searanova.publ.pt/

PS – Perdoem-me este post maçudo, mas esqueci-me de pedir os livros ao Victor e portanto é mais a informação que as citações, o que me parece seria mais interessante.

comentários a zero

Não sei o que se passa com o Blog, mas não estão a ser assinalados devidamente os comentários. Por exemplo, o último post do Hugo, aparece como tendo zero comentários e existem pelo menos dois.
Aproveito para lembrar que amnhã há sessão do Clube, que será da responsabilidade do Sr. Ricardo.
Abraços e até amanhã (isto, se não tiver filmagens)

domingo, 5 de fevereiro de 2006

RTP

Foi com um grande desagrado que reparei, hoje, que o horário da Série Triangulo Jota foi alterado, ou melhor, adulterado, sem qualquer aviso prévio.(Na página da RTP continua a aparecer: "TRIÂNGULO JOTA • Domingo às 19h00 na RTP1") É triste ver que a RTP continua a gozar com as pessoas e a mudar os horários como bem lhes apetece, sem qualquer aviso ou respeito quer pelos espectadores, quer pelos criativos...
Já assassinaram tão boas séries (e o Lost é um excelente exemplo disso...) esperemos que desta vez tenham mais cuidado...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

I wanna b adored

Uau? uau digo eu!!! Q bem me soube ouvir de novo este tema dos Stone Roses e saber q alguém o adora tanto como eu!!! Obrigada Rui... I adored it!!! :))))

Uma Questão de Bom Senso III

Eu sei que sou um chato e peço desculpa por isso....

Uma das grandes pragas dos mails (além das inúmeras correntes e spam) são os Hoax. O que são Hoax??
"Os hoax são boatos, também designados por boatos electrónicos ou digitais, contos do vigário, histórias falsas ou alarmes falsos, que nos chegam por e-mail.
Um hoax é uma mensagem de correio-electrónico sobre uma nova ameaça que, na verdade, não existe. Pode alertar para um vírus perigoso que esteja a circular pela Internet. E é sabido que um falso alarme pode causar mais estragos que um perigo a sério. Lança-se a confusão e, atemorizados, os utilizadores desatam a enviar advertências a todos os seus amigos e conhecidos. Um hoax instiga quase sempre o leitor a continuar a sua divulgação, em cadeia – o que resulta numa velocidade espantosa de divulgação – o que normalmente é reforçado por frases tipo "envie esta mensagem a todos os seus amigos..."" (de Hugo Caramelo in Ciber Apanhados).
Ainda podem consultar, sobre o assunto, a página que a Deco tem sobre o assunto(e que complementa o meu anterior post "Uma Questão de Bom Senso II").

Isto tudo para alertar que está a correr um Hoax na net sobre um falso vírus. A Mensagem diz o seguinte:


AVISO URGENTE

POR FAVOR FAÇA CIRCULAR ISTO ENTRE TODOS OS SEUS CONTATOS (FAMÍLIA E AMIGOS).

Nas próximas semanas fiquem atentos e não abram nenhum e-mail com o arquivo anexo "Últimas de Atenas", independentemente de quem lhe enviar.
É um vírus que "abre" uma tocha Olímpica no seu monitor e queima todo o seu disco rígido C. Este vírus virá de uma pessoa conhecida da sua lista de endereços. Por favor, envie este E-mail a todos seus contactos. É preferível receber 25 vezes esta mensagem que perder tudo.
Se você receber um correio chamado "Últimas de Atenas", não o abra e apague-o imediatamente ! ! !
Este vírus suprime os arquivos inteiros de seu computador.


Mensagens como esta à montes e a maior parte são falsas (99,9%), mas em caso de dúvida basta perder uns minutos e fazer uma simples pesquisa na net sobre o conteúdo da mensagem. Neste caso bastou-me procurar por Atenas Vírus e descobri vários sites do género destes:

http://www.rompecadenas.com.ar/hoaxes/atenas.htm
http://www.quatrocantos.com/lendas/186_atenas.htm

Nestes casos é preciso desconfiar de todas as mensagens que dizem algo do género "passe esta informação para o maior número possível de pessoas". O melhor é apagá-las e quebrar automáticamente a corrente e mandar um e-mail de volta à pessoa que vos mandou este a alertá-la da falsidade e pedir que nunca mandem notícias destas. A única maneira de combater o mail malicioso é criar uma corrente em sentido contrário e se formos o suficientemente chatos se calhar conseguimos diminuir estas pragas (ou pelo menos o pessoal, farto de nos aturar, deixa de nos mandar este tipo de mensagens para nós...).

Obrigado pela vossa atenção